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Antes da pandemia, cursos de Educação a Distância já eram tendência no país. Reconhecido pelo MEC, eles ainda precisam vencer alguns mitos e preconceitos.

#Cursos#Educação#Educadores

A imagem mostra um homem branco de meia idade, óculos de grau, vestido uma camisa xadrez azul e branca. Ele está sentado em frente a um computador, com um headfone, sorrindo enquanto gesticula.

Educação a distância (EaD) é uma modalidade de ensino em que as aulas são ministradas
e assistidas remotamente, podendo ser em tempo real ou não. Não há uma interação presencial entre aluno e professor, mas por conta do Ambiente Virtual de Aprendizagem é possível realizar avaliações, sanar dúvidas, fazer exercícios, dialogar com os colegas, assim como é feito na educação presencial.

O EaD no Brasil vive um momento de grande expansão. Em 2018, segundo relatório do Censo da Educação Superior, as vagas de educação a distância superaram as de cursos presenciais pela primeira vez na história. Com a pandemia, e as medidas de isolamento social, o aumento por especializações online também cresceu: segundo levantamento do Google, de abril de 2020, mostrou que a procura por especializações à distância teve um salto de 130% nas buscas.

Leia mais: Ensino a distância cresce no Brasil e facilita acesso à Educação Superior

Os cursos EaD de graduação e pós-graduação ficaram mais atrativos para aqueles que procuram por qualificação, mas também por flexibilidade. Uma dúvida, no entanto, ainda é recorrente: a formação a distância é bem vista no mercado de trabalho?

Marina Hóss, gerente sênior de RH da Rappi, garante que o diploma EaD e presencial tem o mesmo peso na hora de avaliar um candidato. Ela afirma que na hora da contratação, o que eles mais levam em consideração é a experiência de vida. Mesmo em vagas que a empresa exige formação específica de graduação ou pós-graduação, como engenharia, o curso EaD não é preterido.

“Alguém com boas histórias para contar normalmente consegue demonstrar maior probabilidade de desempenho e sucesso”, afirma. “Quando tiramos o filtro da formação também acabamos abrangendo uma diversidade maior de perfis, o que é muito bom para as organizações”.

Para o Ministério da Educação (MEC) também não há distinção entre os diplomas e certificados dos cursos on-line e presenciais. Isso acontece pois o MEC utiliza os mesmos critérios para avaliar instituições e cursos de nível superior, tanto presenciais como a distância: o Conceito Preliminar do Curso (CPC), Conceito do Curso (CC), e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Os três critérios utilizados para analisar o Ensino Superior são notas graduadas em cinco níveis (1 a 5), cujos valores iguais ou superiores a três indicam qualidade satisfatória.

Conceito Preliminar de Curso (CPC): é um indicador prévio da situação dos cursos de graduação no país.

O Conceito de Curso (CC): é a nota final de qualidade dada pelo MEC aos cursos das instituições de Ensino Superior. Esse conceito final é feito a partir de uma avaliação presencial dos cursos pelos técnicos do MEC e pode confirmar ou modificar o CPC.

Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade): é uma prova escrita, aplicada anualmente e avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos.

“O Enade é a melhor forma de saber se aquele curso é bom. Pelo site do e-mec é possível ter acesso às notas. No caso da pós-graduação, o estudante deve olhar a nota do Enade da Graduação para ter uma base”, indica Jair dos Santos, consultor e especialista em EaD, e conselheiro da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED).

A carga horária das duas modalidades também é a mesma, isso porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) exige que ambos os cursos tenham a mesma duração.

Jair destaca que nos cursos EaD os conteúdos planejados são necessariamente entregues aos alunos, e isso é uma vantagem. “O professor presencial pode dar a melhor a aula de todas, mas muitas vezes não segue o plano de aula. Esse hiato entre o que foi planejado e o que será ofertado não é tão grande na modalidade EaD, e por isso o controle sobre o conteúdo é muito maior”, defende o consultor.

Ele afirma que o diploma de educação a distância pode sofrer preconceito de alguns empregadores. Estes estigmas se originam de uma percepção equivocada de que se o aluno estudar pelo computador, ele não estaria vivenciando aquela aprendizagem por completo. “Os dados comparativos demonstram que a aprendizagem de alunos a distância e do aluno presencial é a mesma”, afirma. –

“A aprendizagem em nível profissionalizante, a nível superior, não prescinde da vivência social emocional, como é a alfabetização de crianças. Não dá para substituir a vivência presencial de uma criança, pois aquele contexto faz parte do seu desenvolvimento humano. Mas quando você chega no nível de formação profissional você não precisa necessariamente ter essas competências de socialização, pois os adultos se socializam também através do digital”.

Habilidades desenvolvidas no EaD

Os alunos do Ensino a Distância desenvolvem habilidades do século XXI de maneira mais profunda, o que possibilita a ele uma melhor inserção no mercado, segundo Jair. “O aluno que conclui o seu curso a distância aprende e desenvolve as competências de organização do tempo, e planejamento, pois é algo inerente do seu processo de aprendizagem”.

Na modalidade a distância o aluno concebe projetos, planeja, executa, e apresenta o relatório para o tutor. “Isso é um job. É algo que ele vai saber fazer no mercado de trabalho depois”, diz o especialista.

Cursos EaD crescem no Brasil e são valorizados no mercado de trabalho. Conheça as vantagens!
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