Além da premiação, os educadores inscritos no Desafio ganham a oportunidade de passar por uma formação gratuita com objetivo de construir um plano de ação inovador
Estão abertas as inscrições para o Desafio Inova Escola, lançado pela Fundação Telefônica Vivo no início de junho. Com o intuito de estimular processos inovadores no ambiente escolar, a premiação convida educadores de todo o país, seja da rede pública ou privada, para construir um plano de ação para a transformação de suas escolas. O grande diferencial da iniciativa, no entanto, está no desenvolvimento profissional oferecido a todas as equipes.
O Desafio Inova Escola está com inscrições abertas até o dia 19 de agosto.
Em outubro, serão selecionados os 25 melhores projetos – cinco de cada região do Brasil, que além de convidados a integrar o Movimento de Inovação na Educação, passarão à fase de Votação Popular, na qual um projeto de cada região será reconhecido pelo potencial de mobilização. Em novembro, serão escolhidos os 5 melhores projetos, que receberão assessoria técnica especializada, intercâmbio com outras instituições inovadoras e R$ 10 mil para colocar em prática seus Planos de Inovação ao longo de 2020.
Os grupos de educadores inscritos passarão por uma Trilha Formativa. Dividida em cinco módulos, a formação funciona como um curso gratuito, que oferecerá caminhos e ferramentas possíveis para a construção de um Plano de Inovação, utilizando conceitos metodológicos do Design Thinking.
“Queremos formar uma rede de educadores que possa trocar experiências a partir do conhecimento que está no dia a dia da sala de aula”, acrescenta o diretor-presidente da Fundação, Americo Mattar. “A Trilha se propõe a criar esse ambiente de ação-reflexão-ação, no qual o educador receba um conteúdo e, ao mesmo tempo, parta para implantação de um projeto focado no desenvolvimento dos seus alunos”.
As etapas da Trilha Formativa
O principal objetivo do Desafio Inova Escola é proporcionar uma experiência transformadora aos participantes ao longo das cinco etapas da Trilha Formativa. Os processos criativos se assemelham às fases do Design Thinking e trabalham maneiras para concretizar e implementar as soluções. No módulo introdutório, cada integrante vai refletir sobre suas habilidades e em como pode contribuir para a construção do Plano de Inovação.
“A gente apresenta os instrumentos para apoiar como a equipe deve se organizar, como deve separar os papéis relacionados às competências e talentos de cada um. Alguém que é muito forte na escrita pode ser responsável pela redação do prêmio”, exemplifica Americo Mattar.
As próximas etapas giram em torno de identificar um problema da escola, realizar pesquisas e ouvir a comunidade a respeito deste desafio, criar ideias viáveis para solucioná-lo, realizar protótipos e registrar o planejamento da solução desenhada.
“É uma experiência formativa, colaborativa e criativa. Cada atividade foi desenhada para que o educador reflita, se desafie, experimente e colabore”, acrescenta Mila Gonçalves, gerente de programas sociais da Fundação.
Márcia Padilha, consultora para a metodologia das Trilhas Formativas e diretora da parceira Criamundi, resume a experiência: “as escolas vão vivenciar profundamente um modelo mental que une o pensamento crítico e analítico ao pensamento intuitivo e criativo”.
Caminho para o desenvolvimento e equidade
As diversas atividades da Trilha Formativa são realizadas de forma online e presencial, mas de simples execução. A intenção é facilitar a participação de todas as escolas, independente da realidade em que estejam inseridas.
“Considero o fato de estar sendo oferecida gratuitamente uma maneira de democratizar a inovação e, mais que isso, a cultura de inovação para a escola básica em todo o Brasil”, afirma Márcia Padilha.
Americo Mattar ainda destaca o caráter inclusivo e a promoção de oportunidades para todos os participantes do Desafio. “A própria arquitetura do projeto, que abrange inscrições nacionais e contempla escolas públicas e privadas, já é um passo importante para discussão sobre equidade. A nossa escola evoluiu no sentido da inclusão de alunos, da década de 1970 até agora, no entanto, a qualidade não evoluiu da mesma forma”.
Todo o planejamento das Trilhas Formativas, bem como do Desafio Inova Escola, foi idealizado dentro do Programa ProFuturo, uma iniciativa da Fundação Telefônica com a Fundação “La Caixa”, e conta com a parceria da Representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação); Consed (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação) e Movimento de Inovação na Educação. A coordenação técnica é realizada pelo Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).