Achou que acabamos por aqui?

Depois de tantas inspirações...

Viu só? Como você deve ter percebido, não há um roteiro pronto ou uma receita mágica para inovar. Nem sempre é fácil encontrar uma solução para todos os problemas, mas o importante é começar. Derrube paredes (físicas ou ideológicas), quebre paradigmas, empodere os atores envolvidos e ouça (muito!) todos.

O processo de transformação não acontece da noite para o dia e se desenvolve de inúmeras formas, dependendo de cada escola, cada grupo de estudantes e professores e de cada comunidade. É preciso ter resiliência, trabalhar em grupo, pesquisar diferentes fontes e, principalmente, saber que o trabalho não termina nunca. Ele se renova a cada vivência, a cada nova demanda, a cada questionamento, a cada tentativa que não deu certo ou a cada tentativa que deu tão certo que precisará ser desafiada!

É desafiador você estar sempre procurando meios, mas é legal, porque quando você vai embora você pensa: ‘Nossa, hoje foi produtivo’. Às vezes, você também sai triste, mas você para e pensa no que você pode fazer para melhorar amanhã. Então, você está sempre refazendo a sua prática.

A gente entra aqui e não sabe como vai sair. É uma transformação constante.

Tem horas que cansa. Dá muito mais trabalho, porque estamos sempre correndo atrás de outras coisas que interessem a eles, mas esse é o barato do projeto. A gente aprende muita coisa.

O que podemos dizer, depois de tantas conversas maravilhosas com essas pessoas que estão fazendo tudo isso pela transformação de suas escolas? Pois agora é com você:


(Quais são os seus problemas, desafios, questionamentos, inquietudes, demandas e vontades? O que você tem hoje que não quer mais ter e quer transformar?)


(Que tipo de educação quer para nossos estudantes? Que escola deseja ajudar a construir?)


(O que já tem hoje que pode te ajudar? Qual o seu primeiro desafio?)


(Que tipo de suporte vai buscar para fazer a inovação acontecer?)


(De que forma pode começar a envolver outros atores na escola?)


(Arregaçar as mangas e respirar fundo! Vai valer muito a pena!)

O intuito desta publicação é, mais do que tudo, mostrar experiências de escolas que conseguiram pensar “fora da caixinha” para inspirar mais transformadores. Dê voz ao seu incômodo e incomode mais pessoas! Solange e Camila, de São Paulo, citam o professor José Pacheco, educador e criador da Escola da Ponte, em Portugal, para ilustrar esse momento:

Encontre mais dois incomodados, se junte a eles e incomodem os demais.

O grupo precisa querer se olhar e se organizar. Esta é a chave para desencadear o processo.

Temos mais algumas dicas para ajudar você a se inspirar e conhecer novas experiências:

Pesquise. Há tantos exemplos de escolas inovadoras, além das que citamos, que você certamente encontrará alguma que tenha similaridades com a sua. Incentive os demais professores a se inteirarem sobre o assunto. Você pode começar pelos links que disponibilizamos mais abaixo, no site do Ministério da Educação (MEC) e também no site www.escolastransformadoras.com.br.
Achou uma escola interessante? Entre em contato! O ideal é telefonar para a diretoria e checar quais são os procedimentos para agendar uma visita. Logo de cara, deixe bem claro que você trabalha numa escola que quer se inspirar naquele modelo e se transformar. Para escolas de redes municipais e estaduais, o mais indicado, primeiro, é entrar em contato com as secretarias de educação.
Agendou uma visita? Monte uma entrevista, com base na pesquisa que você realizou. Selecione os pontos mais importantes e crie tópicos para todas as suas dúvidas. Tente sintetizar as informações de que precisa, de forma concisa e objetiva.
Com base nas visitas ou contatos que fizer, crie um grupo de escolas e promova o intercâmbio de práticas inovadoras. Compartilhe as suas experiências e incentive as escolas vizinhas a fazer o mesmo. Não vai demorar muito para sua escola servir de referência a outras, que também serão contagiadas pela expectativa da transformação.

Inove-se!

Dê visibilidade à inovação que está acontecendo em sua escola. Procure sempre saber o que outras escolas estão fazendo, como estão inovando, troque experiências. Alimente a cultura da inovação: indique leituras, vídeos, experiências. Estimule a equipe da sua escola a postar (em murais físicos ou virtuais) suas experiências. Organize-se de forma a ter tempo para as questões pedagógicas. As administrativas não podem ocupar todo seu tempo!

Que tenhamos força juntos, porque se você chegou até aqui, lendo esta publicação, temos certeza de que está cheio de energia para começar.

Então, mãos à obra!

Comece!

Agradecimentos

EMEF Desembargador Amorim Lima – São Paulo, SP
Ana Elisa Siqueira, diretora
Flavia Moretti Ferrari, professora
Lis Paglioni Bonadi, coordenadora pedagógica
Renata Camargo Contese, coordenadora pedagógica

EMEF Campos Salles – São Paulo, SP
Adriana Chow Aidar, professora
Amélia Arrabal Fernandez, coordenadora pedagógica
Edelmar de Souza Vecci, professora
Eder do Carmo de Souza, professor
Fabiana Gomes, professora
Rosemeire Schimidt, diretora
Thuane Nogueira, assistente de direção

EMEF Zerefino Lopes de Castro – Viamão, RS
Cristina Silveira de Faria, coordenadora pedagógica
Marcia da Silva Chaves Kist, professora
Rosa Maria Friedl Stalivieri, diretora
Simone Menotes Costa, professora

EPG Manuel Bandeira – Guarulhos, SP
Ana Paula Casal de Rey, supervisora de ensino
Ana Paula Lucio Souto Ferreira, vice-diretora
Camila Zentner Tesche, coordenadora pedagógica
Solange Turgante Adamoli, diretora

Ginásios Experimentais Cariocas – Rio de Janeiro, RJ
Ângela Calmon, ex-coordenadora pedagógica do GEC Anísio
Teixeira, Marly Cardoso, ex-diretora do GEC Epitácio Pessoa
Mônica Pereira, diretora do GEC Governador Carlos Lacerda
Alexandre Rodrigues, assistente I da E/SUBE

Núcleo Avançado em Educação (NAVE) – Rio de Janeiro, RJ
Ana Paula Bessa, diretora

Agradecemos também a Américo Mattar, Ana Gaspar, David
Saad, Fernanda Sarmento, Juliano Bittencourt, Lívia Macedo, Mila
Gonçalves, Lucila Ricci, Neide Barros, Priscila Cruz, Rafael Parente,
Sônia Bertocchi, Weronica Miranda e a todos os demais envolvidos
que colaboraram para o desenvolvimento desta publicação.

Glossário

Conexão de internet que permite ao usuário navegar em alta velocidade. 3G e 4G são padrões dessa velocidade.

Publicar em um blog, uma espécie de diário on-line, cuja estrutura permite a publicação de artigos (os chamados posts).

Sistema de marcadores on-line que disponibilizam seus links preferidos na internet, para que você tenha fácil acesso e possa, também, compartilhá-los.

Siglas como AND, OR e NOT, usadas nas ferramentas de busca para facilitar pesquisas na internet.

A tradução literal é “tempestade de ideias”, ou seja, uma técnica de discussão em grupo, em que todo mundo dá sua opinião ou sugestões, com o objetivo de resolver algum problema ou elaborar um trabalho criativo.

Bate-papo virtual que você pode ter com uma ou mais pessoas.

Participar de um bate-papo virtual, de um chat.

também conhecidas como socioemocionais ou relacionais, essas competências envolvem uma série de habilidades essenciais para os indivíduos alcançarem sucesso em todos os aspectos de suas vidas (pessoal, social e profissional). Para saber mais, leia a introdução deste material.

Leitores de livros digitais, os e-books.

Troca de opiniões avaliativas que se dá entre as pessoas sobre determinada ação. Por exemplo: um aluno apresenta um trabalho. As críticas construtivas, os apontamentos sobre o que pode melhorar e a valorização do que está muito bom são os seus feedbacks.

Explicar e definir termos e palavras, como estamos fazendo aqui, neste Glossário.

Um olhar holístico significa ter uma visão e um entendimento integral de fenômenos e pessoas. Não mais analisálos de forma segmentada.

Sigla para histórias em quadrinhos.

Sigla de Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), que promove estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro.

Refere-se a uma reorganização do que já existe, mas percebido com outro olhar, mais contextualizado às necessidades atuais.

Refere-se a mudanças em todos os aspectos, seja de um lugar, de um conceito, de uma estrutura. No nosso caso, em tudo que envolve a escola e o aprendizado.

Refere-se a mudanças contínuas para deixar algo que já existe ainda melhor.

Mensagens que passamos para as pessoas, em tempo real,como SMS e WhatsApp.

Tratar ou combinar imagens ou áudios.

Um sistema de armazenamento de arquivos. Você pode acessar textos, planilhas e outros documentos pessoais de qualquer computador, não só do seu. Isto porque esses arquivos ficam salvos em um servidor, que é uma espécie de rede mundial.

Sigla de The Organisation for Economic Co-operation and Development, traduzida para o português como Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Essa instituição é responsável pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).

Sigla de Programme for International Student Assessment, traduzido para o português como Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada a estudantes na faixa dos 15 anos, idade média do término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.

Nome dado ao arquivo de áudio digital, frequentemente em formato MP3, publicado na internet.

No caso da escola, portfólio é um conjunto organizado de trabalhos produzidos pelo aluno, ao longo de determinado período.

Habilidade de se adaptar e superar desafios e situações estressantes, sem perder o foco.

Ferramenta que possibilita falar com qualquer pessoa, de qualquer parte do mundo, por meio da internet, vendo e/ ou escutando. É possível enviar documentos, fotos, vídeos e fazer reuniões on-line individuais ou em grupos.

Professor indiano, idealizador do SOLEs, ambientes de aprendizagem auto-organizados, também conhecidos como “escolas nas nuvens”, nos quais grupos de crianças recebem desafios e, de forma colaborativa, procuram respostas para superá-los na internet, sem o auxílio de um professor.

Movimento da sociedade brasileira, formado por educadores, empresários, especialistas, que tem como missão contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o País garanta a todas ascrianças e aos jovens o direito a uma educação básica de qualidade.

Várias mídias virtuais, ou não (vídeo, texto, livro, blogs, redes sociais, cartazes, áudios etc.), usadas para transmitir mensagens a determinado público.

Conjunto de páginas on-line interligadas, que podem ser visitadas e editadas por qualquer pessoa. A Wikipédia é um exemplo, sendo considerada a maior enciclopédia virtual e colaborativa do mundo.

Curso, oficina, laboratório de curta duração (presencial ou on-line), em que técnicas e habilidades são demonstradas e aplicadas na prática.

Links para pesquisa*
Escolas, plataformas e sistemas de avaliação e de ensino inovadores (na ordem em que aparecem nesta publicação)

Projeto Escolas que Inovam

Projeto Escolas Rurais Conectadas

Educopédia

Khan Academy

Escola Digital

Qmágico

EMEF Amorim Lima

EMEF Zeferino Lopes de Castro (Porto Alegre, RS)

EPEG Manuel Bandeira (Guarulhos, SP)

Colégios Los Manglares (Colômbia)

Wooranna Park Primary School (Austrália)

Ginásios Experimentais Cariocas - CEC’s (Rio de Janeiro, RJ)

Escola Municipal Epitácio Pessoa (Rio de Janeiro, RJ)

Escuela Nueva (Colômbia)

EMEF Campos Salles (São Paulo, SP)

Colégio Fontán (Colômbia)

Colégio Estadual Chico Anysio (Rio de Janeiro, RJ)

Sistema de Aprendizado Tutorial (Nicaraguá)

School 21 (Reino Unido)

GEC Anísio Teixeira (Rio de Janeiro, RJ)

Vovós nas Nuvens ou The Granny Cloud (Grã-Bretanha)

Student Bank Project e Wat Kod Tin Taram (Tailândia)

Portal Escolas Conectadas

Northen Beaches Christian School (Austrália)

Escuelas Experimentales (Argentina)

Escola da Ponte (Portugal)

NuVu Studio – MIT (EUA)

Educoteca

Quest to Learn (EUA)

Institute of Play

Plataforma Plinks

Colégio Estadual José Leite Lopes (Núcleo Avançado emeducação, Rio de Janeiro, RJ)

Dream Spark (Microsoft IT Academy)

Innovation Unit

The School in The Cloud

Summit Public School (EUA)

Growing Communities of Readers (África do Sul)

Projeto RadioPhone (Índia)

Read and Prosper (EUA)

Escola Kauti de Educação Infantil (Quênia)

Escola GENTE (Rio de Janeiro, RJ)

Escola Vittras (Suécia)

Green School (Indonésia)

Solar-powered Floating Schools (Bangladesh)

Escola Into The Woods (Reino Unido)

Escola de Educação Infantil Cisne Branco (Viamão, RS)

The Solar Bus (Grécia)

Colégio Cardenal de Cracovia (Chile)

Summer Hill School (Reino Unido)

Projeto Âncora (Cotia, SP)

Ao Iawhiti Unlimited Discovery (Nova Zelândia)

Michael Oak Waldorf School (África do Sul)

Associação das Escolas Independentes da África do Sul

Sites de pesquisa (em ordem alfabética)
Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Básica

Fundação Telefonica Vivo

Instituto Natura

Labi – Laboratório de Inovação Educacional

Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor)

Programa de Apoio à Formação Superior (Procampo)

Universidade Aberta do Brasil (UAB)

Livros e links para ampliar suas reflexões
Livro “Sabores, cores, sons, aromas”, de Maria da Graça Horn, Editora Penso, 2003

Livro “Novos modos de aprender e ensinar - Volume 1”, Fundação Telefônica Vivo, 2013

Livro “5 atitudes pela educação – orientações pedagógicas para coordenadores pedagógicos”, Todos pela Educação e Editora Moderna, 2014

Livro “Juventude Conectada”, idealização do Instituto Telefônica Vivo e realização do IBOPE Inteligência, Instituto Paulo Montenegro e Escola do Futuro USP, 2014

Livro “Recriando a educação – Transformando sistemas educacionais”, Innovation Unit – GELP (Global Education Leader’s Program), versão em português, 2014

Projeto Caindo no Brasil, de Caio Dib

*Todos os links foram acessados em julho de 2016.