Saltar para o menu de navegação
Saltar para o menu de acessibilidade
Saltar para os conteúdos
Saltar para o rodapé

O tema se tornou fundamental na Educação Básica, por isso listamos dicas de como abordar a Ciência de Dados de maneira criativa

#CiênciadeDados#Educação#Educadores

Imagem mostra a ilustração de uma professora frente a um quadro com gráficos estatísticos. Ela está de costas e é possível ver a imagem de cinco gráficos dispostos no quadro lado a lado.

Não é novidade que o estudo da Ciência de Dados é uma das competências básicas para a compreensão do mundo em que vivemos. A capacidade de analisar, interpretar e manusear as informações é fundamental para a tomada de decisões estratégicas e até mesmo em situações cotidianas. Mas como tratar o tema de forma criativa com os estudantes?

Com uma série de grafites em códigos nos muros da zona sul do Rio de Janeiro, a artista Joana César, autora dos desenhos, virou notícia. Intrigado com essas imagens, o jovem Paulo Orenstein, aluno de matemática da PUC-Rio, foi desafiado por seu orientador a decifrar os escritos. Para isso, ele escreveu um programa de computador para decifrar.

“A Ciência de Dados está presente no cotidiano das pessoas, pois desde a infância nos deparamos com dados nas regras de jogos e brincadeiras. Atualmente, com o aumento do acesso à informação, analisar e interpretar dados é indispensável para uma cidadania plena”, afirma a educadora Claricy Alves, especialista em Educação Matemática com Novas Tecnologias.

Nesse contexto, uma das melhores maneiras para se desenvolver um olhar matemático é por meio do Big Data. Trata-se da ciência interdisciplinar que mescla estatística, probabilidade e análise de dados. Esses dados são as informações que, a todo momento, chegam à base de dados de empresas, organizações e escolas, por exemplo, fornecendo elementos sobre o seu público-alvo.

Uma abordagem criativa da Ciência de Dados

É importante explorar as formas criativas de ensino. Inclusive, usando atividades lúdicas, envolvendo situações rotineiras dos alunos. O intuito é aproximar o estudante do tema para que ele se sinta envolvido e centralizado no processo de aprendizagem.

“Para engajar os alunos procuro me aproximar da realidade, dos gostos e das preferências deles. Descobri no esporte um grande aliado para motivar os alunos. Alguns, por gostarem de praticar esportes, percebem a importância da matemática para melhorarem o desempenho. Já outros são atraídos pela curiosidade e necessidades de aprender a matemática para realizar as atividades diárias”, afirma a professora Claricy.

Análises de jogos, filmes e games que envolvem probabilidade podem se revelar como métodos eficazes de traduzir a Ciência de Dados para a linguagem dos alunos que estão tendo o primeiro contato com a disciplina.

Para inspirar os educadores a abordarem o tema em sala de aula, indicamos algumas atividades que podem ser realizadas de forma criativa. Confira!

Análise de jogos esportivos

Jogos de futebol e basquete não dialogam apenas com a habilidade dos jogadores. Mas também com análises estatísticas que revelam muito sobre o desempenho dos atletas e a probabilidade de vencer a partida.

Experimente atividades baseadas na análise das chances de um jogador pontuar, considerando sua posição em campo e atuações em jogos anteriores. Esse pode ser um bom exercício para o levantamento de informações relevantes e tomadas de decisões estratégicas.

Na atividade desenvolvida pela educadora Claricy, dados da relação entre chutes a gol e acertos do craque do futebol Lionel Messi são utilizados para criar hipóteses sobre a sua atuação em campo. A prática, que não tem resposta correta, promove o debate entre os estudantes, baseado nos dados sobre os jogos.

“Para introduzir os conteúdos de matemática, geralmente apresento situações-problema e jogos que desafiam os alunos a buscarem uma solução e usarem seus conhecimentos prévios. É uma atividade que pode ser aplicada para estudantes de diferentes faixas etárias. Ela é aberta, permite trabalhar diversos níveis de conhecimento e não possui uma resposta pronta, mas sim várias possibilidades de interpretação. Os alunos são instigados a criar hipóteses e aplicações para as informações apresentadas”, afirma.

Pesquisas de informações falsas

A informação confere autonomia. Por isso, uma pessoa de posse dos dados corretos é capaz de tomar decisões mais acertadas, baseadas em elementos concretos. E em um contexto em que lidamos constantemente com uma enxurrada de notícias falsas, é fundamental saber identificá-las.

Logo, atividades baseadas no levantamento de dados para a verificação de informações e notícias compartilhadas em aplicativos de mensagens se mostram importantes no exercício da cidadania.

Interpretação de dados em filmes

Muitas produções cinematográficas abordam a Ciência de Dados em seu enredo sem a menor pretensão. Os longas “Her” e “Coach Carter” são alguns exemplos. Esses filmes falam indiretamente sobre o assunto, contextualizando em situações corriqueiras, podem simplificar a abordagem do tema.

Esse recurso pode ser utilizado para estimular os alunos a identificarem os momentos em que a disciplina é tratada. Dessa maneira, ajudando-os a entender melhor do que se trata a Ciência de Dados e se aprofundar no estudo.

Jogos de estratégia

O desenvolvimento e aplicação de jogos com fases, nos quais é necessário levantar informações para avançar etapas, estimula a curiosidade e a criatividade dos alunos.

Lidando com essas premissas, os estudantes precisarão pensar em soluções diferentes para superar os desafios propostos.

Soluções de problemas cotidianos

A melhor forma de simplificar o ensino da Ciência de Dados é aproximar o aluno da disciplina através da identificação. Por exemplo: um personagem deseja viajar para determinado lugar, em uma época do ano, mas possui uma quantidade limitada de dinheiro. Como ele deve começar a se planejar?

Proponha atividades nas quais os problemas cotidianos devam ser solucionados se baseando em dados levantados pelos alunos, para desconstruir a ideia de que a disciplina é complexa.

Além da sala de aula: como abordar Ciência de Dados de forma criativa?
Além da sala de aula: como abordar Ciência de Dados de forma criativa?