No Dia dos Professores, conheça alguns educadores que fizeram a diferença com práticas inspiradoras
Como posso fazer a diferença?
O Escola Digital é uma plataforma gratuita da Fundação Telefônica Vivo pensada para que professores aprimorem as suas formações e desenvolvam novas práticas educacionais. O acervo online reúne os melhores conteúdos da internet e fomenta a criação e o compartilhamento de conhecimento entre docentes, estudantes e gestores escolares. As atividades disponíveis envolvem mais de 20 mil ‘Objetos Digitais de Aprendizagem’ como games, vídeos, infográficos, animações e simuladores, que podem ser utilizados por quem deseja aprender e ensinar utilizando a tecnologia.
“Escola se faz com pessoas que sentem, que erram, que tentam, que buscam. Essa é a escola ideal. Estar aberto a essas novas experiências é a inovação”. A reflexão da professora Camila Stefanelli da EMEI Maria Lucia Petit (SP) não fica apenas no campo da teoria. A professora foi a pessoa que mais participou das formações disponíveis no Escolas Conectadas, plataforma da Fundação Telefônica Vivo que incentiva a formação a distância para educadores.
Camila é apenas uma dentre os aproximadamente 2,2 milhões de professores existentes no Brasil, a profissão mais numerosa no país. O levantamento faz parte da pesquisa “Profissão Docente”, uma iniciativa do movimento Todos Pela Educação e do Itaú Social, com realização do Ibope Inteligência.
Segundo a pesquisa, realizada em 2018 com 2.160 professores da Educação Básica em diferentes Estados do país, 71% dos professores estão insatisfeitos com a formação inicial. Os dados, que servem como um alerta para a necessidade de maior valorização e incentivo à profissão, também refletem a grande procura dos educadores pela formação continuada e novas formas de ampliarem seu conhecimento.
Exemplos que inspiram
De olho nessa demanda, a Fundação Telefônica Vivo conta com uma série de projetos que auxiliam educadores a trabalhar com inovação educativa dentro ou fora da sala de aula. Seja por meio de uma ideia, uma aula inspiradora ou uma prática que fuja do senso comum, conheça alguns professores que descobriram novos caminhos por meio da educação.
Horta comunitária
Murilo Carvalho Rodrigues é formado em Arquitetura e Urbanismo e em Educação Artística. Desde 2016, o paraense é professor de Artes na Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, uma instituição de ensino da rede municipal de Belém (PA) que é referência em Educação Ambiental e atende a população ribeirinha no distrito de Outeiro, a 35 km do centro da capital.
Em 2017, Murilo ganhou um tablet por meio de um sorteio por participar de uma avaliação do projeto Escolas Conectadas, da Fundação Telefônica Vivo. Com a ferramenta, ele estruturou o projeto da Horta Escolar Comunitária. Questionado sobre como um professor de Artes poderia abordar a horta em sala de aula, afirmou: “O curso trouxe essa reflexão, sobre a importância da brincadeira e do uso de novos materiais didáticos”.
Tradição indígena
A professora Luciana Pascoal Araújo, da Escola Indígena Puranga Pisasú, localizada em Manaus (AM), viu a oportunidade de transformar um espaço de sua região em objeto de estudo. A partir da Casa de Farinha, local frequentado pelo povo indígena de Baré de Nova Esperança, surgiu a ideia de utilizar as formas geométricas da casa, do forno, das peneiras e da prensa em suas aulas, assim como relacionar os conteúdos de medidas (litros) para os conteúdos em sala de aula.
A inspiração da professora veio após a leitura da publicação Espaços Diferenciados, em uma formação da iniciativa Aula Digital, da Fundação Telefônica Vivo. “As oficinas abriram meu espírito de professora inovadora em espaços diferenciados, me tornando melhor e mais dinâmica em diversas disciplinas”, contou Luciana.
Conhecimento compartilhado
Na zona rural de Goiânia (GO), Clessio Bastos é professor na Escola Municipal José Carlos Pimenta. Ele leciona Língua Portuguesa e Inglês para crianças e jovens de diferentes idades. Em 2014, quando começou a trabalhar na escola, percebeu que o maior problema era a falta de motivação dos alunos. A partir de um projeto de leitura que envolveu diversas disciplinas, o educador ajudou os estudantes a encontrar a motivação que faltava.
Em 2017, ele se tornou formador do Inova Escola, programa da Fundação Telefônica que incentiva o uso de tecnologias digitais e metodologias inovadoras em escolas de diversas regiões do país. O programa ainda oferece um curso a distância para professores, estrutura o Movimento de Inovação na Educação e dá apoio direto a oito unidades escolares. Hoje, o professor divide sua experiência em sala de aula com seus colegas durante os encontros de formação.“Normalmente você chega para dar uma formação e os professores estão desanimados. Quando conto do meu trabalho, eles se desarmam e criam uma conexão”, acredita.
Quebrando barreiras
Aos 53 anos, a falta de familiaridade com a tecnologia não foi um empecilho para que a professora Onélia Barbosa, de Fortaleza (CE), pudesse começar a estudar a distância. Quando conheceu a plataforma Escolas Conectadas, Onélia começou a fazer um curso atrás do outro. E ainda dividiu a novidade com os colegas: “Eu sou daquelas que quando tenho uma coisa saio compartilhando, divulgando. Temos que ser companheiros”, afirma.
Segundo a professora, o conteúdo da plataforma contribui para mudar sua maneira de pensar e obter uma prática mais atrativa. A educadora aproveitou a oportunidade para ampliar seu conhecimento e pensar em novas formas de ensinar seus alunos. Hoje, aposentada, ainda não largou a profissão e diz que está ansiosa para a retomada dos cursos da plataforma Escolas Conectadas em 2018. Seu objetivo? Continuar estudando e quebrando barreiras para seguir na sala de aula.