A Secretaria Municipal de Educação e o projeto Aula Digital trabalham juntos para potencializar práticas pedagógicas a partir da cultura digital. Saiba mais!
O futuro da educação pós-pandemia é colaborativo. Partindo desse princípio, a Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Telefônica Vivo, parceiras desde 2019, uniram esforços para aproximar as tecnologias digitais à educação, por meio da rede pública de ensino em Goiânia (GO).
A ideia é equipar as 170 escolas que já fazem parte do projeto Aula Digital no território. O foco é capacitar os educadores para trabalharem metodologias ativas de aprendizagem a partir da cultura digital, além de oferecer recursos tecnológicos.
O projeto conta com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento (CIEDS) como parceiro-executor. A organização é responsável por apoiar a implementação do Aula Digital em Goiânia. Além disso, desenvolve projetos voltados à promoção dos direitos humanos e o fortalecimento de políticas sócio assistenciais básicas.
Em 2021, 564 educadores receberam formação continuada e 32.130 estudantes foram impactados.
O projeto Aula Digital faz parte do ProFuturo, o principal programa de educação global da Fundação Telefônica em parceria com a Fundação “la Caixa”, e tem como missão reduzir a desigualdade educacional no mundo por meio de um ensino digital e de qualidade.
“Nosso papel é fazer com que o projeto avance para que possamos multiplicar a metodologia para outras instituições de Goiás”, avalia Wellington Bessa, Secretário Municipal de Educação de Goiânia.
Modelo híbrido de atuação
Para alcançar esse objetivo, a parceria acontece em um modelo híbrido. O formato consiste no aproveitamento do parque tecnológico das escolas em que a Fundação Telefônica Vivo oferece a plataforma de conteúdos pedagógicos ProFuturo. Além disso, contempla oficinas de formação continuada para os educadores da rede, focadas em inovação educativa e no uso de tecnologias, e assessoria à equipe técnica da Secretaria.
São os técnicos da Gerência de Formação que assumem a função de multiplicadores, ficando responsáveis por conduzir as formações continuadas aos educadores em sala de aula. Já os técnicos da Gerência de Inovação e Tecnologia Social fazem o acompanhamento junto aos educadores.
“Sendo assim, o projeto passa a fazer parte de uma política local de uso de tecnologias digitais nas escolas, fazendo com que ele seja muito mais sustentável a longo prazo”, explica Lia Glaz, gerente de Programas Sociais da Fundação Telefônica Vivo.
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Uso local das tecnologias digitais
Durante a pandemia, as formações pedagógicas do Aula Digital passaram a acontecer de forma remota, com formações on-line em todos os territórios.
Tendo em vista a relevância da iniciativa para Goiânia, a Secretaria de Educação assumiu o compromisso de investir em mais equipamentos tecnológicos para estender o alcance do Aula Digital no território. Não demorou até que o número de escolas beneficiadas pelo projeto subisse de 100 para 170 na região.
“O diferencial do modelo de atuação do Aula Digital no território é justamente o envolvimento da Secretaria em três frentes: formação in loco, formação em contexto e assessoria dos equipamentos e conteúdos digitais”, explica Danielle Santos Coutinho, integrante da equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia.
As escolas que já possuíam ambientes informatizados passaram a contar com a plataforma ProFuturo. Já as que não possuíam ambientes informatizados, a Fundação Telefônica Vivo disponibilizou kits tecnológicos com computadores e tablets. Dessa forma, o acesso à plataforma de conteúdos ProFuturo é garantido a todas as instituições parceiras.
“Muitos dos nossos estudantes não têm acesso às tecnologias. Ao receber a oportunidade de aprender com elas, notamos uma melhora significativa nos indicadores de aprendizagem e engajamento”, compartilha Joel Ribeiro, Gerente de Inovação e Tecnologia da Secretaria de Educação de Goiânia.
Nesse sentido, a Fundação Telefônica Vivo propôs um modelo de intervenção focado em fortalecer o ecossistema local. Em outras palavras, as instituições de ensino têm a flexibilidade e a autonomia para trabalhar a partir dos próprios parques tecnológicos.
Em 2021, além de Goiânia (170 escolas), o projeto Aula Digital está presente em 260 escolas de Manaus (AM), em 568 escolas de Sergipe (SE), em 27 de Vitória de Santo Antão (PE) e em 55 escolas de Viamão (RS).
Foram alcançadas 1080 escolas, atendidos 5378 educadores e beneficiados 171.366 alunos.
Competências que lideram mudanças
Embora o período de isolamento social tenha interferido na consolidação do projeto no território, diversas ações de engajamento foram planejadas ao longo de 2021. Dessa forma, foi possível acompanhar e preparar os educadores para a retomada das aulas presenciais.
A equipe técnica e de formadores da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia contou com assessoria da Fundação Telefônica Vivo, nos meses de outubro e novembro, para realizar a integração dos conteúdos e facilitar o compartilhamento das ações com a comunidade escolar.
“Por meio das ações articuladas foi possível ampliar as competências digitais do corpo docente e potencializar a inovação na resolução de problemas. Nesse meio tempo, os professores também puderam se preparar para liderar as mudanças necessárias nos espaços educacionais”, concluiu a educadora Karlla Ferreira, integrante da equipe técnica da Secretaria de Educação.
Como resultado, os educadores participaram de momentos de formação e planejamento para 2022. O próximo passo será começar a implementar o uso dos recursos digitais de acordo com as necessidades de aprendizagem dos estudantes.