A pedido dos educadores, os recursos tecnológicos e as práticas pedagógicas do projeto Aula Digital foram ampliadas para turmas dos anos finais do Ensino Fundamental
Educadores e gestores da rede pública de Sergipe pediram e a Fundação Telefônica Vivo atendeu! O Projeto Aula Digital foi ampliado para ofertar inovação educativa, por meio da tecnologia e de novas metodologias de ensino e aprendizagem, para turmas dos anos finais do Ensino Fundamental da rede pública. Desde 2017, o Aula Digital atende estudantes do 1º ao 5º ano das redes municipais e estadual. Com a ampliação, passará a atender 40 mil novos estudantes e cerca de 2.400 educadores, do 6º ao 9º ano.
O interesse dos educadores dos anos finais do Ensino Fundamental pelo uso dos recursos tecnológicos do Aula Digital aumentou com as mudanças na educação provocadas pela pandemia. Certamente, elas incentivaram a busca por formas inovadoras de ensinar e ambientes virtuais de aprendizagem.
“As maletas digitais já faziam sucesso com os alunos do Fundamental I. Mas os educadores pediam para que elas fossem utilizadas para aprimorar o processo de aprendizagem dos estudantes do 6º ao 9º ano”, relata a professora de biologia Elaine Fernanda dos Santos. Ela atua como ponto focal do Aula Digital na Secretaria Municipal de Educação de Lagarto (SE).
Rejane Batista dos Santos era uma das educadoras que ansiava pelo projeto Aula Digital. Ela dá aulas de matemática e ciências para estudantes do 7º e do 9º ano na Escola Municipal Manoel de Paula Menezes Lima, também no município de Lagarto.
“Mais do que nunca, temos que dar aulas com metodologias que despertem o interesse dos estudantes. E que os ajudem a acessar informações para além do que trazemos à sala de aula. Eles estão o tempo todo conectados. Precisamos usar isso a nosso favor”, acredita.
Inovação educativa também na formação de professores
A etapa de formação e acompanhamento de educadores no Aula Digital é tão essencial quanto a oferta de equipamentos tecnológicos. Bem como os ambientes virtuais de aprendizagem. E a personificação de conteúdos pedagógicos. Por isso, as equipes diretivas e pedagógicas das Secretarias de Educação, além dos professores que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental, participam da Formação AD na Escola Fund 2: Solução ProFuturo para uso de tecnologias.
A trilha formativa começou em setembro com um webinário em que foi feito um panorama sobre os equipamentos da maleta digital, os conteúdos pedagógicos e a plataforma ProFuturo. Mas ao longo do segundo semestre ainda haverá formações on-line e momentos presenciais com os formadores nas escolas atendidas pelo projeto. O objetivo é apoiar os educadores no uso dos recursos digitais. Além de que as escolas alcancem autonomia para usar as maletas e as soluções ProFuturo.
“Como ponto focal do projeto pude participar de todas as formações oferecidas. Gostei muito da organização das ações. Em especial os momentos ‘mão na massa’ para apoiar os professores a manusear os equipamentos. Assim como explorar o potencial da plataforma. Porém, o plantão de dúvidas também é fundamental para apoiar educadores”, explica a professora Elaine dos Santos.
O conteúdo formativo destinado aos anos iniciais e aos anos finais do Ensino Fundamental estão disponíveis gratuitamente no site do Projeto Aula Digital. Nesse sentido, pode ser acessado por qualquer educador ou gestor interessado em agregar tecnologia em suas práticas pedagógicas.
“Sou adepta das novas tecnologias para mediar práticas pedagógicas. Por isso, acho que a proposta fortalece a construção de saberes pelos estudantes. Afinal, promove autonomia, protagonismo e aprendizagem ativa”, acredita Elaine.
Competência digital para os anos finais do Ensino Fundamental
Os desafios de aprendizagem são cada vez mais motivados pelo uso de tecnologias em sala de aula. “A plataforma ProFuturo é um recurso auxiliar e um potencializador do desenvolvimento de competências digitais para os anos finais do Ensino Fundamental. Esse é um público que já tem maior maturidade tecnológica”, define Ana Silvia Conceição de Oliveira, assistente de projetos do Instituto Paramitas, parceiro-executor da Fundação Telefônica Vivo. Ela também é uma das responsáveis pela gestão do Aula Digital em Sergipe.
Com os recursos do projeto, os estudantes têm a oportunidade de aprimorar habilidades de comunicação, gestão e pensamento crítico. Além de criatividade e autonomia para conduzir o processo de aprendizagem de forma personalizada.
De acordo com a professora Rejane Batista, o destaque está no uso de metodologias ativas, estudo por rotação de estações e sala de aula invertida. Já que todas elas são aplicações inovadoras que potencializam o aprendizado dos conteúdos do livro didático.
“Certamente, durante as aulas os alunos podem explorar vídeos e novas imagens. Bem como buscar informações. Além disso, eles gostam muito das atividades personalizadas que criamos em conjunto com o uso da plataforma”, detalha.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), competência digital é uma das oito competências essenciais para o desenvolvimento ao longo da vida. Afinal, ela é necessária para a comunicação e relacionamentos interpessoais, vivência cultural, pensamento crítico e desenvolvimento da atividade produtiva na sociedade.
Por isso, a cultura digital é uma das dez competências gerais a serem desenvolvidas nas escolas, preconizada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). É importante não só para estudantes, mas também para educadores.
Parceria de sucesso em Sergipe
O projeto Aula Digital é iniciativa do programa global ProFuturo, uma parceria entre a Fundação Telefônica e a Fundação “la Caixa” para promover inovação na educação pública com a oferta de tecnologia, formação de professores e novas metodologias de ensino.
Em Sergipe, está desde julho de 2017, a partir do lançamento do projeto Aula Digital para escolas das redes municipais e estadual. Ana Silvia Conceição de Oliveira, do Instituto Paramitas, acredita que a ampliação do projeto para educadores e estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental é sinal do sucesso da parceria com as Secretarias Municipais de Educação atendidas e a Secretaria Estadual de Educação.
“A Fundação Telefônica Vivo entendeu a necessidade dos educadores e o momento apropriado para a ampliação do projeto no território. Como resultado, há uma maior consolidação dessa parceria que já dura cinco anos”, diz.