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A pandemia trouxe e evidenciou desafios, mas também oportunidades de pensar em novas práticas como primeiro passo para uma educação transformadora. Conheça alguns exemplos!

Diante das desigualdades ampliadas pela pandemia de coronavírus, a preocupação em adaptar e manter o processo de ensino-aprendizagem por vezes deixa pouco espaço para pensar em práticas inovadoras. Ainda assim, esse período pode trazer novas oportunidades para a educação, sobretudo no que diz respeito a uma escola mais significativa para seus estudantes.

O TRILHAS é um projeto criado pelo Instituto Natura, em parceria com a Fundação Telefônica Vivo e apoio do Instituto Península, oferece ferramentas para que educadores e estudantes de pedagogia possam trabalhar a alfabetização de crianças. A plataforma traz cursos, gratuitos, alinhados às metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 da ONU, e abre caminho para que Secretarias Estaduais e Municipais de Educação utilizem os cursos como parte de suas políticas públicas e programas de formação de professores.

Esse foi o assunto central debatido na live “Novos olhares para a educação: Reflexão acerca do distanciamento social”, organizada pelo portal TRILHAS no dia 3 de julho. O evento contou com a participação do educador André Luís Corrêa, criador da página Educação Contagiante, e da gerente de programas sociais da Fundação Telefônica Vivo, Renata Altman.

Estratégias para o ensino remoto e para a adaptação da Educação Infantil foram compartilhadas, bem como a importância do vínculo com os familiares, com os educadores e com os pedagogos. André e Renata recomendaram ferramentas e práticas para auxiliar neste contexto de muitos desafios, mas também de possibilidades.

“Se a escola do século XIX já não fazia mais sentido há algum tempo, agora ela está no caminho para se transformar. Se soubermos lidar com isso, podemos tornar esse cenário uma oportunidade de criação de vínculos e desenvolvimento tecnológico para potencializar a educação. Não é uma certeza, mas é possível”, definiu o educador.

Por uma aprendizagem contagiante

O professor André Luís Corrêa, que dá aulas de Artes na rede municipal do Rio de Janeiro, se viu inserido neste contexto de incertezas e adaptações na educação dos seus próprios filhos, de 5 e 7 anos. Ele conta que, no início, foi difícil conciliar as rotinas pessoais e de trabalho. Sua esposa também é professora e, enquanto a assistia dar aulas online, começou a pensar em um novo modelo de aprendizagem para ser testado em casa.

O método começou com uma simples pergunta: O que vocês querem aprender? A partir de então, iniciou um Projeto de Pesquisa com os dois, individualmente, ocupando o papel de facilitador dessa aprendizagem.

O primeiro passo foi criar contas familiares com controle parental adicionadas no Google Family Link, para que os filhos pudessem acessar uma sala de aula no Google Classroom. André e sua esposa entraram como professores e as crianças como estudantes.

“Nesse processo, o que está em foco? Aprender a estudar. No ritmo deles, no tempo deles, com autonomia. Assim deveriam ser as escolas. De uma pergunta simples sobre um super-herói, meu filho foi parar na origem de palavras em outro idioma, no entendimento de Mitologia, Geografia, História, tudo seguindo a curiosidade dele”, relata.

Com o intuito de dividir sua experiência com outros educadores, André compartilhou no Facebook os resultados de sua ideia. O post gerou um alto engajamento e também uma série de perguntas. Para continuar dando dicas para uma aprendizagem significativa e atrativa, o educador criou a página Educação Contagiante, onde reúne conteúdos para incentivar uma escola mais voltada para as necessidades do século XXI.

Estratégias para o pós-pandemia: vínculos e autonomia

“Não estávamos preparados para essa educação remota e digital. É importante oferecer oportunidades para dar continuidade aos estudos, mas infelizmente não podemos partir de uma perspectiva de igualdade nas condições de acesso”, afirma Renata Altman, convidando André a pensar em formas atrativas e possíveis soluções para a Educação Infantil.

Ter de lidar com a ausência de recursos e a adaptação às novas tecnologias, enquanto as preocupações com a renda e com a saúde somam-se a esses desafios, traz sobrecarga emocional aos educadores, estudantes e suas famílias. Mais do que nunca, os vínculos são a resposta para garantir o desenvolvimento durante a pandemia e depois dela.

“O estudante pode voltar para a escola mais motivado pelas oportunidades de estreitar os laços com as famílias”, responde o educador.

Por fim, usando a experiência com os filhos como exemplo, André chama atenção para a necessidade de trazer a autonomia como princípio fundamental para uma aprendizagem significativa. “Precisamos entender a educação de forma ampliada, valorizando os saberes plurais de cada estudante e dando condições para que ele saiba fazer suas próprias escolhas”, finaliza.

Novas possibilidades para a aprendizagem infantil

Conectado à proposta de uma aprendizagem significativa e interdisciplinar, que contribua para ampliar o interesse dos alunos e esteja adaptada ao ambiente digital, o curso Escrita compartilhada: pesquisar, comunicar e aprender, lançado em abril na plataforma do TRILHAS, oferece a oportunidade de compreender informações e organizá-las a partir de uma metodologia enciclopédica.Voltado para crianças de 4 a 8 anos de idade, o curso foi idealizado com foco no trabalho do professor alfabetizador e tem como objetivo trazer ferramentas para ampliar os conhecimentos sobre os textos informativos científicos e mostrar os caminhos para realizar uma boa pesquisa, desenvolvendo um verbete enciclopédico como produto final.Conheça esse e outros cursos acessando o portal TRILHAS.

Como promover uma aprendizagem significativa durante o distanciamento social?
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