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Entenda como as startups de educação atuam, seus principais desafios e perspectivas para os próximos anos.

#Educação#TecnologiasDigitais

Imagem mostra uma duas mulheres e uma menina dentro de casa, estudando com livros e um notebook em cima da mesa.

Startups são empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, de base tecnológica, com potencial rápido de crescimento. Em levantamento feito pela Associação Brasileira de Startups, em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira, o segmento que lidera em quantidade de startups é o da educação, com as edtechs, abreviação de “education technology”, ou tecnologia educacional. Em 2019, elas representavam 7,8% do total de startups.

A StartupBase, uma base de dados onde é possível encontrar todas as empresas de tecnologia do país, mapeou, até dezembro de 2020, 799 edtechs. O mapeamento mostrou a presença dessas empresas em todos os estados brasileiros, exceto no Tocantins. São Paulo é o estado que concentra mais startups de educação no país.

As edtechs desenvolvem soluções tecnológicas para os sistemas de ensino, como cursos on-line, jogos educativos, sistemas de gestão de aprendizado, entre outros. A Liga Ventures, empresa que conecta grandes corporações com startups para impulsionar a inovação, dividiu as EdTechs em 18 categorias. Veja algumas delas abaixo:

Em 2019, João Barros, editor de estudos de mercado da Liga Ventures, realizou um estudo sobre as edtechs para compreender como o setor de educação está inovando e de que forma as startups que apresentam soluções para esse mercado estão sendo desenvolvidas no Brasil. Ao se debruçar sobre o tema, ele identificou alguns desafios para implementar a inovação no ensino.

Com a pandemia do coronavírus a inclusão digital virou tema prioritário e a comunidade escolar, assim como os órgãos governamentais, não puderam mais ignorar o tema.

Pedro Filizzola, diretor de marketing da Samba Tech, startup mineira que oferece plataforma para transmissão e distribuição de vídeos pela internet, conta que em 2020 houve maior procura pelas soluções da empresa. “Muitas instituições de ensino ou produtores de conteúdo viram nas soluções da Samba uma alternativa para continuar ensinando, e os alunos aprendendo. Tivemos inclusive que preparar uma estrutura para atender esta demanda e garantir que os nossos serviços pudessem chegar aos clientes”, explica Pedro.

Pedro afirma que, mesmo antes da epidemia, esta era uma demanda do mercado e dos alunos. “Há 10 anos a educação não chegava no interior. Se você quisesse competir com alunos da capital, você tinha que ir para a capital. Os alunos do Rio de Janeiro e São Paulo acabavam largando na frente porque as universidades e os melhores professores estavam nesses polos. Hoje é diferente, ensino de qualidade chega em qualquer lugar”, exemplifica Pedro.

Apesar do entusiasmo em relação ao crescimento do EAD, o diretor de marketing é um defensor do Ensino Híbrido. “A gente não acredita que o ensino será 100% a distância. O sentimento de pertencimento é fundamental. Nós apostamos no ensino híbrido. Isso garante que o aluno esteja mais predisposto a dar continuidade aquele curso. Se for 100% on-line a chance de evadir será maior”, acredita.

Para Andrea Santos, gerente de Projetos da escola de inovação, CESAR School, a comunidade escolar foi forçada de maneira nada espontânea ou fluida a uma transformação digital desordenada. “Acredito que as edtechs devem se preparar para diminuir os hiatos de ensino e aprendizagem que o ano de 2020 deixará”, afirma.

Andrea acredita que 2021 será um espaço de experimentação para pilotar novas soluções, reinventar e refinar as que já estão postas, como ensino adaptativo e personalizado – mais alinhado aos estudantes das novas gerações -, novos critérios avaliativos de aprendizagem, acompanhamento do ensino, simulação de atividades práticas e laboratórios virtuais.

 

EdTechs brasileiras 

Conheça abaixo algumas EdTechs brasileiras que estão fazendo a diferença.

A Sincroniza Educação tem o propósito de promover melhoria significativa na aprendizagem dos alunos por meio de formação continuada de professores e da gestão de projetos relacionados a metodologias ativas, uso de tecnologias educacionais e adoção da BNCC. A empresa funciona como um braço operacional de secretarias de educação e organizações que precisam de apoio técnico ou pedagógico para implementar produtos e programas educacionais em escala.

A Árvore apoia escolas públicas e privadas a desenvolverem habilidades e repertório de leitura dos estudantes. O incentivo à leitura é feito por meio de um acervo diversificado e de um ambiente atrativo para os jovens. Os produtos dialogam com a proximidade cada vez maior dos alunos a dispositivos móveis, como celulares e tablets. Os professores, por sua vez, aprimoram as formas de ensino ao sugerir títulos, propor atividades e avaliar desempenho com base no acompanhamento dos hábitos de leitura dos alunos.

Com uma plataforma on-line adaptada e cursos produzidos didaticamente em libras e com legendas, a Signa capacita e prepara surdos para o mercado de trabalho.Os cursos são produzidos pela própria comunidade surda, com pessoas com fluência em Libras, que possuem um conhecimento e que tem o desejo de compartilhar com outros surdos. É a comunidade ensinando a própria comunidade.

A missão da PrograMaria é empoderar meninas e mulheres por meio da tecnologia e programação. As atividades da empresa são baseadas em três pilares de atuação: inspirar, debater e aprender. Mostram exemplos reais de mulheres e projetos, debatem sobre a falta de representatividade feminina na área e, por fim, promovem o aprendizado de programação em um ambiente seguro e amigável, composto apenas por mulheres.

A Happy Code é uma escola de programação, desenvolvimento de games, aplicativos para crianças de 6 a 17 anos. A metodologia de ensino é baseada no desenvolvimento de habilidades do século 21, trabalhando disciplinas fundamentais na formação de pessoas mais capacitadas para lidar com os novos desafios da era digital. Os cursos de programação, maker e robótica introduzem os alunos a um ambiente inovador. Por meio do aprendizado baseado em projetos, seu conteúdo estimula competências como raciocínio, criatividade, pensamento crítico, resolução de problemas, comunicação e colaboração.

EdTechs: o impacto da inovação no setor educativo
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