Constantemente relacionada às Artes, a criatividade enquanto uma das competências da BNCC também cumpre um papel fundamental no aprendizado de forma integral. Entenda!
Você sabia que o exercício da criatividade estimula a busca por respostas e soluções para as mais diversas situações, sejam elas escolares ou cotidianas?
O desenvolvimento do raciocínio crítico, criativo e científico possibilita a compreensão e interpretação do mundo em que vivemos. Para os jovens, exercitar a autonomia na investigação, a capacidade de questionamento e a exploração de novas possibilidades é fundamental em um mundo em constante mudança.
Alinhada a essa demanda, a Base Nacional Comum Curricular indica o Pensamento Científico, Crítico e Criativo como uma das competências gerais que devem ser desenvolvidas de forma integrada, ao longo de toda a Educação Básica. E reforça a importância da criatividade na aprendizagem e no desenvolvimento de competências e habilidades essenciais para a vida no século 21.
Pensamento Científico, Crítico e Criativo: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
De acordo com Nat Kendall-Taylor, CEO do Instituto FrameWorks, a criatividade não se limita a contextos de expressão e imaginação.
“O pensamento criativo também se aplica para outras áreas da vida em que a geração de novas e diferentes ideias são importantes para a resolução de problemas. Incluindo problemas do dia a dia, como cozinhar uma saborosa refeição usando apenas os ingredientes disponíveis ou resolvendo um problema de agendamento – ou preocupações em toda a sociedade”, explica em entrevista ao site Tecnologia Educacional.
Criatividade vai além da escola
No ambiente escolar, o estímulo à criatividade é benéfico tanto para os educadores quanto para os alunos. Ao planejar aulas, os professores podem pensar atividades que valorizem a reflexão crítica, o reconhecimento de contextos e a busca por soluções inovadoras. No entanto, a criatividade ultrapassa os limites da sala de aula e pode ser explorada pelos jovens em outros âmbitos da sociedade.
O conceito de aprendizagem criativa, desenvolvido pelo grupo Lifelong Kindergarten, do MIT Media Lab, possui quatro pilares, conhecidos como 4Ps: projetos, parcerias, paixão e pensar brincando. Eles trabalham a criatividade como uma competência de forma envolvente e motivadora, construindo conhecimentos de forma mão na massa.
O portal Aprendizagem Criativa em Casa, por exemplo, traz oportunidades para que crianças, jovens, pais e outros familiares criem, aprendam, convivam e se divirtam com materiais, ferramentas e espaços que já fazem parte de seu dia-a-dia fora da escola e do trabalho.
Quer estimular a sua criatividade? Confira algumas dicas sugeridas pelo portal, a seguir:
Já pensou em viajar no tempo?
Crie uma cápsula do tempo, escolha algo especial para colocar dentro dela e guarde-a para abrir no futuro. A ideia é refletir sobre os efeitos do tempo em nossas vidas
Construa a comunidade dos seus sonhos!
Como seria a nossa comunidade se você pudesse construí-la do zero, coletivamente? E a sua escola, os parques, transportes públicos e lugares que você frequenta? As pessoas, como seriam?
Nessa proposta a ideia é envolver amigos e famílias para reinventar o mundo a partir de materiais simples e recicláveis e trabalho em equipe.
Ajude seus amigos a compreenderem a importância de ainda se protegerem da COVID-19
Existem várias formas diferentes e criativas de passar uma mensagem para alguém. A proposta da atividade é criar um verso improvisado, brincando com a rima e o ritmo, com o intuito de transmitir uma ideia ou informação. Vale usar até um instrumento musical para ajudar nessa missão. Depois, é só compartilhar com os amigos!
A criatividade, como uma das competências da BNCC, também foi um dos temas do debate no podcast Educando Para Transformar, uma parceria da Fundação Telefônica Vivo com o Estúdio Folha.
No terceiro episódio, os convidados Rodrigo Hubner Mendes, criador do Instituto Rodrigo Mendes, Caio Dib, jornalista e autor e Paula Fabiana Pinheiro, professora de Ciências na EMEF Dom Diogo de Souza em Viamão (RS) falam sobre o papel do professor no trabalho das habilidades socioemocionais dos estudantes, essenciais para autonomia e para uma aprendizagem significativa.