O programa Pense Grande, focado no público jovem, agora ganha uma trilha formativa para os educadores trabalharem a metodologia em sala aula.
Com o intuito de ampliar o potencial transformador dos jovens estudantes e engajá-los na cultura do empreendedorismo social, o Pense Grande iniciou uma nova frente de atuação: a formação de educadores para que ser tornem multiplicadores da metodologia do programa.
O Pense Grande passa a trabalhar com a multiplicação da sua metodologia de empreendedorismo social dentro do espaço escolar para garantir um alcance cada vez maior do público, que continua focado no diálogo com o jovem.
Formar educadores, sem perder de vista a qualidade da metodologia consolidada ao longo de seis anos, foi um dos caminhos escolhidos para a multiplicação do conhecimento e dos recursos proporcionados pelo programa, aproveitando a atuação que a Fundação Telefônica Vivo já tem nas Etecs e Fatecs de São Paulo e a oportunidade de tratar do tema do empreendedorismo no Ensino Médio a partir da nova reforma.
Para isso, a Fundação envolveu professores que já tiveram contanto com a metodologia em 2018 e convidou os responsáveis por aplicar as disciplinas de TCC e projetos interdisciplinares do Centro Paula Souza a participarem das oficinas de multiplicadores.
Imersão nas metodologias e aprendizado
No início deste ano, os educadores participantes da formação se reuniram na ETEC Parque da Juventude, Zona Norte de São Paulo, para conhecer ferramentas como o Ikigai, Mapa de Empatia, Projeto de Vida e Golden Circle. Cada educador recebeu uma material explicativo sobre as metodologias e dicas de como adaptá-las.
“Até então, não tínhamos participação direta na formação dos jovens dentro do Pense Grande”, conta Henrique Esvael Castilho, coordenador dos cursos de Contabilidade e Administração na Etec Abdias do Nascimento. “Eu acredito que essa troca seja extremamente importante. Nós somos constantemente confrontados a tornar as aulas mais dinâmicas e as ferramentas apresentadas proporcionam essa oportunidade em um vínculo com os alunos”, acredita.
Além de conhecerem as atividades, os professores se dividiram em grupos e participaram de debates sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e discutiram maneiras de aplicar essas práticas pedagógicas em sala de aula.
Colocando a mão na massa
O início do processo em sala de aula contou com a orientação online e presencial de mentores responsáveis pelo programa. Para a administradora de empresas e educadora, Andrea Cristina dos Santos, ter esse acompanhamento é parte significativa da adaptação no dia a dia.
“Tenho o hábito de incorporar imediatamente na rotina aquilo que aprendo na formação, mas cada turma tem o seu perfil, suas características e o seu próprio tempo para assimilar o conteúdo. Vai ser um desafio, mas muito positivo!”, diz a educadora, que tem dez anos de experiência como professora de Planejamento de Conclusão de Curso no Centro Paula Souza.
O professor Jefferson Jeanmonod de Azevedo da Etec Sapopemba também tinha conhecimento prévio de algumas práticas pedagógicas, mas descobriu em outros métodos, como o Ikigai, formas de aproveitar os conhecimentos para a realidade de seus estudantes.
“A minha unidade fica em uma região de grande vulnerabilidade social. Acredito que a aplicação da metodologia fará com que meus alunos tenham contato com um universo e construção de futuro que jamais tiveram”, comenta.
Formação em espaços não escolares
Além de expandir as metodologias para os professores do Centro Paula Souza, o Pense Grande também disponibilizou a capacitação para multiplicadores voluntários em instituições não escolares.
Após a primeira experiência em 2018, a Fundação Telefônica Vivo em parceria com a plataforma de voluntariado Atados, consolidou um modelo formativo com oficinas quinzenais.
Mais de 140 voluntários se inscreveram para participar com a intenção de entrarem na área de educação ou darem novos rumos à carreira pedagógica.
Como a maioria não tem experiência prévia com pedagogia ou atuação em sala de aula com jovens, as oficinas quinzenais contam com o apoio de educadores de ciclos passados, conteúdos complementares e habilidades de improviso.