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O evento on-line “Educação e Empregabilidade: debates sobre Tecnologias Digitais”, realizado pela Fundação Telefônica Vivo, reuniu especialistas e representantes de secretarias de educação, que refletiram sobre a importância da capacitação de jovens na área de tecnologia para mais oportunidades no mundo do trabalho

#CiênciadeDados#Educação#Educadores

Imagem mostra seis jovens de etnias diversas. Eles estão em uma sala de aula, usando computadores. Há livros em cima da mesa.

As demandas do mercado de trabalho exigem cada vez mais qualificação de seus profissionais e a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é primordial nesse processo. Afinal, em um mundo cada vez mais conectado e operando com base em dados, conhecê-los é fundamental para compreender e resolver os problemas da atualidade, bem como se destacar profissionalmente.

Esse tema foi dialogado no evento on-line Educação e Empregabilidade: debates sobre tecnologias digitais, realizado pela Fundação Telefônica Vivo em parceria com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

“A área de Ciência de Dados vai ter nos próximos anos mais de 500 mil* vagas disponíveis. De tal forma que uma parte das vagas de entrada poderão ser supridas com o talento de jovens formados no nível técnico”, declarou Lia Glaz, diretora-presidente da Fundação Telefônica Vivo, na abertura do evento.

Em sua fala, Lia destacou que no Brasil ainda há poucos jovens que ingressam em cursos técnicos profissionalizantes, quando comparado a outros países. De acordo com a publicação Education at a Glance 2023, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 11% dos alunos do Ensino Médio estão matriculados em programas profissionais no Brasil. A média nos países da OCDE é de 37%. Além disso, comentou que as carreiras de tecnologia disponíveis na Educação Profissional e Tecnológica são uma oportunidade, inclusive, para o desenvolvimento do país.

*Referência: Monitor Empregos e Salários 2022 – Brasscom

Curso técnico em Ciência de Dados: uma porta de entrada para o mundo do trabalho 

Uma das oportunidades oferecidas pela formação técnica em Ciência de Dados aos estudantes é o desenvolvimento das principais habilidades técnicas necessárias para a vida em sociedade e para o ingresso no mundo do trabalho. “Nesse sentido, eles podem inclusive trabalhar para empresas do exterior, de maneira remota”, apontou Fernando Alflen, gerente de Ensino Médio e Profissional da Secretaria da Educação do Estado de Santa Catarina.

Fernando participou do painel “Boas práticas e desafios na implementação do curso técnico em Ciência de Dados”, ao lado de Davi de Oliveira Santos, coordenador de Ensino Médio e Educação Profissional do Estado de Mato Grosso do Sul. A mediação foi de Lia Roitburd, gerente sênior de Projetos Educacionais da Fundação Telefônica Vivo.

“De fato, é essencial que exista sintonia entre a formação de jovens e o desenvolvimento social e econômico das regiões. Assim, é preciso que as escolas acompanhem as mudanças globais e ampliem a oferta de educação técnica e profissional. Pois essa é uma demanda solicitada pelos jovens, principalmente os que estão no Ensino Médio”, detalha Lia.

Em Santa Catarina, a formação técnica em Ciência de Dados beneficia 475 jovens e 52 professores. Fernando Alflen relata que ao concluírem a formação, os jovens catarinenses vão para o mercado de trabalho com um diferencial.

“Sabemos que o mercado de trabalho normalmente exige experiência, e o curso de Ciência de Dados nos auxilia nesse processo. Os estudantes que estão conquistando o diploma podem entrar nas empresas e continuar seus estudos, se aprofundando em uma área do conhecimento. Há vários municípios catarinenses que oferecem uma grande empregabilidade. Ou seja, as oportunidades para os nossos estudantes são reais e nos deixam muito felizes”, declara.

Ainda que as vantagens da formação sejam evidentes aos estudantes, Fernando citou a oferta de professores para lecionar na formação como um dos principais desafios da implementação do curso. “Nesse sentido, é fundamental dar continuidade à parceria com a Fundação para a ampliação do programa”, acrescenta.

No estado de Mato Grosso do Sul, a oferta do itinerário de Ciência de Dados tem atraído o interesse dos estudantes por sua inovação. No entanto, o território também enfrenta um dos grandes desafios da EPT, que é a contratação e alocação de professores.

“Tem sido essencial levar para as escolas uma formação tão inovadora, atual e inédita quanto à de Ciência de Dados”, destaca Davi de Oliveira Santos. “Mas, para além da oferta da formação aos estudantes, é preciso atentar-se ao desenvolvimento docente nesse tema”, sinalizou.

Educação e empregabilidade: inclusão produtiva das juventudes 

Da esquerda para a direita: Alexandra dos Santos, gerente do Programa Pense Grande Tech, Lia Roitburd, gerente sênior de Projetos Educacionais da Fundação Telefônica Vivo, e a tradutora de Libras

O interesse de estudantes por conhecimentos e cursos que os preparem para o mundo do trabalho, ainda no Ensino Médio, é uma realidade. A informação é da Pesquisa de Opinião com Estudantes do Ensino Médio. Em contrapartida, o setor produtivo precisa estar pronto para receber os futuros profissionais que nos próximos anos estarão no mercado de trabalho.

Mediado por Alexandra Santos, gerente do Programa Pense Grande Tech, o painel “Setor produtivo em consonância à educação profissional em dados” contou com a participação de Mariana Oliveira Rolim, diretora-executiva da Brasscom, Betina Zanetti Ramos, VP de Integração da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e Diretora do GT Mulheres ACATE e Ana Cecília do Valle Simões, diretora de Talentos na Vivo.

“Certamente, é importante que as empresas realizem ações de apoio para inclusão produtiva das juventudes. Por exemplo, na Vivo temos programas focados em jovens aprendizes, estagiários e trainees que oferecem uma gama de treinamentos com vivências e treinamentos técnicos. Nos preocupamos em proporcionar o desenvolvimento técnico e o avanço dos nossos profissionais. Pois, a cada momento, há uma nova tecnologia no mercado e precisamos nos atualizar”, afirmou Ana Cecília do Valle Simões.

Mariana Oliveira apresentou dados do estudo Monitor de Empregos e Salários, com recorte de gênero e racial nos territórios com oferta do curso técnico de Ciência de Dados. A diretora elucidou que 63% dos profissionais que atuam nessa área da Tecnologia possuem Ensino Superior. Entretanto, 35% do total vem do Ensino Médio, fortalecendo a importância da oferta da formação em Cientista de Dados nessa etapa de ensino.

Outro ponto levantado durante o debate foi a presença feminina na área de Ciência de Dados, que ainda é baixa: apenas 21,3% são mulheres. No entanto, desde 2022, essa participação aumentou 3,3%, 2% a mais do que o crescimento do gênero masculino. Os dados também são do estudo Monitor de Empregos e Salários.

Para falar sobre iniciativas que fortalecem a presença de mulheres na tecnologia, Betina Zanetti Ramos apresentou um panorama sobre o programa Mulheres ACATE. Seu objetivo é aumentar o número de mulheres e de mulheres líderes na tecnologia. Atualmente, o grupo conta com mais de 100 mulheres que representam empresas de tecnologia de Santa Catarina. Periodicamente, participam de talks, rodadas de negócios e outras atividades. “De fato, acreditamos que a atuação em rede é a chave para o desenvolvimento mútuo e o fortalecimento da participação de mulheres no setor de tecnologia”, finaliza.

O evento está disponível na íntegra no canal do YouTube da Fundação.

Saiba como a Educação Profissional contribui para que jovens conquistem o primeiro emprego
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