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Durante dois dias, evento que contou com apoio da Fundação Telefônica Vivo abordou tendências, ideias e reflexões sobre a educação no país

Com a missão de colocar o debate sobre a educação no Brasil em um novo patamar, o evento Educação 360 Internacional chegou a sua sexta edição. Durante os dias 16 e 17 de setembro, a Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ), foi palco de uma série de palestras, workshops, mesas de discussão e troca de ideias entre centenas de participantes do Brasil e do mundo.

Iniciativa dos jornais O Globo e Extra, com apoio da Fundação Telefônica Vivo, o evento reuniu grandes pensadores nacionais e estrangeiros, além de trazer a diversidade de olhares de professores, alunos e integrantes da sociedade em geral, proporcionando a troca de experiências positivas entre todos. Gratuito, o evento também foi transmitido ao vivo pelo Facebook.

“O Educação 360º se propõe a discutir uma escola mais contemporânea, conectada e debater as reformas educacionais do Brasil. É um prazer participar dessa discussão”, afirmou Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo.

Uma das fontes de inspiração para educadores foi o professor Gilson Franco, personagem da websérie Escolas Conectadas. “A educação e a minha vida se transformaram na mesma coisa. Mesmo quando apago a última luz e fecho o portão da escola, ela continua sendo a minha casa. Não vou lá apenas para dar aula, vou para ser feliz”, disse.

Gilson também falou sobre como a inclusão deve ser um princípio para as escolas e contou algumas de suas estratégias para desenvolvimento e aproximação com alunos, como o uso da literatura de cordel. “Temos que diminuir cada vez mais a distância entre professores e alunos. A nossa relação deve ser colaborativa”, opinou.

Por que inovar na educação

Todos podem atuar por uma educação melhor. Essa foi uma das mensagens principais do workshop “Introdução ao conceito de Educação Inovadora”, mediado por Bianca Castiglioni, gestora de projetos educacionais da Fundação Telefônica Vivo.

Bianca foi a facilitadora da atividade que apresentou o Movimento de Inovação na Educação, que integra redes, escolas, profissionais, ativistas e iniciativas sociais pela transformação da educação. O workshop também se propôs a trazer discussões e atividades que abordassem as cinco dimensões do movimento: gestão, intersetorialidade, ambiente, metodologia e currículo.

“Vocês também fazem parte desse movimento, afinal também querem uma educação de qualidade. Não importa quem você seja: mãe, pai, professor, ou representante de uma empresa. Todos nós queremos construir uma educação melhor”, afirmou. “Vamos centrar esforços em algo que acreditamos, e apoiarmos todos que querem inovar na educação”, complementou Bianca.

Durante a oficina, os participantes trouxeram as suas definições a partir de cada pilar do movimento: uso de tecnologias, transformação e inovação, inclusão, participação de todos, mudança de paradigma e a prática de atividades lúdicas foram algumas das falas relacionadas ao conceito de educação inovadora.

“O aprendizado dos jovens com tecnologia é diferente, pois estimula a criatividade e o pensamento crítico”, contou Erika Alves, que participou do workshop e é idealizadora do espaço SocialBit, ação social que atende jovens da comunidade de Rio das Pedras, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. “Me anima ver que estou no caminho certo e perceber que existem pessoas dispostas a transformar a educação por meio da inovação”.

Outro participante foi Mauro Silva, professor de história e sociologia de um cursinho pré-vestibular de Engenho de Dentro, na zona norte da capital fluminense. “Cada vez que venho ao Educação 360 tenho um aprendizado novo e procuro colocar isso em prática na sala de aula. Nós, que precisamos inovar a cada dia, temos que sair daquele estilo de educação engessado para melhorar a capacidade dos alunos de aprender”, destacou.

Projeto de vida

Outro workshop que teve muitos inscritos foi o “Jogo Vida e Ação”, iniciativa que usa a gamificação para inspirar e sensibilizar jovens em seus projetos de vida. Desafiador e dinâmico, a proposta da atividade foi fazer os participantes pensarem em suas próprias trilhas e, dessa forma, planejarem os seus caminhos para a realização de objetivos pessoais e profissionais.

“Historicamente, não temos práticas para pensar em projetos de vida e perdemos a chance de pensar quem somos, qual a nossa identidade e o que queremos fazer”, opinou Ana Claudia Pires, facilitadora da atividade e colaboradora do CIEDS, parceiro da Fundação Telefônica Vivo. O fato de a atividade ser um jogo também foi destacado pela especialista: “Costumamos aprender que a gente só absorve conteúdo fazendo lições ou estudando em livros. A ludicidade, brincadeira e outras formas divertidas e dinâmicas também são educativas”.

A atividade traz cartas com personagens, histórias e situações que permitem aos jogadores traçar trajetórias de vida, definir sonhos e transformar a realidade de seus personagens fictícios, o que possibilita fazer paralelos com a vida real.

“O que mais gostei do jogo é que sou um adolescente, e quando estamos na escola existe um leque de opções e muitas dúvidas e ideias que passam na nossa cabeça. O jogo permite entrar na vida de um personagem, mas também se identificar com ele, para ver o que ele quer ser no futuro”, disse Joshua Sampaio, de 17 anos, aluno do 9º ano da Escola Municipal André Urani, na Rocinha.

“Foi uma experiência brilhante, já estou pensando em milhões de estratégias para trabalhar a partir do jogo”, disse Daiana Jardim, professora de ensino fundamental e médio na Escola Fundação Roberto Marinho, na cidade do Rio de Janeiro. “O jogo traz leveza e mostra múltiplas oportunidades de vida. Se eu perguntar para um estudante o que ele quer ser, ele vai trazer apenas o que o horizonte dele permite enxergar até ali. Agora, num jogo como esse, o estudante descobre outras oportunidades para si também. Precisamos de sonhos, e o projeto de vida é sobre isso”, acredita.

A Fundação Telefônica Vivo lançou no Educação 360  Internacional a pesquisa Juventudes e Conexões, que busca entender como os jovens no Brasil se relacionam com a internet, as tecnologias digitais e as múltiplas formas de conexão.

A partir dos eixos educação, empreendedorismo, comportamento e participação social, a pesquisa reflete as percepções dos participantes sobre a era digital. Realizada pela Rede Conhecimento Social, em parceria com o IBOPE Inteligência, o estudo ouviu jovens de 15 a 29 anos de todas as classes e regiões do Brasil.

“Lançar a pesquisa no Educação 360 é trazer a voz do jovem para cá. Muitas vezes, temos eventos em que a voz do jovem fica de fora, então buscamos trazer o estudo para reforçar a voz dos jovens brasileiros e mostrar qual é a escola que eles esperam ver acontecer”, ressaltou Americo Mattar.

As inspirações de ensino e aprendizagem do Educação 360 Internacional
As inspirações de ensino e aprendizagem do Educação 360 Internacional