Filmes retratam grandes pensadores da área e como suas ideias influenciam a educação no século XXI.
Filmes retratam grandes educadores brasileiros e como suas ideias influenciam a educação no século XXI.
Para refletir sobre o sistema educacional brasileiro e pensar nos passos futuros da educação no século XXI, é preciso olhar no retrovisor e analisar o que pensaram os grandes mestres. Para Paulo Freire (1921-1997), patrono da educação brasileira, os homens se educam sozinhos; se educam em comunhão. O sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995) costumava dizer que um povo educado não aceitaria as condições de miséria e desemprego como as que temos. E a poetisa Cecília Meireles (1901-1964), mais conhecida por sua literatura, foi também educadora, responsável por assinar o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932.
Reunimos seis documentários que traçam a história destes grandes pensadores que ajudaram a traçar o caminho pelo qual andamos hoje, em busca, sempre, da construção de um país mais justo, cumpridor de um direito fundamental: o da educação. Confira!
Paulo Freire
Paulo Freire é um dos nomes mais importantes da educação mundial. Nascido no ano de 1921, em Recife (PE), tornou-se mundialmente reconhecido pelo método de alfabetização de adultos. Na visão freiriana, o objetivo principal da educação é conscientizar o educando: o Círculo de Cultura substitui as tradicionais cadeiras enfileiradas e o conceito de “educação bancária”, na qual o professor seria o único detentor do conhecimento. “Não existe saber mais ou saber menos, há saberes diferentes”, insistia Freire – afinal, todos nós sabemos algo e temos sempre coisas a aprender e a compartilhar. Pedagogia do Oprimido é o único livro brasileiro no ranking de 100 livros das universidades de língua inglesa.
Darcy Ribeiro
Mineiro de Montes Carlos, Darcy Ribeiro (1922-1997) deixou marcas fundamentais na educação brasileira. Seus primeiros anos de vida profissional foram dedicados ao estudo dos índios do Pantanal do Brasil Central e da Amazônia. Por conta de sua ligação com o assunto, ele fundou, neste período, o Museu do Índio e criou o Parque Indígena do Xingu. Dedicou-se a defender a educação de qualidade e a escola pública democrática, ao lado do amigo Anísio Teixeira. Neste vídeo, é possível encontrar um rico material, com depoimentos captados em diferentes momentos da vida de Ribeiro, além de textos de sua autoria.
Cecília Meireles
Nascida em 7 de novembro de 1901, a carioca Cecília Meireles começou a escrever suas poesias aos 9 anos. Em 1934, criou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, onde contava histórias para meninos e meninas. Tida como um dos principais nomes da poesia brasileira, Cecília teve participação importantíssima no chamado Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia a escola popular de qualidade, acessada por todos – e não apenas por uma minoria pertencente à elite. Também professora e folclorista, Cecília Meireles faleceu em novembro de 1964.
Anísio Teixeira
Lutar pela escola pública gratuita para todos. Esse era o principal objetivo do educador Anísio Teixeira (1900-1971), pensador que marcou os ideais da área educacional no século XX. Tornou-se Secretário da Educação do Rio de Janeiro em 1931, momento em que realizou uma ampla reforma na rede de ensino. Um de seus feitos foi a criação da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em 1935. Teixeira também foi responsável por criar o sistema educacional “Escola Parque”, iniciativa que contava com uma proposta revolucionária de educação integral em tempo integral, onde as escolas, além do currículo básico, teriam acesso aos amplos aspectos culturais do país.
Fernando de Azevedo
Fernando de Azevedo (1894-1974), nascido em São Gonçalo de Sapucaí, lecionou psicologia e latim em Belo Horizonte, e trabalhava para colocar em prática suas propostas na área da educação. Azevedo acreditava na escola como um ambiente de produção e de relações de solidariedade Sua crença em uma educação de excelência era tamanha que, entre os anos de 1927 e 1930, foi responsável por promover uma ampla reforma educacional no Rio de Janeiro, capital da República, junto a uma proposta de extensão do ensino a todas as crianças em idade escolar, articulando as modalidades de ensino urbano e rural.
Florestan Fernandes
Sociólogo, professor universitário e político, Florestan Fernandes (1920-1995) acreditava na revolução educacional como principal ferramenta de mudança da sociedade. Possui mais de cinquenta obras publicadas e teve papel fundamental para a transformação das Ciências Sociais no Brasil. Jamais abandonou a luta contra a igualdade do povo, que segundo ele, era menosprezado pela elite dominante. Um de seus livros mais importantes é A Revolução Burguesa, obra que marcou a linha de pensamento do educador de viés marxista.