Modalidade EaD contribui para a formação continuada de educadores, qualificação profissional e para a democratização do ensino em todo o país
Modalidade EaD contribui para qualificar profissionais e democratizar educação
A Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) estima que, em 2016, mais de 2,9 milhões de alunos no Brasil participaram de cursos livres na modalidade de educação a distância (EaD), tanto nos formatos corporativos, ministrados por empresas, quanto não corporativos, oferecidos por instituições de educação. O número de matrículas em cursos de graduação a distância, por sua vez, aproximou-se de 1,5 milhão em 2016, o que corresponde a 18,6% dos oito milhões de universitários no país, de acordo com o Censo de Educação Superior de 2016, produzido pelo Ministério da Educação (MEC).
Os dados mostram que a EaD vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, impulsionada pelo crescimento do acesso à internet e o uso de equipamentos como computadores, tablets e smartphones nos domicílios brasileiros. Os cursos de formação livre mais procurados em EaD são de nível tecnólogo, licenciatura e iniciação.
Em busca de atualização profissional com flexibilidade e menor investimento, educadores de todo país começaram a procurar o modelo de educação a distância como alternativa ao curso presencial. Outra vantagem da EaD é permitir um fácil acesso à formação continuada em todos os níveis profissionais, tornando-se um importante complemento à formação acadêmica formal.
“A educação continuada na modalidade a distância tornou-se a maneira mais tranquila para o profissional se qualificar e criar uma visão mais sistêmica de sua área. Sem contar que é um modelo de educação inclusivo, que permite às pessoas estudarem, independente de onde estejam, com um menor custo”, afirma a pedagoga Rita Tarcia, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e diretora ABED.
Histórico
Mas a realidade da educação a distância no Brasil não foi sempre assim. A pedagoga lembra que até o final dos anos 90 as ações de EaD aconteciam fora do sistema educacional e não havia profissionais ligados diretamente à modalidade.
“Quando o EaD passou a fazer parte da realidade de instituições de educação, elas ainda não sabiam como lidar com o formato. Pagava-se muito para produzir conteúdos, mas ainda faltavam construir situações de aprendizagem. Levou um tempo para chegarmos em ambientes virtuais robustos e o desenvolvimento de profissionais qualificados” afirma.
Rita acredita que a aceitação do EaD foi sendo construída aos poucos, conforme o foi amadurecimento do modelo e os alunos formados foram sendo aceitos no mercado de trabalho.
“Hoje vivemos um contexto histórico no qual a tecnologia está interferindo em vários aspectos da nossa vida. Aprender pela internet está mais fácil, e o mundo conectado facilitou a aproximação das pessoas com esse modelo” complementa.
O futuro da EaD no Brasil
Com a legislação favorecendo a modalidade no país, a educação híbrida cada vez mais presente nas instituições e um número expressivo de alunos, as preocupações que antes se concentravam na resistência a esse formato foram substituídas pela atenção com as inovações tecnológicas, os modelos pedagógicos e a expansão com qualidade.
A diretora da ABED ressalta que mesmo diante dos desafios, já existe um movimento de sinergia e diálogo favorável que só tende a aumentar ao longo dos anos.
“Estamos vivendo um momento de transição na educação, com novos modelos, abordagens, recursos e processos pedagógicos. São inúmeras possibilidades que estão sendo desenhadas hoje e que definirão os modelos da educação de amanhã”, conclui.
Impacto do Escolas Conectadas
Maior colaboração no âmbito pedagógico com outros docentes, incorporação do uso de novas tecnologias à prática, maior abertura para a mudança pedagógica e maior motivação para a formação continuada. Esses foram os resultados apontados na pesquisa Avaliação do Impacto Social do Projeto Escolas Conectadas.
O estudo, lançado em janeiro, analisa a influência da plataforma online desenvolvida pela Fundação Telefônica Vivo sobre as competências dos educadores, que têm acesso a cursos gratuitos com novas metodologias e inovação para aplicarem em suas atividades em sala de aula.
Para saber os principais resultados da avaliação, acesse o acervo da Fundação Telefônica Vivo e confira a publicação completa.