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Em 2020, a Fundação Telefônica Vivo, por meio do Programa Pense Grande, certificou 90 educadores na formação em Projeto de Vida, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado.

#PenseGrande#Projetodevida

A imagem mostra a tela de um notebook aberta com as fotos da professora Isabella Santos, à esquerda e da consultora Hanna Cebel Danza, à direita. Acima das imagens está escrito Projeto de Vida 2020, com o logo do Pense Grande, à direita e da Fundação Telefônica Vivo, à direita. No rodapé, estão os logos dos parceiros.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe um novo entendimento sobre a educação: a aprendizagem com base em competências e habilidades. O documento norteia a elaboração de currículos de escolas públicas e privadas de todo o país com aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica.

Uma das competências gerais da BNCC é o “trabalho e projeto de vida”. Espera-se que as escolas desenvolvam um projeto de vida junto aos estudantes para que eles se aprofundem naquilo que mais se relaciona com seus talentos e suas vontades. No entanto, esta é uma área ainda nova que depende da formação dos educadores.

Alinhada a essa demanda, que considera a implementação da BNCC no Novo Ensino Médio, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe – SEDUC passou a construir um novo currículo para a última etapa da escolarização. E em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, organizou a formação em Projeto de Vida para os professores da rede.

A formação em Sergipe foi realizada pelo Instituto Paramitas, parceiro-executor do Programa no território. A partir de uma metodologia ativa, característica do Pense Grande, 163 educadores se inscreveram nas 140 vagas disponíveis e, dentre eles, 90 educadores chegaram ao final da formação aptos para implementar práticas, estratégias e metodologias de Projeto de Vida em sala de aula.

Desde 2019, o projeto Pense Grande trabalha em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe – SEDUC. A primeira edição tratou o eixo de empreendedorismo com a implementação de uma formação com professores multiplicadores de escolas públicas de Ensino Médio na rede de ensino do Estado.

“O objetivo do educador não é, necessariamente, que os estudantes formulem um projeto de vida ao final do Ensino Médio, mas sim oferecer recursos para que os jovens aprendam a fazer escolhas importantes ao longo de toda a sua trajetória, ponderando-as eticamente. Ninguém tem a obrigação de ter um projeto de vida, mas é preciso saber a importância dele.”, explicou Hanna Cebel Danza, especialista e consultora da Fundação Telefônica Vivo em Projetos de Vida, durante o encontro de abertura.

Formação em Projeto de Vida 

A missão de estruturar uma formação alinhada à BNCC e ao Novo Ensino Médio, levando em consideração as particularidades da rede de ensino em Sergipe, ganhou novos desafios devido à pandemia do novo coronavírus em 2020.

Foi um período de muitos aprendizados, planejamentos e revisões da equipe do Serviço de Ensino Médio do Departamento de Educação da Seduc, liderada pela professora Isabella Santos, até chegar a uma proposta que atendesse às necessidades dos professores e do momento atual.

Os professores foram divididos em quatro turmas que aconteciam em períodos distintos. As primeiras ações tiveram início em junho de 2020 a partir da plataforma Escolas Conectadas, quando foram oferecidos os cursos de Projeto de Vida e de Avaliação.

Em seguida, a formação foi organizada em 12 encontros on-line onde as turmas trabalharam cinco dimensões formativas do Projeto de Vida: Inteligência Emocional; Autoconhecimento; Eu, o outro e o mundo; Responsabilidade e cidadania; Eu e o mundo do trabalho. Todos os materiais foram disponibilizados em um Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Foram dedicadas ainda quatro horas para os momentos de estudos de casos. “Nós trazíamos uma situação-problema referente ao tema projeto de vida envolvendo o professor e o aluno na escola. Eram situações que muitos vivenciaram ou poderiam vivenciar, e a partir daí, reunidos em grupo, eles buscavam soluções de forma coletivas”, explica Nilton Rodrigues, diretor do Instituto Paramitas e coordenador do projeto Pense Grande no território de Sergipe.

Para receber a certificação, cada professor precisou idealizar um plano de ação dentro do tema de projeto de vida para ser aplicado em sua escola junto aos jovens. Três destes planos receberam destaque e os educadores responsáveis foram presenteados com um tablet.

Programados para aprender 
 
O fim da formação ocorreu no dia 14 de dezembro com um encontro de encerramento.

“O maior ensinamento foi a troca de experiências e vivências de cada professor. Aprendemos que precisamos conhecer bem a realidade do aluno e conhecer a história de onde ele vem. Isto é fundamental para o nosso planejamento pedagógico”, contou Carla Silveira, professora de Educação Física e Projeto de Vida no município de Canindé de São Francisco, interior de Sergipe.

A professora, representante do grupo nomeado de turma Paulo Freire, fez referência ao pensador pernambucano ao recordar que o projeto de vida incentiva os alunos a pensar sobre quem eles gostariam de ser no mundo. “Ninguém nasce feito, ninguém nasce marcado para ser isso ou aquilo. Pelo contrário, nos tornamos isso ou aquilo. Somos programados, mas para aprender”, diz Carla citando o famoso educador.

Ao apresentar os resultados e os planos de ação eleitos como destaques, Regina Calia, analista de projetos da Fundação Telefônica Vivo, celebrou a conquista de todos os professores. “Neste ano tão cheio de surpresa, a maior surpresa foi perceber quão longe conseguimos ir”, afirma emocionada.

Um dos três planos de ação vencedores foi o “Pilares da Vida. O meu projeto“, do professor Luiz Jafer dos Santos Paes. “O aluno, através do uso da internet, pode interagir com a sua própria comunidade. Conhece o médico, o advogado, o padeiro e assim, entende como todas essas relações se encaixam e como elas não estão tão longe da sua vida”, comenta Luiz ao apresentar uma das dimensões do projeto.
Os outros dois projetos destaques foram “Os Jovens e seus ideais pós pandemia” do professor Marcos Antônio Goes Costa – cujo objetivo é sensibilizar o jovem para a atual situação, levando-os a perceber que é possível criar ideais para um momento futuro. E a proposta “Cant’arte – quem canta seus ‘males’ espanta”, da professora Josenilda da Silva Macedo, que tem o intuito de ensinar os jovens a escutar, respeitar as diferenças, desenvolver atitudes protagonistas, descobrir novos talentos, despertar espírito colaborativo e melhorar a socialização.

“Os ‘males’ está escrito entre aspas porque se trata das mazelas emocionais que os nossos jovens têm sofrido, como ansiedade, depressão, baixa autoestima. A música entra como um elemento motivador, aquele que estimula o protagonismo, que traz visibilidade aos talentos, que estimula a socialização. A educação musical é importante no desenvolvimento de competências socioemocionais assim como as cognitivas”, afirma a professora Josenilda.

Nilton Rodrigues conta que o retorno dos educadores foi maior do que ele esperava. “Eles superaram todos os desafios propostos, com participação ativa e entregas. Apesar do momento difícil vivido por todos, tivemos muitos depoimentos significativos, mesmo de professores mais experientes. Isto mostra a mudança de práticas e de um olhar mais atento às necessidades de seus alunos e a importância desta ação no aprendizado”, finaliza.

Formação em Projeto de Vida inspira professores em Sergipe
Formação em Projeto de Vida inspira professores em Sergipe