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Importante ferramenta de registro histórico, o documentário pode ajudar estudantes a assimilarem temas complexos. Confira a lista!

Frame do documentário Território do Brincar

O uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação é cada vez mais essencial na educação. A utilização desses recursos tornam as aulas mais dinâmicas e contribuem para manter a atenção dos estudantes. Dentro disso, os  documentários podem ajudar a estreitar o vínculo com educadores e a assimilar temas complexos que demandem um resgate de períodos históricos.

Motivados pelo Dia Nacional do Documentário Brasileiro, reunimos documentários que podem enriquecer debates e contribuir para a aprendizagem de estudantes. Para além de documentários brasileiros clássicos como Janela da Alma (2001), em que pessoas com diferentes graus de deficiência visual relatam sua relação com imagens e percepção de mundo, e Ilha das Flores (1989), que por meio de um lixão de Porto Alegre (RS) levanta pautas como consumismo e desigualdade, a lista aborda temáticas que tocam em pontos como racismo, diversidade, gênero e construção de identidades. Confira!

Eleições (2019)

Alice Riff acompanha e registra as eleições do grêmio estudantil da Escola Estadual Doutor Alarico Silveira, na zona oeste de São Paulo. O documentário explora a construção de vínculos entre estudantes e professores, questiona formas tradicionais de aprendizagem e mostra a escola como espaço democrático para diversos tipos de discussão.

Guerras do Brasil.doc (2018)

A série documental dirigida por Luiz Bolognesi é uma grande viagem pela história do Brasil, recontando desde o conflito entre indígenas e portugueses, passando pela luta dos escravizados em busca de liberdade, pela Guerra contra o Paraguai, pela Revolução de 1930, até aos conflitos contemporâneos com organizações que comandam tráficos de drogas.

MARIA: Não esqueça que eu venho dos trópicos (2017)

Elisa Gomes e Ícaro Martin reúnem entrevistas com diversas personalidades para traçar uma viagem pelas criações e pela vida de Maria Martins (1894-1973). Escultora, gravurista, pintora, desenhista e escritora, que estudou na Europa com Oscar Jespers e se aproximou do surrealismo. Sempre na vanguarda, encontrou muitas barreiras por abordar temas como nudez e sexualidade e participou ativamente da criação da Bienal de São Paulo.

Laerte-se (2017)

A jornalista Eliane Brum assina a direção e o roteiro do documentário que retrata obra e vida de Laerte, considerada uma das mais importantes cartunistas e chargistas do país. O filme mostra as dezenas de personagens e séries de histórias em quadrinhos criadas por Laerte, marcadas por sarcasmo, humor ácido e forte pensamento crítico, permeado pela vivência da cartunista, que passou por uma transição de gênero na casa dos 60 anos de idade.

Carta para Além dos Muros (2019)

André Canto coloca em evidência o desdobramento da transmissão do HIV e da Aids com foco no Brasil pelo relato de médicos como Dráuzio Varella, ativistas e pacientes. Mesmo antes do uso do conceito de fake news, o registro mostra como a desinformação, o preconceito e o estigma podem ser ainda mais graves que uma doença. Também é um resgate histórico importante sobre uma epidemia que aterrorizou o mundo por duas décadas e sobre como ainda hoje faltam difundir informações sobre as formas de combate e transmissão do vírus.

Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil (2016)

Outro documentário que resgata um acontecimento pouco conhecido em nossa História, narrando como o historiador Sydney Aguilar descobriu centenas de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo. Abordando assuntos como o integralismo e o nazismo, mostra como 50 meninos negros órfãos foram levados a uma fazenda vivendo um regime escravocrata moderno. Um dos sobreviventes, Aloísio Silva, relata como foi privado de ter um nome, o que o levou a ser chamado de “menino 23”. O registro levanta questões que ajudam a explicar temas como racismo estrutural em nossa sociedade.

Território do Brincar (2015)

Um projeto de pesquisa da educadora Renata Meirelles e registro do documentarista David Reeks, que passaram dois anos documentando diferentes formas de brincar pelo território brasileiro. Passando por diversas paisagens como quintais, praias, florestas e mangues, aponta para a importância do brincar no processo de desenvolvimento infantil e, consequentemente, de aprendizagem.

Mitã. Criança brasileira (2013)

Palavra que significa criança em guarani, o documentário é dirigido por Alexandre Basso e Lia Mattos e inspirado em obras e ensinamentos de Fernando Pessoa, Agostinho da Silva e Lydia Hortélio. Levanta questões relevantes sobre o brincar, a educação, o contato com a natureza, a espiritualidade e a Cultura da Criança.

Doméstica (2012)

Por meio da visão de sete adolescentes de diferentes classes sociais que registram o trabalho de funcionários de suas casas, o diretor Gabriel Mascaro materializa a relação entre patrão-empregado, tão reveladora da formação histórico-social do Brasil. Assim como em Um Lugar ao Sol (2009), o diretor intercala momentos que tocam no humor com outros em que transparece o incômodo, e ainda tem como pano de fundo o protagonismo juvenil dado aos autores das imagens.

Uma Noite em 67 (2010)

Ricardo Calil e Renato Terra resgatam o III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record de 1967 para falar sobre Tropicalismo, tendo como contexto o momento político do Brasil, marcado pela ditadura militar. Artistas como Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes são protagonistas da obra, que pode apoiar temas como a importância da música e da arte como um todo para a liberdade de expressão.

Encontro com Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá (2006)

Documentário dirigido por Silvio Tendler retrata Milton Santos (1926-2001), geógrafo e referência acadêmica brasileira, reconhecido internacionalmente por prêmios como o Vautrin Lud, considerado o Nobel da Geografia. Gravado cinco meses antes da morte do geógrafo, escritor, cientista, jornalista, advogado e professor universitário brasileiro, a obra retoma a trajetória dele enquanto levanta reflexões sobre conceitos como globalização, desigualdades entre países considerados ricos e pobres e discussões sobre sistemas econômicos.

Santo Forte (1999)

Documentário do premiado cineasta Eduardo Coutinho (1933-2014) revisita a missa campal realizada pelo Papa João Paulo II no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em 1997 para falar sobre fé e religiões, ouvindo católicos, umbandistas e evangélicos. Com o realismo de costume, que também está presente em títulos como Cabra Marcado para Morrer e Edifício Master, Coutinho entrevista moradores da comunidade Vila Parque da Cidade, no Rio, para contar a relação com o sobrenatural, podendo gerar debates fundamentais sobre a diversidade religiosa e cultural brasileira.

12 documentários brasileiros para debater durante as aulas
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