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O objetivo é desenvolver competências digitais para além da internet, formando educadores para multiplicar conhecimentos e impactar os projetos de vida dos jovens amazonenses

#PenseGrande #Projetodevida #CulturaDigital #EnsinoMédio

Imagem mostra uma mulher negra, de camiseta branca e um colar. Ela está sentada em frente um computador, sorrindo enquanto olha para a tela.

Desde o início da pandemia do coronavírus, a importância da cultura digital na educação ganhou maior destaque em todo o país por conta da urgência do ensino remoto e, também, pela inclusão das tecnologias digitais no currículo escolar. A competência agora faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) implementada para o Ensino Médio.

No estado do Amazonas não foi diferente, e a cultura digital virou assunto do momento. Em 2020, um levantamento feito pelo Centro de Formação Profissional Padre José Anchieta (CEPAN) da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas (SEDUC-AM) apontou que a demanda por cursos relacionados às tecnologias digitais era a mais expressiva e o tema de maior interesse entre os educadores amazonenses em um contexto de aulas não presenciais.

O interesse vem junto ao desafio: a conectividade. Com grandes extensões de florestas, rios e áreas remotas, a região lida com uma diversidade de realidades que exige soluções igualmente múltiplas e colaborativas. Um estudo realizado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em parceria com o Banco Mundial, aponta que o acesso à internet é o 4º item prioritário na melhoria da infraestrutura comunitária da região.

Com o intuito de fomentar a cultura digital no território para além da internet, a SEDUC-AM, o CEPAN, o Centro de Mídias de Educação do Amazonas (CEMEAM) e a Fundação Telefônica Vivo, juntamente com o parceiro executor Instituto Conhecimento Para Todos, se uniram para levar os cursos em Tecnologias Digitais, que fazem parte da oferta formativa do programa Pense Grande para cerca de 2.250 educadores da região.

O Programa Pense Grande, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo, tem como objetivo criar oportunidades de desenvolvimento para os estudantes e educadores nos temas de empreendedorismo social, tecnologias digitais e projeto de vida, alinhadas às competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e aos pressupostos do Novo Ensino Médio.

A ideia é formar multiplicadores em competências digitais que serão decisivas para o projeto de vida dos estudantes. “Temos juventudes urbanas, ribeirinhas, indígenas, migrantes. Cada um desses grupos inclui indivíduos com desafios, expectativas e sonhos tão grandes quanto a nossa floresta. O exercício de projetar visões de mundo que ultrapassam os muros da escola, precisa ser incentivado e reconhecido pelos educadores. Mas antes, precisamos prepará-los para fazer mediações relevantes”, afirma a educadora, Ana Maria de Lucena Rodrigues, diretora do CEPAN.

O evento de abertura da formação no Amazonas, que aconteceu no início do mês de abril, trouxe convidados e especialistas para debater a importância da cultura digital na escola e no futuro dos jovens estudantes do século XXI. Além de Ana Maria Lucena e Wilmara Messa, diretora do CEMEAM, estiveram presentes: Paula Carolei, professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) na área de Tecnologia Educacional, Luciana Scuarcialupi, coordenadora de projetos para juventudes na Fundação Telefônica Vivo, e Donizete José da Silva, diretor da Escola Estadual Prof. Mauro de Oliveira, em São Paulo. A mediação foi conduzida pelo professor Bruno César dos Santos, consultor pedagógico da Secretaria Estadual do Estado de São Paulo.

Durante a transmissão, os educadores puderam trocar experiências com outros educadores que trabalham em áreas diferentes, mas aplicam as tecnologias no dia a dia do âmbito pedagógico. Confira os principais destaques a seguir.

 

Cultura Digital para estudantes do século XXI 

Mais do que uma necessidade, os recursos digitais permitem que o processo de ensino-aprendizagem se torne colaborativo, personalizado, e que o estudante assuma o papel de protagonista na produção do próprio conhecimento.

“A cultura digital permite um grau de acesso e compartilhamento muito interessante. A ideia é que os estudantes não sejam meros consumidores, mas sim autores na relação com as tecnologias. Mais importante do que transmitir conteúdos é apresentá-los a recursos digitais que possam ajudá-los a transformar realidades”, afirma Paula Carolei, que também é pesquisadora do Centro de Comunicação e Criação em Mídias (CCM).

Para a educadora, o ‘grande segredo’ do ensino digital é perceber modelos e programar soluções. Para isso, ela recomenda que os educadores trabalhem com projetos conectados às comunidades em que os jovens estão inseridos, usando as tecnologias como auxiliares em um processo transformador muito mais significativo.

Engajar para transformar 

A Escola Estadual Prof. Mauro de Oliveira, em São Paulo, tornou-se referência pelos projetos desenvolvidos em um contexto de escassez de recursos para investir em tecnologia. “A nossa identidade é a busca por parcerias. Entendemos que não conseguimos fazer nada sozinhos, por isso lançamos esse desafio a toda a comunidade escolar”, conta o gestor da escola, Donizete José da Silva.

O primeiro passo foi convidar educadores e estudantes a pensarem juntos em maneiras de trazer competências como cultura digital e pensamento computacional, sem necessariamente depender de computadores e internet. A partir deste exercício de reflexão, surgiram ideias e projetos como a Feira de Ciências, que contou também com o apoio da Fundação Telefônica Vivo.

Para Luciana Scuarcialupi, coordenadora de projetos para juventudes na Fundação Telefônica Vivo, a construção coletiva é essencial para despertar o interesse dos jovens.

“O engajamento do jovem vai depender do quanto ele participa do processo de ensino-aprendizagem. Nossa intenção é convidar os educadores para inovar, trocar e vivenciar a tecnologia como mais um instrumento na construção desse espaço de interação com os estudantes”, finalizou Luciana.

Os cursos em Tecnologias Digitais, ofertados aos educadores da rede amazonense estão disponíveis gratuitamente na plataforma Escolas Conectadas, porém no formato autoformativo, com 30 horas de formação, sem mediação e até um mês para conclusão. A iniciativa faz parte do ProFuturo, programa de educação global da Fundação Telefônica e da Fundação “la Caixa” que oferece cursos online de formação continuada para professores da Educação Básica. Confira os seis cursos:

Amazonas incentiva a cultura digital na educação para engajar professores e estudantes
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