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Economia criativa é o setor que mais cresce no mundo e é apontada como uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento humano e sustentável

imagem mostra sete jovens empreendedores reunidos. São quatro mulheres e três homens. eles estão em volta de uma mesa. Uma das jovens está anotando algo em um caderno e mostrando para os demais jovens.

 

Você sabia que os filmes, as músicas, as roupas, os comerciais e os softwares que consumimos movimentam um dos setores que mais cresce: a Economia Criativa? 

O conceito surge em meados da década de 1990, quando a economia passa a sentir o impacto da globalização e da transformação digital. A circulação de informações em escala planetária fez com que modelos de negócios fossem facilmente transferidos e replicados em um curto período de tempo.

“O maior diferencial da economia passou a ser a criatividade humana. As ideias podem ser copiadas, mas a fonte dessa criação é imaterial. Portanto, muito mais difícil de ser replicada em larga escala”, explica Ana Carla Fonseca, sócia da consultoria criativa Garimpo de Soluções.

Foi o autor britânico John Howkins que atribuiu um termo que definisse esse pressuposto em seu livro “Economia Criativa – Como Ganhar Dinheiro com Ideias Criativas”, publicado em 2001. Em resumo, significa colocar propriedades intelectuais no centro do processo de desenvolvimento de um produto ou serviço.

Desde então, segundo relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU), a Economia Criativa é responsável por 3% do PIB mundialAlém disso, representa a indústria que mais atrai e emprega jovens. Também é considerada pelo órgão internacional como uma chave para o desenvolvimento humano e sustentável.

Mas o que economia criativa tem a ver com empreendedorismo social?

Colaboração, responsabilidade social, valorização da diversidade e do meio ambiente. Esses são alguns dos princípios que geralmente caracterizam negócios de impacto. O mesmo vale para os setores criativos, que se fortalecem a partir de redes colaborativas e investem em soluções para melhorar o entorno.

“O empreendedorismo funciona como uma válvula motora da economia criativa, especialmente em países em desenvolvimento”, responde Ana Carla Fonseca. A especialista não é a única a reforçar essa relação. Segundo o Guia do Empreendedor Criativo, publicado pelo SEBRAE, o empreendedorismo social é considerado essencial para movimentar a economia criativa.

Economia criativa x Economia tradicional

Se a Economia Criativa se difere das demais atividades de produção e distribuição ao colocar a criatividade como principal ativo, qual é o impacto dela na economia dita “tradicional”? Na opinião de Ana Carla Fonseca, especialista em economia criativa e cidades, ambas são complementares.

“Quanto maior é a criatividade empregada na economia tradicional, mais dinâmica e sustentável ela será. Uma indústria têxtil, por exemplo, pode ser impulsionada pelas propostas inovadoras da moda”, acrescenta Ana Carla.

Mesmo com a pandemia, 2021 é o Ano da Economia Criativa

O setor criativo foi um dos mais afetados pelas múltiplas crises decorrentes da Covid-19. Estima-se que as perdas de receita nas indústrias culturais e criativas ao redor do mundo tenham variado de 20% a 40% durante a pandemia. Principalmente por conta das imposições de distanciamento social e da falta de investimento em cultura.

Para transformar esse cenário, a ONU e suas agências vinculadas decidiram colocar a Economia Criativa em foco. Na 74º Assembleia Geral das Nações Unidas, 2021 foi declarado o Ano Internacional da Economia Criativa. O objetivo é estimular políticas públicas e a inovação através de oportunidades para negócios e empreendedores que apresentem soluções sustentáveis para os setores criativos pós-pandemia.

A economia criativa abre espaço para mudanças estruturais nos processos de produção, como inclusão e sustentabilidade. Esse rompimento com a lógica tradicional é chamado de valor compartilhado. Outra forma de garantir essa transformação é a partir das narrativas que se preocupam com a transparência por trás da cadeia produtiva.

“Quando temos essa percepção somada ao valor compartilhado, criamos possibilidades para que a economia criativa não apenas alavanque o crescimento de um país, mas também trabalhe pelo desenvolvimento social de seus territórios”, conclui a especialista.

Anote as dicas e empreenda com criatividade!

Para ajudar empreendedores que pretendem entrar na indústria criativa ou já estão nela, Ana Carla separou duas dicas para repensar ações e modelos de negócios no contexto atual:

  • Parcerias menos prováveis: Você sabia que o investimento cultural está diretamente ligado à saúde mental, podendo aliviar quadros como ansiedade e depressão? Dialogar com setores que atuam em áreas diferentes pode ser uma oportunidade de estabelecer soluções conectadas com as necessidades do público que você quer atingir.
  • Diversificar as fontes de recurso: Para além dos editais e campanhas de crowdfunding, é importante mapear caminhos menos trilhados para captar recursos. Uma possibilidade é participar de programas de fidelidade e redes com outros empreendedores. Isso pode abrir portas em tempos de escassez de recursos públicos e privados.

Economia Criativa e Empreendedorismo: deu match!
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