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Saiba como o Ensino Híbrido pode ultrapassar as barreiras da digitalização do ensino. Confira iniciativas que expõem diversas possibilidades!

#Educação#Educadores#EnsinoHíbrido

Imagem mostra um educador em sala de aula. Ele está sentado em uma cadeira. Em cima da mesa, já objetos pedagógicos, livros e cadernos. Ele parece estar escrevendo algo em um caderno.

O conceito de Ensino Híbrido costuma estar atrelado ao aprendizado on-line. É comum vincular a modalidade à conectividade em sala de aula. Entretanto, nem tudo nessa abordagem se remete, somente, à adoção de tecnologias na educação.

“O objetivo do Ensino Híbrido não é o uso da tecnologia por si só, mas sim o uso da tecnologia como um meio para coletar dados, o professor analisar e personalizar no ensino”, afirma Fernando Trevisani, professor e consultor em metodologias ativas.

A aprendizagem personalizada é o verdadeiro foco. O aluno é visto como o centro do processo, logo as práticas e conteúdos são pensados de forma a atender às suas necessidades e interesses. Uma vez que os alunos e professores estão alinhados no processo de ensino-aprendizagem, os resultados são alcançados com maior facilidade.

O Ensino Híbrido busca, ainda, o desenvolvimento da autonomia do estudante, de forma que ele consiga buscar o conhecimento e captá-lo a seu tempo e maneira, usando a tecnologia como um dos meios. Nesse sentido, o professor cumpre o papel de mediador dessa relação.

Além da digitalização

De acordo com o especialista, o Ensino Híbrido não se trata de computadorizar as escolas por completo. Mas sim utilizar os recursos oferecidos pelo mundo digital para ensinar de forma alinhada à realidade dos estudantes.

“A primeira coisa para o professor pensar ao implementar uma aula de Ensino Híbrido é efetuar um bom planejamento e identificar qual é a habilidade que ele quer desenvolver, retomar ou trabalhar com os alunos. E quais são os recursos digitais que ele tem disponível na escola, além de definir um modelo de aula dentro das possibilidades do Ensino Híbrido, preferencialmente um modelo sustentado”, esclarece Fernando.

Em outras palavras, a adoção do Ensino Híbrido em um nível mais profundo exige que sejam repensadas a organização da sala de aula, a elaboração do plano pedagógico e a gestão do tempo na escola. Isso para que as configurações das aulas possibilitem momentos de engajamento, interação e colaboração com as ferramentas tecnológicas.

O consultor aponta também a necessidade de formação dos educadores.

“O professor precisa conhecer o currículo da área do conhecimento que leciona e criar atividades que façam sentido de serem implementadas no Ensino Híbrido. Isso, muitas vezes, parece trivial, mas pode não ser se o educador nunca participou ou desenvolveu aula em algum modelo ativo”, complementa.

Metodologias ativas como trabalho em grupo e aprendizagem baseada em problemas são exemplos de atividades que colocam os alunos em posição de protagonismo. E os motiva na construção de seu conhecimento, sem que seja necessário o apoio de instrumentos digitais.

Enquanto o primeiro exemplo instiga estudantes a realizarem investigações, refletirem e colaborarem entre si, o segundo o possibilita desenvolvimento de habilidades socioemocionais e construção cognitiva.

Boas práticas na implementação do Ensino Híbrido

Só a conectividade com a internet não garante o protagonismo do aluno. Confira algumas iniciativas que expõem as diversas possibilidades do Ensino Híbrido.

Salas sem paredes e laboratórios de aprendizagem

O Projeto GENTE foi iniciado em 2013, na EM André Urani, na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. A escola sem paredes agrupava alunos de diferentes idades em equipes de aprendizado, de acordo com seus interesses e características acadêmicas e emocionais.

No modelo em que professores atuavam como meros intermediários de conhecimento, a rotina se dividia entre atividades de mentoria e laboratórios de aprendizagem, com atividades mais parecidas com as aulas tradicionais.

Conteúdos transmitidos via rádio local

Em 2020, com o fechamento temporário das escolas, a Secretaria de Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) e o Instituto Paramitas, parceiro local que executa o Projeto Aula Digital da Fundação Telefônica Vivo em Sergipe, uniram esforços para desenvolver um projeto formativo e pedagógico que pudesse transmitir conteúdos para os estudantes sem acesso à internet ou canais de TV. A solução encontrada foi usar a rádio educativa local. Inovadora, a ação promoveu a aprendizagem de forma lúdica e interativa com contação de histórias infantis e conteúdos transmitidos em formato de novelas e séries educativas.

Aula televisionada em Manaus

No estado do Amazonas, durante a paralisação das atividades presenciais, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) adotou o projeto “Aula em Casa”. Com o apoio do Aula Digital, da Fundação Telefônica Vivo, a iniciativa proporcionou a transmissão de aulas a distância para 190 mil alunos da rede pública de ensino estadual e municipal em canais de televisão aberta, sites e aplicativos.

Simplicidade com poucos recursos

O professor de História Ailton Luiz Camargo, da Escola Municipal Zilma Thibes Mello, em Iperó (SP), contou em entrevista ao Nova Escola, como consegue inovar com poucos recursos tecnológicos.

Em um modelo de sala de aula invertida, por exemplo, Ailton sugeriu a impressão de tabuleiros em folhas sulfite de jogos que exijam conhecimento do tema a ser discutido para jogar. E para se preparar para o jogo em aula, os alunos têm materiais de estudo que devem ser lidos em casa.

“O professor pode seguir por uma linha muito simples de recursos fáceis de ser encontrados. No caso de História, por exemplo, pode-se usar tanto documentos históricos quanto jornais da cidade, notícias da noite anterior. Tudo isso se transforma em recurso dentro da aula”, destaca o professor durante a entrevista.

E-book gratuito sobre Ensino Híbrido no Brasil

Além de explicar conceitos, modalidades e os tipos de ensino disponíveis no país, a publicação da Fundação Telefônica Vivo apresenta o panorama brasileiro e mundial do Ensino Híbrido.

Traz ainda, perspectivas e possibilidades para a implementação da modalidade no país, com referências práticas e teóricas.

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Ensino Híbrido para além do digital: entenda como é possível!
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