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Robótica, empreendedorismo e realidade aumentada são algumas das apostas de inovação para a educação. Confira mais tendências para ficar de olho em 2020!

Imagem mostra três estudantes fazendo atividades maker

A Educação tem sido o foco de importantes debates em todo o mundo em 2020.  Ganham cada vez mais relevância modelos que propõem um maior protagonismo dos alunos e colocam o professor como um facilitador da aprendizagem e não como um reprodutor de ideias.

Novas tecnologias e metodologias que utilizam desde inteligência artificial e robótica até ferramentas como o Design Thinking e o Empreendedorismo têm estimulado diferentes formatos de ensino e aprendizagem a serem adaptados para as salas de aula. Seguindo essa tendência, uma formação cada vez mais especializada e qualificada para os profissionais da educação também é um desafio a ser superado.

Nesse cenário, escolas e professores precisam estar atentos aos novos caminhos para a educação, aproveitando os benefícios de metodologias inovadoras e recursos tecnológicos que podem contribuir com o desenvolvimento de estudantes.

Separamos oito tendências para a educação que valem a pena acompanhar em 2020. Confira!

Gamificação e robótica

O uso de jogos para promover a aprendizagem dos alunos não é exatamente um método novo, mas vem com ainda mais força para a próxima década da educação. A gamificação, como é chamada, é uma forma lúdica e diferenciada que sai do modelo tradicional das escolas. Trabalhar recursos como engajamento, criatividade e interatividade prova que, quando bem utilizados, os videogames podem ser um eficiente recurso pedagógico, guiando um aprendizado mais interessante e significativo.

Aplicativos, games e plataformas especializadas em educação ajudam os professores a trabalharem os conteúdos em sala de aula e convidam os alunos a participarem de desafios ou aprenderem de forma lúdica, estimulando-os a fazerem as atividades de uma forma mais dinâmica e divertida.

A robótica também é uma tendência cada vez mais presente no nosso cotidiano. Além de promover a ligação entre o digital e o real, o recurso proporciona o protagonismo das crianças e jovens.

Por meio de atividades que consideram os conhecimentos prévios dos alunos, propor situações-problema, estabelecer uma relação entre os conteúdos trabalhados e a vida cotidiana e estimular reflexão são exemplos de como compreender na prática disciplinas como Matemática ou Física, e ir além da teoria.

Realidade virtual e inteligência artificial

Imagine levar os alunos para uma experiência imersiva em um grande museu antigo sem precisar sair da sala de aula? Esse cenário é possível com a aplicação de Realidade Virtual e Aumentada, uma aposta da educação da próxima década.

As chamadas soluções de RV e RA são umas das tendências educacionais que devem se firmar para crianças e adolescentes. Além de prover algumas vivências que não seriam possíveis sem a tecnologia, elas tornam algumas atividades mais dinâmicas, já que inserem alunos em um contexto específico.

Já o uso de inteligência artificial é um conceito relativamente novo na educação. Segundo o Canal Westcon, portal de notícias sobre tecnologias, o recurso pode ser um forte aliado para a geração de dados no que diz respeito ao aprendizado. A ferramenta tem como foco ajudar o aluno a identificar rapidamente seu padrão de erros e acertos, pois trabalha basicamente com estatísticas. Assim, o estudante pode acompanhar a evolução de seu aprendizado, verificando as dificuldades.

Lean Education Technology – LET

O termo une duas tendências: Empreendedorismo e Design Thinking. A metodologia consiste na criação e gerenciamento de negócios e no desenvolvimento de novos produtos. Dessa forma, o empreendedorismo passa a fazer parte do dia a dia dos jovens na sala de aula com o objetivo deles desenvolverem habilidades importantes para lidar com desafios, resolver problemas complexos, terem destaque na hora de se lançarem no mercado de trabalho, etc. Além disso, há também o estímulo à criatividade, pensamento crítico, comunicação e colaboração.

Os conceitos de Design Thinking ajudam na realização de pesquisas, compreensão de problemas e geração de ideias e de soluções. Também é possível trabalhar na construção de protótipos para encontrar soluções para questões do cotidiano e ainda trabalhar a apresentação de ideias para a criação de projetos.

Ensino híbrido

Uma tendência mundial, conhecida pelo termo Blended Learning, propõe misturar o ensino online com o presencial. E para que o ensino híbrido seja uma ferramenta aliada dos alunos, é preciso adaptar planos de estudo e permitir que cada um siga seu próprio ritmo.

Em geral, esse tipo de metodologia reúne atividades práticas em sala de aula ou em campo, materiais em formato EAD (Ensino a Distância) e tempo de estudo individual e estruturado. O grande diferencial é integrar o online e o offline, criando espaços interativos que incorporem o desenvolvimento de competências e garantam aos alunos um aprendizado integral, independentemente do local onde estejam e em momentos diferentes do dia.

Ensino de Programação

Independentemente da profissão escolhida, em um curto espaço de tempo, o ensino terá uma grande relação com programação e codificar. Ou seja, saber criar códigos poderá ser comparado ao que é hoje aprender outro idioma.

Na China, a programação faz parte do currículo escolar e começa a ser ensinada já na pré-escola. Nos Estado Unidos, em 2017, o governo americano anunciou planos para tornar o ensino de programação obrigatório em seu novo currículo – destinado aos alunos desde a preparação até os 10 anos.

No Brasil, ainda é pouco expressivo o número de instituições, especialmente as de ensino público, com a presença da programação no currículo de ensino. No entanto, há diversas iniciativas que oferecem o ensino de programação. Um exemplo é o Programaê!, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo que estimula o uso do pensamento computacional em práticas pedagógicas e favorece o protagonismo de educadores, crianças e jovens.

Educação inclusiva

O investimento na educação inclusiva também é um tema importante para a educação.  A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) assegura à escola autonomia, flexibilidade e liberdade para que decida e elabore os próprios meios de verificação da aprendizagem. Além disso, prevê que a instituição e seus professores devem se responsabilizar pela inclusão de estudantes que enfrentam dificuldades de qualquer ordem para aprender e se desenvolver.

Nesse cenário, os educadores são grandes responsáveis por transmitir para a sociedade a noção de que educação inclusiva não é válida apenas para as pessoas com deficiência e seus familiares. Ela é importante para todos, na medida em que promove o convívio dos alunos com outras realidades, tornando-os mais aptos para a vida em uma sociedade em que a diversificação de perspectivas e o respeito à diversidade são atributos cada vez mais valorizados.

Formação de professores

formação de professores é uma das ações fundamentais para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem, principalmente diante de uma realidade que demanda dos educadores trabalhar cada vez mais o conceito de inovação educativa.

De acordo com Ivan Gontijo, responsável pela coordenação de projetos dentro das políticas docentes no Todos pela Educação, existem determinadas competências que podem ser aprendidas, desde que haja estrutura para incorporá-las nas práticas pedagógicas. “Um pouco do nosso papel é tentar sair do discurso de que ser professor é um dom, e colocá-lo no centro da agenda como profissional”, afirma.

A natureza da profissão vem se adaptando. Além de novos formatos de ensinar, encorajar o protagonismo do aluno, é ideal que o educador equilibre papéis de instrução, facilitação e mentoria.

Em 2020, os professores devem continuar incorporando novos métodos de ensino e aprendizagem, mas também irão consolidar o papel de mediadores do conhecimento. Isso fará com que um número crescente de alunos aprenda de maneira colaborativa, construindo a aprendizagem em conjunto com o professor.

Criação de espaços diversificados

Ter um espaço que abrace as diversas mídias é uma grande aposta de inovação na escola. Cada vez mais, as bibliotecas têm se transformado em centros de tecnologia e isso estimula os alunos a visitarem mais o local. O ambiente se torna mais agradável, positivo e moderno.

Segundo relatório recente do Facebook, que há três anos divulga um relatório de tendências com os assuntos que se destacam nas interações entre os usuários da plataforma de 14 países, a cultura maker, ou “faça você mesmo”, foi o assunto mais comentado pelos brasileiros em 2019.

De olho nessa tendência, ambientes escolares ou outros locais que tenham acesso à internet para abrir possibilidades de consultas a materiais digitalizados, discussões e eventos, além de laboratórios e espaços de lazer que estimulem a cultura maker, também são valorizados.

Quanto maior a oferta de espaços diferenciados de aprendizagem para momentos de criatividade, de concentração ou de descompressão, mais engajados ficam os alunos.

8 tendências mundiais de Educação para 2020
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