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Em São Paulo, o 2º Encontro de Integração do Programa Inova Escola em 2018 convocou os educadores a pensar sobre a sustentabilidade das inovações

Educadores posam para foto no segundo encontro de integração das escolas inovadoras

Projeto de vida, roteiros de estudo, cocriação, tutoria multisseriada e integração de lideranças comunitárias são estratégias consideradas inovadoras na educação. Mas será que elas funcionam quando isoladas ou precisam refletir a cultura escolar? São suficientes para mobilizar uma gestão democrática, engajar a comunidade e promover um ambiente mais acolhedor?

Essas foram algumas das questões levantadas no 2ª Encontro de Integração do Programa Inova Escola, que aconteceu nos dias 24, 25 e 26 de setembro em São Paulo.

Em continuidade ao trabalho iniciado no 1º encontro, que ocorreu no primeiro semestre em Salvador (BA), os gestores e educadores das oito escolas que integram o Programa Inova Escola foram convidados a analisar a sustentabilidade de suas estratégias de inovação e criatividade com o intuito de superar a visão fragmentada de práticas e considerar a escola de forma integrada.

Marcela Oliveira, diretora da Escola Municial André Urani/GENTE, do Rio de Janeiro, participa desde a primeira edição do encontro, em 2015. “O Encontro de Integração é vivo por trazer esse compartilhamento de ideias, além de todas as possibilidades que emergem das experiências”, diz.

Duas professoras, sentadas em uma mesa, seguram juntas um cartaz de atividade realizada durante o Encontro de Integração.

Durante o encontro, foram apresentadas as cinco dimensões que o Ministério da Educação usa, desde 2015, para definir uma escola inovadora e criativa. São elas: gestão, território, ambiente, currículo e metodologia. “Quando se tem um conjunto de práticas que conseguem se mobilizar em todas as dimensões, o projeto de inovação é sustentável”, define a mediadora Raquel Coelho, da Associação Cidade Escola Aprendiz, parceira-executiva do programa em 2018.

Uma palavra, muitos conceitos

De norte a sul do Brasil, do campo ao interior, nas comunidades de extrema vulnerabilidade social dos grandes centros urbanos. Cada uma das oito escolas inovadoras que integram o Inova Escola tem muito o que contar sobre sua história, sua maneira de atuar e o momento de inovação que vivencia.

Quando se confronta realidades e estratégias diferentes, fica mais perceptível que inovação pode ser muita coisa, até mesmo usar as redes sociais para passar tarefa de casa, como o André Urani/GENTE faz quando a escola fica fechada por conta da situação de conflito enfrentada na Rocinha, onde está localizada.

“Essa diferença entre as escolas ficou bem clara dessa vez”, afirma a mediadora Raquel Coelho. “É curioso ver como é totalmente diferente inovar em uma comunidade como a Rocinha e inovar em Águas de São Pedro, que tem um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano do país”, complementa.

A troca de experiências e o convite à reflexão feito ao longo dos dias do encontro também podem significar renovação. Pelo menos foi assim que enxergou a professora de matemática Lilian Regina da Silva Ianishi, tutora na EMEF Desembargador Amorim Lima.

“A convivência nos ajuda a entender o processo que a Amorim está vivendo. Olhar para trás ajuda a fortalecer alguns princípios que, às vezes, acabam ficando pelo caminho”, diz a educadora, enfatizando que o vigor da escola que está começando alimenta a que já tem anos de estrada.

Professores estão na sala de aula, em pé e sentados, participando de uma atividade do Encontro de Integração.

Entre as rodas de conversas, vivências e dinâmicas, o grupo das escolas inovadoras também participou de uma série de atividades que ajudaram a tornar a experiência ainda mais rica. Dentre as ações, a E. E. Professor Mauro de Oliveira recebeu o grupo para uma visita guiada.

“Na nossa escola, a pedagogia da presença é muito forte, toda a comunidade escolar se une para a formação do jovem nas dimensões sociais, cognitivas, afetivas, entre outras. Assim como temos curiosidade de saber como é o dia a dia das outras escolas, procuramos mostrar para eles como fazemos as coisas por aqui”, explicou o diretor Donizete José da Silva.
O grupo também visitou exposições no Instituto Tomie Ohtake e aproveitou para conhecer um espaço recém-inaugurado na Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo (EFAP). Batizado de EduLab, o espaço é voltado para inovação e experimentação mão na massa.

“Foi um grande prazer receber as equipes das escolas inovadoras. Compartilhar práticas com pessoas que querem desenvolver metodologias que transformam a escola e a sala de aula nos motiva e aproxima”, diz a coordenadora da EFAP Cristina Mabelini.

Escolas inovadoras refletem sobre prática pedagógica
Escolas inovadoras refletem sobre prática pedagógica