Ação Proteção

Em 2010, a Fundação Telefônica Vivo em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo e a Childhood Brasil deram início a um projeto de enfrentamento

Em 2010, a Fundação Telefônica Vivo em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo e a Childhood Brasil deram início a um projeto de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, o Ação Proteção.

A iniciativa, que chegou ao fim em 2013, abrangia 30 municípios no estado de São Paulo e era composto por três eixos de ação. São eles:

Capacitação

O objetivo era proporcionar mais conhecimento aos profissionais que fazem o atendimento dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Eram oferecidos cursos presenciais e disponibilizada uma plataforma eletrônica no Promenino com um curso online, além de diversos recursos para se aprofundar no assunto estudado, compartilhar e tirar dúvidas. Entre os temas abordados estavam infância, adolescência e família; diagnóstico e planos de ação; redes de atenção à criança e ao adolescente; estratégias de combate à exploração e abuso sexual infantojuvenil e fluxos de atendimento.

Diagnóstico e planejamento

Tinha como foco, sobretudo, os membros dos Conselhos Municipais, ou seja, os responsáveis pela formulação e acompanhamento das políticas da área de infância e adolescência nos municípios. O objetivo dessa atividade era dar a esses atores, por meio de assessoria, melhores e concretas ferramentas para observar e analisar a realidade e, a partir desse exercício, produzir políticas que ataquem as questões que mais prejudicam o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.

Campanha de mídia

Promovia a sensibilização da população sobre o tema e a importância de seu papel na notificação dos casos. Esse eixo buscou dialogar com toda a sociedade e torná-la uma aliada no combate à violência sexual contra a criança e o adolescente. As duas grandes campanhas de mídia realizadas procuraram convocar os cidadãos ao seu compromisso de estar atentos e denunciar qualquer situação de violação de direitos por meio do Disque Denúncia Nacional (Disque 100).

Ao final do projeto, foram capacitados 800 profissionais, 80% deles trabalham em áreas relacionadas aos direitos da criança e adolescente. Cerca de 74% destes afirmam ter levado conteúdos da formação para debate e multiplicação em outros espaços que frequentam. Já as campanhas de mídia realizadas atingiram mais de 13 milhões de pessoas por meio de TV e rádio e 16 milhões de pessoas através de mídia digital.

Em seu conjunto, o Ação Proteção procurou lançar um pouco de luz e reduzir a invisibilidade que ronda o problema da violência sexual contra crianças e adolescentes, resultando também dessa iniciativa a publicação “Ação Proteção – Experiências e aprendizagens em um projeto de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes”.