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No Dia da Consciência Negra, conheça empreendedores criativos que empreendem tanto para solucionar problemas locais quanto para inovar.

Imagem mostra grupo de pessoas dentro de uma sala. Algumas estão sentadas no chão e outras no sofá. Uma pessoa está com um microfone na mão.

No Dia da Consciência Negra, conheça empreendedores criativos que empreendem tanto para solucionar problemas locais quanto para inovar.

Há quinze anos, a empreendedora Adriana Barbosa começava a Feira Preta. O projeto nasceu quando a profissional, acostumada a trabalhar no cenário cultural, estava desempregada e com a mente fervilhando de ideias. De uma feira de rua, hoje o evento reúne mais de 100 expositores focados em divulgar, vender e oferecer serviços produzidos por empreendedores e artistas negros. Se a iniciativa começou por uma questão de necessidade, hoje ela se reafirma como um espaço de oportunidade e fortalecimento que vai muito além da questão racial, mas está sempre permeado por ela.

O crescimento da Feira Preta como espaço de reafirmação da identidade afrobrasileira e também sua multiplicidade segue em paralelo ao aumento no número de empreendedores negros. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), 50% dos donos de negócios em 2013 e 2014 se declararam como afrodescendentes. Isso se deve a uma maior redistribuição de renda e uma facilitação nos processos de burocracia, como a criação do MEI (Microempreendedor Individual), que otimiza a abertura de pequenas empresas.

Jovem sorrindo de camisa pretaPara Adriana, há sempre um discurso que permeia a temática da discussão racial, que é o da falta de oportunidades. A Feira Preta é formada por profissionais bem-sucedidos, com uma gama de produtos e serviços sociais, e se constitui como um levante contra estereótipos. “Queremos falar da abundância da produção afrobrasileira nos mais diversos segmentos. Falamos sim sobre a questão racial, mas também sobre tecnologia e cultura, todas as competências que temos desenvolvido e que por algum motivo as pessoas ainda têm dificuldade de olhar”, complementa a empreendedora.

Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, conheça outros quatro empreendedores sociais negros e como eles impactam o seu entorno:

Monique Evelle – Criadora do Desabafo Social
Monique notou que, assim como ela, muitos jovens da periferia de Salvador (BA) sentiam-se silenciados e precisavam de um espaço, ainda que virtual, para vocalizar medos e sonhos. Nascia o projeto Desabafo Social, uma rede que se utiliza de princípios da educomunicação para incentivar o protagonismo infanto-juvenil nas áreas de direitos humanos e comunicação. Por meio de diálogos, oficinas, palestras e forte utilização de redes sociais, o projeto é reconhecido como exemplo de empreendedorismo social, e Monique foi eleita como umas 25 mulheres negras mais influentes da internet.
 

Senhora vestida de camisa verde e rosa, de chapéu.Bruno CaPão – Ateliê Sustenta caPão
Bruno Horácio Pereira dos Santos sempre enxergou potencial dentro do Capão Redondo, bairro de São Paulo onde nasceu, participando ativamente da associação de moradores. Junto com seu irmão José, ele gerencia um espaço comunitário chamado Ateliê Sustenta caPão, onde oferecem uma gastronomia caseira com uma enorme variedade de pães artesanais, inclusive um famoso pão de mel. Todo o espaço é feito com material reciclável, com a experiência de Bruno que já foi lixeiro, e está sendo ampliado para oferecer cursos de formação em padaria, inclusive para ex-presidiários.
 

Nilcemar Nogueira – Criadora do Museu do Samba
O trabalho de Nilcemar Nogueira é de o resgate: das origens do samba carioca, das tradições do morro e da cultura para que jovens descubram sua vocação. Neta do sambista Cartola e de Dona Zica, a empreendedora social se viu às voltas com um grande acervo musical e a missão de não somente preservá-lo, mas torná-lo acessível ao público. Nascia então o Centro Cultural Cartola e, dentro dele, projetos sociais que se utilizam da cultura do samba em aulas de música e outras artes para impactar diretamente a população.
 

Vítor Del Rey – Criador do aplicativo Kilombu
Quando ainda era estudante de ciências sociais, Vitor trabalhou como voluntário em espaço de empreendedorismo. Foi quando ele percebeu que as dúvidas dos empreendedores eram sempre as mesmas, como começar seus negócios ou conseguir financiamento. Juntando-se a dois amigos, ele criou o aplicativo Kilombu. A ferramenta funciona como uma rede para unir empreendedores e prestadores de serviço negros, principalmente mulheres. Nela, os empreendedores podem vender e divulgar seus produtos para uma rede grande de consumidores.

Conheça 5 empreendedores negros e seus negócios sociais
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