Tomada de decisões estratégicas, trabalho em equipe, ganho de autonomia e motivação em alta são alguns dos benefícios que uma análise sobre a percepção individual e coletiva pode trazer para o empreendedorismo social.
Muitos questionamentos surgem no início de uma jornada empreendedora. Qual é o melhor caminho para atingir os objetivos de um negócio social? Como devo me posicionar diante de um determinado obstáculo? Essas dúvidas fazem parte de uma reflexão que raramente é incentivada. Para respondê-las é essencial desenvolver um conjunto de habilidades socioemocionais que resultam de um processo de autoconhecimento.
“Conhecer a si mesmo e aos outros funciona como uma expansão da consciência. Através desse processo, o indivíduo acessa seus pontos fortes e aqueles a desenvolver. No caso dos empreendedores, o autoconhecimento ajuda na tomada de decisões estratégicas e no planejamento estruturado com base nas competências que ele já tem e nas que lhe faltam”, reforça Eliane Diniz, psicóloga e sócia-diretora da empresa de consultoria comportamental Interação Social.
Entre as competências comportamentais essenciais para resolver os problemas com inteligência emocional estão: comunicação, tomada de decisão, flexibilidade, persuasão, empatia, gestão do tempo e do estresse. Ao iniciar esse desenvolvimento, o empreendedor acessa ferramentas que farão a diferença tanto no âmbito profissional, quanto no pessoal. No que diz respeito a empreender, os benefícios impactam principalmente a produtividade e a motivação.
“Além de buscar ações mais assertivas, o autoconhecimento permite que o empreendedor evite o desperdício de recursos e a perda de tempo. Seus esforços estarão direcionados para pensar em uma comunicação mais efetiva e na forma de conectar pessoas com a causa e os objetivos de um negócio social”, complementa a consultora.
Para começar: refletir e analisar
O primeiro passo do processo é trabalhar com reflexões direcionadas para dois caminhos: o conhecimento individual e os objetivos do empreendimento. Dessa forma, os empreendedores serão capazes de avaliar percepções internas e externas, entendendo onde elas se encontram ou desencontram.
Especialmente no caso dos empreendedores sociais, como o principal motivador é uma causa ou um público final, essas relações podem determinar os próximos passos.
“Quando o empreendedor se coloca nessa posição, ele vai direcionar suas competências e habilidades para gerar condições para que a mudança efetivamente aconteça na sociedade ou na comunidade”, afirma Norimar Tolotto, consultor em desenvolvimento humano e sócio-diretor da Interação Social.
Segundo o consultor, existem diversas ferramentas capazes de levar a uma análise mais aprofundada para as respostas das perguntas mencionadas acima. A mais comum, ágil e prática é a PDA ((Personal Development Analysis), que traça um perfil comportamental, identificando talentos, áreas a serem desenvolvidas, motivadores e maneiras de tomar decisões. Uma vez respondido o questionário, é gerado um relatório detalhado.
“Se o empreendedor está começando, ele pode iniciar uma reflexão sobre o tipo de negócio social que quer construir e o tipo de empreendedor ideal para fazê-lo funcionar. Lembrando que esse modelo ideal será uma persona. Ele pode listar as competências essenciais e comparar com as habilidades que já tem. A proximidade ou a distância da persona indica os caminhos que ele pode tomar”, aconselha Norimar.
Neste momento de isolamento social para a contenção da COVID 19 no país, a Fundação Telefônica Vivo reforça o oferecimento de seus conteúdos digitais pedagógicos e gratuitos por meio de suas plataformas digitais.
Autoconhecimento, felicidade e produtividade
Além de ajudar no planejamento estratégico, o autoconhecimento também pode transformar as sensações relacionadas ao trabalho. Ao identificar a falta de uma competência essencial, os empreendedores podem encontrar parceiros e colaboradores que agreguem esses valores ao negócio. Isso cria uma dinâmica fluída que contribui para a produtividade.
“No início de uma jornada, obrigar-se a desempenhar bem uma habilidade que não domina fará com que o empreendedor sinta-se esgotado e gaste o dobro de energia. Sabendo administrar os pontos fortes e a melhorar, tanto os individuais quanto os da equipe, aumentam as chances de trabalhar mais feliz e motivado”, acrescenta Norimar.
Exercitar as habilidades socioemocionais está cada vez mais ligado ao futuro do trabalho. Autonomia para tomada de decisões, protagonismo e trabalho em equipe são alguns dos ganhos possíveis. De acordo com a consultora Eliane Diniz só mudamos quando tomamos consciência de que é isso é necessário.
“Diferente das gerações anteriores, que buscavam estabilidade e retorno financeiro, os jovens empreendedores são movidos pela paixão e pelo empenho em construir um mundo melhor. O autoconhecimento pode ajudá-los a descobrir como atingir essa transformação. E o melhor é saber que essa tomada de consciência pode ser feita a partir de qualquer ponto, com os recursos que estiverem disponíveis”, conclui.
Exercite o autoconhecimento com o Pense Grande Digital!
Uma das formas de exercitar o autoconhecimento é traçar um projeto de vida, que ajudará a estruturar e mobilizar as potencialidades do empreendedor durante sua jornada de crescimento.
Com uma proposta gamificada e lúdica, a formação Pense Grande Digital, da Fundação Telefônica Vivo, é voltada ao público jovem, a partir dos 15 anos, e tem como objetivo apoiá-los na construção desse repertório em empreendedorismo social.
Para acessar a formação online, basta fazer o download gratuitamente do aplicativo no smartphone e se cadastrar para iniciar as atividades. Os jovens ainda terão a oportunidade de interagir e se unir a outros participantes com competências diferentes e complementares as suas, mas com o mesmo desejo de mudar a realidade ao seu redor.
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