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Terceira personagem da Websérie Escolas Conectadas, a educadora Fátima Hammes conta como o trabalho colaborativo, o aproveitamento dos espaços da escola e o envolvimento da comunidade local fazem uma gestão inovadora no interior de Santa Catarina

A educadora Fátima Hammes posa para foto

Incentivar a inovação educativa em sala de aula não é tarefa apenas do professor, mas também dos gestores que pretendem estimular o desenvolvimento de práticas pedagógicas transformadoras em suas escolas. É o caso de Fátima Hammes (44), que está há dois anos na direção da EMEB Castelhano, em Caçador (SC), e é a terceira personagem da Websérie Escolas Conectadas.

Cada um dos cinco episódios mostra como educadores desenvolveram trabalho inspirados em sua realidade e transformaram o processo de ensino-aprendizagem após realizarem os cursos gratuitos da plataforma Escolas Conectadas.

Professora da Educação Infantil há mais de 30 anos, Fátima orgulha-se de dizer que trabalha na EMEB Castelhano há exatos 20. Isso fez com que ela se sentisse mais preparada para atender as necessidades da comunidade local, que fica na zona rural do município. Atualmente a escola atende cerca de 120 alunos, filhos de agricultores e operários de empresas próximas, que são a base da economia local. Por conta da atividade socioeconômica dos pais, a rotatividade dos estudantes é um dos maiores desafios enfrentados pela escola.

“Essa mudança dos estudantes ao longo do tempo, traz a necessidade de atualização, também, no processo de ensino e aprendizagem. Estou sempre em busca de melhorar enquanto ser humano e profissional, dar conta dos novos desafios e da realidade que se apresenta todos os dias”, diz Fátima sobre o porquê de ter ido em busca dos cursos de formação continuada.

Foi através da inscrição do professor de Educação Física da escola, em agosto de 2018, que a gestora passou a conhecer os conteúdos disponibilizados pela plataforma. Desde então, Fátima já participou de 18 cursos, entre os quais destaca três principais: “Produção colaborativa de conhecimento: redes para multiplicar e aprender”; “Inova Escola – Recursos tecnológicos” e “Inova Escola – espaços diferenciados”.

Escolas Conectadas na prática

“O que mais me encantou na plataforma foi a relação entre os cursos, um complementa o outro. A linguagem acessível, a rapidez da formação e as temáticas de extrema importância para a prática educativa, nos motivam a buscar novas formas de agir ao mesmo tempo em que nos fazem refletir sobre a nossa prática”, acrescenta a gestora sobre a experiência com os cursos.

Ao longo do processo de aprendizagem, Fátima buscou solucionar alguns dos problemas enfrentados no dia a dia das turmas: indisciplina, melhor aproveitamento dos espaços da escola e a produção colaborativa de projetos que aproximassem professores, estudantes e a comunidade. A partir destas relações entre os cursos surgiram ações tanto para aprimorar as práticas já existentes, quanto para implementar elementos inéditos.

Um deles foi a participação de um desafio lançado pela Secretaria Municipal, em março deste ano. O objetivo era produzir um vídeo para apresentação e socialização do bairro em que vivem. A proposta veio de encontro com os cursos de produção colaborativa e recursos tecnológicos realizados na plataforma.

Cada estudante escolheu um ponto de referência da região e a partir dele desenvolveu uma maquete representando o local. O processo contou também com entrevistas de moradores antigos e ex-alunos. Depois de concluído, o vídeo inspirou outras atividades como um sarau de poesias, a digitalização destes poemas e a confecção de um livro que relembra o pertencimento ao bairro e a escola.

A educadora relata que outra iniciativa interessante de ressignificação do espaço escolar foi o projeto “Gincana do Recreio”, desenvolvido em conjunto com o professor de Educação Física para resgatar brincadeiras antigas e promover a socialização das crianças enquanto esperam pelo transporte que as leva para casa. Além de ocupar o tempo ocioso, o projeto envolveu também as famílias que eram convidadas a participar quando chegavam para buscar os filhos.

Todos os jogos são colaborativos e registrados no diário de bordo dos professores para serem revistos e avaliados mensalmente. O cálculo da média destas pontuações seguem critérios específicos e a turma vencedora da gincana participa de uma atividade diferente com a diretora da escola e um especialista educacional, estimulando a colaboração e a convivência.

Gestora aposta no senso de pertencimento para transformar a escola
Gestora aposta no senso de pertencimento para transformar a escola