Recife recebeu entre os dias 14 e 17 de agosto o 7º Fórum Nacional Extraordinário da Undime, que reuniu dirigentes da educação de todo o país
Com o tema O Direito à Educação e à Garantia ao Acesso, à Permanência e à Aprendizagem, o 7º Fórum Nacional Extraordinário da Undime, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, mobilizou cerca de 1.500 dirigentes, técnicos de secretarias e educadores para discutir assuntos estratégicos da educação: de financiamento à adoção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), até formação de professores, processos de aprendizagem e ensino.
O que é a Undime?
Mais do que reunir os dirigente dos 5.570 municípios brasileiros, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação é uma associação sem fins lucrativos cujo papel é repassar informações e formações a todas as secretarias municipais de educação e equipes técnicas do país. A missão é articular, mobilizar e integrar os dirigentes para construir uma educação pública e de qualidade.
Além de salas de atendimento de órgãos como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Ministério do Desenvolvimento Social, entre outros, os participantes tiveram acesso aos diversos estandes e oficinas promovidos pelos parceiros institucionais, como a Fundação Telefônica Vivo, que apoiou o evento pelo 3º ano consecutivo.
Representando a Fundação, o gerente de programas sociais Rubem Saldanha destacou o papel da instituição e a importância do fórum da Undime. “Nossa missão é ajudar a melhorar a educação brasileira, e aqui estão reunidos 1.500 dirigentes educacionais de todo país com o mesmo objetivo”, afirmou.
Discussões sobre a educação
A mesa Ações Intersetoriais na Promoção do Direito de Aprender reuniu representantes de todos os parceiros institucionais do fórum da Undime e reforçou o papel do evento de colaborar para elaboração e desenvolvimento de políticas educacionais em todo o país.
Rubem Saldanha citou a formação de professores realizada por programas e projetos da Fundação Telefônica Vivo, como o Inova Escola, o Escola Digital e o Escolas Conectadas.
“Nossa meta este ano é formar 53 mil professores, seja de forma presencial, ou por meio da educação à distância. Com isso, vamos também beneficiar os estudantes”, disse. “É importante ter inovação na educação para atrair cada vez mais os jovens. A gente acredita que essa educação precisa ser disruptiva e estar em conjunto com os avanços tecnológicos”, completou.
Ele ressaltou também a importância da articulação com dirigentes da educação, já que os programas são sempre oferecidos em parceria com municípios e trabalham em conformidade com 8 das 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacionais de Educação (PNE) até 2024.
.Maria do Pilar Lacerda, atual diretora da Fundação SM, compôs a mesma mesa. A ex-presidente da Undime (de 2005 a 2007) e ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação abordou a importância do terceiro setor em estabelecer uma ponte com o poder público, já que sem os secretários, os programas não chegam à ponta. Para ela, o país tem uma dívida histórica com a educação e obriga os gestores a superar desafios enormes.
“Temos 30 milhões de adultos com baixíssima escolaridade, 10 milhões de adultos que nunca foram para escola. Eles são os pais, mães e avós dos alunos”, enfatizou a gestora, recebendo aplausos da plateia.
Já Marlova Jovchelovitch Noleto, representante da UNESCO no Brasil, disse que a instituição trabalha pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e é importante fazer a relação deles com a formação de professores. “Esses objetivos entram de uma forma transversal na BNCC, ou seja, se os currículos abordam os objetivos sustentáveis da ONU, eles também estão contemplando todos os direitos”, explicou.
Futurologia e educação
Seguindo a missão de ajudar a promover a formação de educadores e melhorar a educação do Brasil, a Fundação Telefônica Vivo promoveu duas oficinas no estande da Conviva Educação, conduzidas pelo gerente de programas sociais Rubem Saldanha.
A intenção foi chamar os dirigentes municipais presentes no fórum da Undime para conversar sobre a construção de uma educação apoiada em previsões do futuro. Foi discutido como lidar com as mudanças constantes no mundo e ao mesmo tempo manter o interesse de jovens pela sala de aula, pois o acesso à informação vem de fontes cada vez mais diversas.
“Precisamos fazer com que os alunos tenham um projeto de vida. A sala de aula não é mais o único espaço de conhecimento, tornou-se um complemento”, afirmou Rubem. E para esse exercício de previsões, foi recomendado o estudo Visões de Futuro + 15, desenvolvido pela Fundação desde 2014 para identificar tendências mundiais.
“É preciso pensar não só como a gente coloca novas tecnologias em sala, mas também como adotamos as práticas inovadoras. É importante implementar e depois disponibilizar para a rede por meio de formações”, encerrou Rubem.