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Circulando pelos ambientes, o carrinho funciona como um verdadeiro laboratório para alunos e professores

Menino de camiseta azul de costas para a foto, mexe em uma furadeira no carrinho móvel.

A cultura maker tem sido cada vez mais incorporada como metodologia de ensino. Nesse contexto, o movimento “faça você mesmo” vem se estabelecendo como um processo dinâmico de aprendizagem, que incentiva a automonia dos jovens e utiliza a criação de protótipos como uma atividade para desenvolvimento dos alunos.

De olho nessa tendência, a Escola Municipal Manoel Domingos de Melo, que faz parte do projeto Inova Escola desde 2016, decidiu construir seu próprio espaço maker: um carrinho móvel que circula pela escola e leva equipamentos para as mãos dos estudantes.

Menina de camiseta verde se abaixa para olhar as ferramentas do carinho móvel


“Ouvimos sobre o carrinho maker em uma reunião na Fundação Telefônica Vivo, por meio da fala de uma das diretoras do Colégio Elvira Brandão. Ela comentou sobre a experiência com o artefato em sua escola e ficamos com essa ideia na cabeça”, conta Marcela Cox, gerente de projetos da CESAR School, organização local que ajudou na confecção do objeto.

Localizada no município de Vitória de Santo Antão (PE), a escola já contava com um currículo voltado às atividades mão na massa, mas ainda faltava um espaço voltado exclusivamente para a cultura maker, que atendesse aos 130 estudantes da instituição.

O carrinho maker começou a ser confeccionado em julho de 2018 e um mês depois estava pronto para a inauguração. O projeto ainda contou com apoio da Fundação Telefônica Vivo e da Secretaria Municipal de Educação de Santo Antão, parceiros da escola.

Criatividade em trânsito

Com uma bancada dobrável que o transforma em um laboratório, o carrinho feito de madeira tem aproximadamente dois metros de comprimento e conta com uma série de compartimentos para armazenar desde ferramentas comuns, como chaves de fenda, furadeiras e parafusadeiras, até placas microrreguladoras e programáveis.

Antes do veículo, a EM Manoel Domingos contava com uma pequena sala usada para guardar os materiais das aulas de robótica. O espaço restrito dificultava o acesso dos alunos durante a aula, que tinham que se dividir em grupos para dispor do laboratório.

“Pensando na realidade da Manoel Domingos, decidimos criar algo que desse mobilidade aos educadores para envolver um maior número de alunos dentro da cultura maker”, complementa Marcela.

Mão na Massa

Duas crianças, um menino de camiseta azul e uma menina de camiseta amarela, mexem com pedaços de madeira

A cada seis meses, o professor Marcos Antônio de Azevedo, responsável por organizar as aulas com sucata e criação, trabalha um protótipo diferente com os alunos. Nesta segunda metade do ano, o tema será “Esporte”. Com a ajuda do carrinho, os estudantes estão pesquisando a melhor forma de confeccionar utensílios esportivos.

Segundo a coordenadora da escola, Jéssica Soatman, as aulas dedicadas ao movimento maker ganharam motivação extra após o carrinho e maior participação dos alunos no desenvolvimento dos projetos.

“Na cultura maker os alunos encontram as portas abertas para expandir o conhecimento para outras áreas e, por meio de práticas que os colocam em contato com a criação e prototipação, eles podem resolver problemas e formar um novo sentido para os conceitos educativos trabalhados”, conclui Soatman.

Cultura maker: escola constrói carrinho para atividades de criação
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