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Com o apoio do projeto Aula Digital e da comunidade escolar, alunos do Colégio Estadual Manoel Bomfim, em Arauá, Sergipe, lançam seus livros durante manhã de autógrafos

Imagem mostra duas meninas segurando livros

Escrever um livro entrou para a lista de realizações dos alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Manoel Bomfim, que fica na região central do município de Arauá, em Sergipe. Eles tiveram ainda a oportunidade de autografar os livros escritos e ilustrados por eles durante a Manhã de Autógrafos, um evento promovido pela escola no final de 2019, e que contou com a presença de pais e professores.

A ideia surgiu a partir de uma oportunidade de trabalhar o Dia do Folclore nas práticas pedagógicas com os alunos. Para reforçar as temáticas ligadas à data dentro da disciplina de Língua Portuguesa, os educadores utilizaram os recursos tecnológicos oferecidos pelo projeto Aula Digital, como tablets, notebooks, projetores.

Com as ferramentas oferecidas, os alunos estudaram os mitos e as lendas do folclore e, passaram a criar suas próprias histórias, como o Saci na Garrafa, a Sereia Cantora, a Fada do Jardim de Inverno, dentre outros títulos. A cada aula eram produzidos os capítulos dos livros e as imagens que iriam compor a publicação dos estudantes.

“O Aula Digital colaborou muito para que os alunos pudessem ter noção de como construir uma narrativa e consultar novos conteúdos. Quando os trabalhos estavam prontos, usamos os kits tecnológicos para visualizar o resultado final dos livros”, acrescenta a coordenadora da escola, Shirley Caetano Moreira.

A publicação dos livros ficou por conta do projeto Estante Mágica, que se dedica a imprimir histórias escritas por crianças em todo o mundo.  A plataforma possibilitou a transformação das narrativas em livros diagramados e prontos para serem lidos em formato e-book e depois impressos.

Comunidade mais próxima

Todo o processo de construção dos livros, que foi finalizado com o evento Manhã de Autógrafos na escola, foi importante não só para aumentar o interesse dos alunos pelas aulas, mas também para aproximar ainda mais a comunidade da escola.

“Vimos os alunos encantados com a própria produção textual, preocupados se estavam escrevendo “certo” e depois autografando o próprio livro. Também percebemos os pais mais presentes na escola e querendo participar”, relembra a coordenadora Shirley.

Na foto, uma menina aparece autografando o livro escrito por ela durante a Manhã de Autógrafos da escola

Por conta desse interesse, os pais e responsáveis foram convidados a escreverem as biografias dos próprios filhos e, segundo a coordenadora, houve uma participação muito ativa dos familiares.

“A Manhã de Autógrafos significou a quebra de algumas barreiras. Principalmente, a de que a escola se resume a reuniões enfadonhas de pais e professores, em que o responsável só aparece na escola para ouvir reclamações, transformando a escola em um espaço aberto e de socialização”, afirma a coordenadora.

Ao final do evento, os livros ficaram à disposição dos pais e da comunidade e a repercussão do evento foi tão positiva que a equipe do Colégio Estadual Manoel Bomfim adotou o projeto como uma prática pedagógica, ampliando novas metodologias e ferramentas didáticas para transformar a escola em um espaço inovador.

Imagem mostra grupo de quatro estudantes sentados em frente à mesa de autógrafos. Os nomes deles estão sobre a mesa. Ao fundo se veem algumas estrelas douradas e prateadas usadas como decoração.

“Percebemos que houve por parte dos alunos um grande engajamento, uma mudança real de comportamento e mais vontade de vir à escola”, comemora Adriana Santos Ribeiro Santana, professora do colégio e uma das responsáveis pela criação da Manhã de Autógrafos.

Transformação que fez a diferença

O Colégio Estadual Manoel Bomfim possui hoje 162 alunos cadastrados na plataforma do Aula Digital e conta com a participação ativa de todos os educadores. Além disso, desde que o projeto chegou em 2017, tiveram formações com os professores, buscando o aperfeiçoamento de suas metodologias para que pudessem aproveitar da melhor forma os recursos oferecidos pelo Aula Digital.

Para a professora Adriana, o colégio ganhou um novo significado após a reforma do espaço em 2019, que beneficiou a implementação de projetos como o Aula Digital. Logo que o projeto deu seus primeiros passos na escola, muitas salas haviam sido interditadas por conta do risco de queda do telhado e uma nova estrutura para o prédio foi implementada.

“É como se a mudança trouxesse uma autoestima maior para os alunos e para nós, professores. A equipe passou a tirar mais proveito de todas as áreas da escola e valorizar tudo que foi preparado para a educação na rede. Estávamos perdendo alunos e agora estamos até recebendo alunos de outras escolas”, comenta a professora Adriana.

Alunos viram escritores e publicam os próprios livros em escola de Sergipe
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