Cleide Cruz

Foi o incentivo dos filhos e do marido que fizeram com que Cleide Cruz retornasse à sala de aula como estudante depois de 23 anos. Quando a filha entrou na faculdade de Processamento de Dados, Cleide decidiu que era hora de voltar a estudar. Foi então que decidiu terminar o Ensino Médio e, logo em seguida, a graduação em pedagogia.

Antes disso, o primeiro contato de Cleide com educação foi no final da década de 1980 com o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Ela tinha sido convidada pela paróquia da qual fazia parte e ali já tinha sido plantada uma sementinha de que poderia lecionar.

Quando decidiu retornar os estudos, em 2003, Cleide tinha 42 anos e precisou recorrer a supletivos porque não tinha terminado o segundo grau. Após um ano e meio conseguiu se matricular na Faculdade de Pedagogia e pensava: “Que orgulho de mim! Havia passado por tantas coisas que não acreditava mais que um dia pudesse fazer um curso superior”. Cleide começou a trabalhar cedo para poder ajudar na renda familiar, o que fez com que precisasse deixar os estudos de lado.

Já na faculdade, participou de dois projetos que a permitiam estar dentro de sala de aula. Cleide auxiliava professores nas primeiras séries em escolas estaduais e alunos com deficiência em outra escola municipal. Aos finais de semana ainda atuava como voluntária em um projeto do Governo para bolsistas em universidade e ministrava reforço escolar para alunos de anos iniciais. E toda esta experiência contou pontos para que fosse aprovada em um concurso na Prefeitura de Guarulhos.

Ampliação de repertório

Foi em uma das escolas onde trabalhou que Cleide conheceu a plataforma Escolas Conectadas, iniciativa da Fundação Telefônica Vivo para apoiar a formação a distância de educadores. Desde 2016 já realizou cinco cursos e um dos que mais a marcou foi o de ‘Fotografia na Aprendizagem’. “Ampliou meus horizontes. Na aula costumo tirar muitas fotos e aprendi com o curso a valorizá-las mais”.

Quando questionada sobre qual habilidade adquiriu após os cursos, Cleide responde: “de concluir um plano de aula mais competente e rico em atividades”. No seu dia-a-dia como professora de ensino infantil na EPG Professor José Carlos da Silva ela trabalha com muito mais diversidade e criatividade. “Agora tenho mais conhecimento para passar aos meus alunos”.

Em breve você conhecerá outras histórias. Aguarde!