Método de Design Thinking que seria transmitido aos líderes dos comitês de voluntariado da Fundação Telefônica Vivo.
Empatia e entrevistas foram ferramentas do método usadas em encontro na ONG Liga Solidária.
“Inovação centrada no ser humano.” Este foi o foco do método de Design Thinking abordado na formação realizada em São Paulo, nos dias 4 e 5 de março. Trata-se de um investimento para a capacitação oferecida aos líderes dos comitês de voluntariado da Fundação Telefônica Vivo em parceria com a ONG Liga Solidária, que participou do Dia dos Voluntários da Telefônica Vivo em 2015.
O intuito era que a capacitação dos voluntários gerasse, a partir das ferramentas compartilhadas, mais impacto em suas ações e projetos sociais, mas principalmente contribuísse para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Ao mesmo tempo, como anunciou o facilitador Edgard Stuber, especialista e pesquisador de processos criativos e inovação, os participantes tinham um desafio concreto para solucionar: como tornar a Liga Solidária ainda mais atraente para a comunidade?
A organização, que desde 1923 desenvolve programas socioeducativos e de cidadania para a comunidade do entorno, na região do Educandário, Zona Oeste de São Paulo, há quase 10 anos mudou o seu nome de Liga das Senhoras Católicas para Liga Solidária. Conforme relatou Rosalu Queiroz, vice-presidente da ONG, este foi um dos primeiros movimentos no sentido de modernizá-la e torná-la mais atraente para o público atendido, que atualmente chega a 10 mil pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. “Precisamos criar programas para manter a atratividade da Liga, para que o jovem frequente mais o nosso espaço, pois é preciso que ele venha espontaneamente”, destacou.
“O Design Thinking é um caminho para a solução de problemas complexos em qualquer área”, explicou Edgard Stuber. “Abrange técnicas que podem ser usadas tanto no impacto social quanto para desenvolver produtos, criar experiências, serviços, em situações do dia a dia etc.”
Ele acrescentou também que, como o nosso cérebro é o órgão que mais consome energia e, assim como todo o organismo, está programado para economizar, é preciso estar disposto para mudar a forma de pensar. “O poder disso é imenso”, garantiu o facilitador. “Fiquei impressionado com a geração final de ideias. Saímos com mais de 100”, comemorou Edgard. Agora, as alternativas apresentadas serão validadas e sistematizadas para que, a partir delas, a Liga Solidária desenvolva um projeto.
Para o líder de projetos do comitê de São Paulo, Zacarias Andrade Jesus, o contato direto com a organização foi o grande destaque do curso. “Já tinha participado antes de um treinamento rápido sobre Design Thinking, mas desta vez mergulhamos em um objetivo real”, relatou. “Foi espetacular viver a teoria junto com a prática. Utilizando as ferramentas do método, nos envolvemos com o público da Liga Solidária e pudemos perceber o cotidiano deles.”
A influência do método em sua rotina está diretamente ligada ao desenvolvimento de competências como envolvimento e interação. “Tudo o que envolve pessoas está sempre em mudança. É preciso ter empatia para melhorar aquilo que existe”, reconhece o voluntário, que atua também na área de pós-venda de TI. “Posso usar isso em tudo, com a equipe, buscando soluções que alcancem um maior número de pessoas. E, não apenas dentro da empresa, mas entrevistando e escutando o cliente para melhor atendê-lo”, afirma.
Segundo manifestou Zacarias, sua intenção é que este conhecimento chegue ao maior número de pessoas possível, pois, como concluiu em consonância com os outros participantes, se houvesse empatia sempre, os problemas seriam superados mais facilmente. Ou talvez nem existissem.