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Clarissa Santos carregava o sonho de seguir na carreira na programação, mas achava que não era para ela. Até encontrar a 42 SP e ver que era possível ser engenheira de software

#42SãoPaulo#42SPépravocê#Programação

foto de Clarissa Santos Crisóstomo

Quem faz a 42 São Paulo?
Nome: Clarissa Santos Crisóstomo
Ano de Nascimento: 1985
Cidade e Estado: São Paulo, SP.
Profissão: Acabei de transacionar de agente de viagens para engenharia de software
Turma 42 São Paulo: 2º Turma/ Fevereiro de 2021

Clarissa trouxe da infância a curiosidade e a vontade de explorar o mundo para entender quais invenções trouxeram a humanidade até esse momento. Os livros sempre foram seus parceiros nesta jornada de investigação sobre a vida e para conhecer melhor o universo em sua volta. Já a internet a encantava por aproximar as pessoas de diferentes partes do planeta.

“Queria saber sobre tudo que ajudava a conectar pessoas por meio da tecnologia. Ficava fascinada com uma ferramenta como a internet que me permitia interagir em tempo real com alguém do outro lado do mundo.”

Por muito tempo, Clarissa acreditava que a área da tecnologia não era para ela e, por isso, se formou em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Seguiu na carreira de turismo, mas o amor pela tecnologia e pela programação a acompanhavam. Até que em 2020 decidiu fazer a guinada e seguir seu sonho. Foi quando se deparou com a 42 SP, que desempenhou papel determinante para a escolha de novo caminho na engenharia de software.

Conte um pouco sobre sua história

Fui uma criança muito curiosa. Adorava ler e me interessava em saber como as coisas funcionavam e como chegamos até este momento da história. Além disso, tive todo o estímulo dos meus pais, que sempre me incentivaram a pesquisar e a explorar tudo o que tinha interesse.

Ao longo dos anos, cresceu em mim o interesse em tudo que ajudava a conectar pessoas, em tecnologia, nas relações humanas em si e nos idiomas.

Porém, quando fui decidir que rumo profissional seguir, por mais que o lado da tecnologia estivesse aflorado, eu achava que aquilo não era para mim, que envolvia uma lógica e conhecimentos em matemática que estavam além da minha capacidade.

Cursei Relações Internacionais na PUC-SP e, ainda assim, sentia que não tinha me encontrado na área. Fui trabalhar com turismo e aviação e, em seguida, na área de intercâmbios. O bichinho da tecnologia e da programação sempre permaneceram lá.

Até que vi amigos mudando completamente de área e percebi que, na verdade, aquilo que eu pensava que me limitava, era algo que poderia aprender. Entendi que aprender linguagens de programação talvez não fosse muito diferente de estudar um novo idioma.

Fui atrás de cursos de linguagens de programação para fazer sozinha, mas sentia que a abordagem deles não me atendia. Eu não conseguia fixar o conteúdo e sempre parecia que faltava algo.

Por que escolheu participar da 42 SP?

No começo de 2020, estava trabalhando numa agência de intercâmbio e não estava satisfeita profissionalmente. Já estava me organizando para voltar a estudar programação. No fim de fevereiro, a agência fechou as portas. Um amigo e ex-colega de trabalho, sabendo do meu interesse pela área, comentou sobre a 42 SP.

Meu amigo me contou sobre o método diferente da escola, que poderia funcionar melhor para mim. Entrei no site, li mais sobre a proposta e me apaixonei logo de cara. Fiquei feliz demais quando recebi a notícia de que havia passado nos joguinhos e que poderia me inscrever para o processo.

Ao entender como funcionava a 42 SP me identifiquei muito com o que foi apresentado e mais ainda com o olhar atento para o lado humano do processo. Saí de lá extremamente motivada depois de ouvir os cadetes contarem sobre a experiência vivida ali. Percebi que era um local onde poderia me encaixar.

Quais foram suas impressões durante a fase do Basecamp?

Foi uma experiência muito intensa estar perto de tantas pessoas novas depois de tanto tempo de isolamento. Eu pensei que poderia ser mais difícil essa interação, por estarmos no processo todo on-line. Mas formamos laços muito fortes e tínhamos a impressão de estar um na casa do outro.

A diversidade e colaboração entre os cadetes fazem parte dos valores da 42 SP. Como você percebe isso no dia a dia? Há alguma experiência que gostaria de relatar?

Na 42 SP, tanto durante o Basecamp quanto depois, como cadete, é criado um ambiente em que pedir ajuda não só é possível, como encorajado. É a base para que tudo funcione e vale para todos os envolvidos.

Em um mundo tão competitivo, estar em um local em que temos a segurança de ser quem somos e poder errar é encorajador para seguirmos em frente.
A intensidade das interações humanas durante todo o processo foi marcante. Também percebi que realmente tem uma forma diferente de aprender e que, a partir do momento em que existe a troca, que não é só a transferência de conhecimento de cima para baixo, todo e qualquer conteúdo é muito mais fácil de se assimilar.

O que diferencia este lugar dos outros que já frequentou?

Definitivamente a diversidade e a honestidade com que tudo é tratado. Quando se diz “a 42 SP é com você”, é real e faz com que nossa jornada seja maleável, sem perder o rigor e a excelência.

Acho muito importante que haja iniciativas como a da 42 SP para que cada vez mais pessoas, que tenham interesse em programação, possam acessar um método de qualidade, de forma gratuita e em um ambiente completamente colaborativo, seguro e diverso, formando profissionais com ótima base técnica e humana.

Você poderia dar algumas sugestões de filmes, séries, livros e podcasts que te inspiram no dia a dia?

Acompanho um monte de séries, porém uma com a qual me identifico bastante é Being Erica, em que a protagonista passa por um processo muito intenso e incomum de autoconhecimento que a leva a se encontrar profissional e pessoalmente.

Um dos meus livros preferidos é 1984, de George Orwell. Gosto de encará-lo como um alerta de como os extremos, políticos ou não, são perigosos e como um lembrete de exemplos do que não fazer, inclusive como uma analogia com o uso da tecnologia.

Tenho ouvido muito o podcast Olhares, que trata de uma nova perspectiva a atuação das mulheres na sociedade.

Que dicas daria para quem quer se inscrever na 42 SP?

Venha com a mente aberta para viver uma experiência intensa e única! Você vai aprender muito durante o processo, seja na parte técnica, seja na evolução pessoal.

Ninguém sai igual do Basecamp, independentemente da aprovação.

“Em um mundo tão competitivo, estar em um local em que temos a segurança de ser quem somos é encorajador”
“Em um mundo tão competitivo, estar em um local em que temos a segurança de ser quem somos é encorajador”