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A pandemia acelerou o processo de inovação no setor educacional e estimulou a discussão sobre a inserção do Ensino Híbrido na educação infantil

#Educação#Educadores#EnsinoHíbrido

Imagem mostra professora com quatro alunos. Todos usam máscara e estão sentados no chão de uma sala de aula. A professora segura um tablet e está mostrando o aparelho para um dos alunos.

O isolamento social aqueceu as discussões sobre a educação no âmbito virtual. Com milhões de alunos tendo aulas remotas, nunca se falou tanto sobre plataformas on-line, lives e ensino a distância. As restrições impostas fizeram as instituições de ensino pensarem em soluções para darem continuidade às atividades. O Ensino Híbrido foi uma das saídas, e com a Educação Infantil não foi diferente.

O Ensino Híbrido surgiu como uma modalidade que combina práticas virtuais e remotas, com o auxílio de ferramentas digitais. Nele, professores assumem o papel de mediadores entre o aluno e o conhecimento, estimulando a autonomia dos pequenos na aprendizagem. Além disso, propõem atividades alinhadas à realidade de cada um, respeitando as particularidades do tempo no processo de aprender.

Entretanto, as principais dúvidas sobre a implementação do Ensino Híbrido na Educação Básica estão relacionadas à exposição precoce dos alunos ao mundo virtual. Porém, é possível implementá-lo sem colocar em risco a saúde e o processo de aprendizagem. Para isso, a participação dos responsáveis na educação das crianças é essencial.

Benefícios do Ensino Híbrido na Educação Infantil

A implementação da modalidade pode ser vantajosa para todos os envolvidos no processo de aprendizagem, se for realizada corretamente e com um planejamento bem desenvolvido.

As crianças podem vivenciar novas experiências que estimulam o desenvolvimento de competências tecnológicas. A flexibilidade de horários e atividades personalizadas facilitam a aprendizagem. E a autonomia para a realização de tarefas pode aumentar o rendimento escolar.

Já os educadores se beneficiam com a otimização de seu tempo e planejamento. Afinal, passam a oferecer aulas mais modernas e alinhadas às demandas de cada aluno, o que torna o trabalho mais proveitoso.

Ensino Híbrido como estratégia de potencialização

O Ensino Híbrido na Educação Infantil se vale de inúmeros recursos para que o processo de aprendizagem das crianças seja potencializado. Recursos didáticos e tecnológicos caminham lado a lado na potencialização das habilidades e estímulo do protagonismo de jovens estudantes em sua jornada educacional.

Porém, para que a modalidade seja plenamente implementada, é fundamental que haja a combinação do ensino on-line com o off-line. Com propostas de atividades em ambos os universos e proporcionando uma educação mais dinâmica e personalizada.

“É necessário construir um processo de ensino-aprendizagem que seja estimulante para a criança e ao mesmo tempo em conformidade com os desafios de um mundo em transformação. A interação dos alunos com os colegas é um fator extremamente importante para o desenvolvimento global da criança e a falta de estrutura, tecnologia e a qualificação do corpo docente também são alguns desafios encontrados. Acredito que todas as escolas estão se desenvolvendo para chegar ao ideal”, destaca a psicopedagoga Camila Nogueira, em reportagem publicada pela Folha Vitória.

Formas de Implementação

A Base Nacional Comum Curricular prevê o uso das tecnologias nos seus direitos de aprendizagem: “Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia”.

Com isso, o Ensino Híbrido pode ser explorado de várias formas, apesar de sua implementação não ser uma tarefa simples para as escolas. Dentro da proposta do hibridismo, cabe às instituições e aos educadores desenvolverem atividades que atendam às necessidades de cada aluno.

A seguir, confira exemplos de como utilizar o formato na Educação Infantil:

Sala de aula invertida
Na sala de aula invertida, as disciplinas são pesquisadas e estudadas em casa. O aprofundamento, atividades e esclarecimento de dúvidas são realizadas presencialmente. Como o estudante já chega na aula com uma certa noção do tema, o tempo em sala é melhor aproveitado e seu desempenho superior.

Exemplo: O educador envia o conteúdo a ser estudado e um exercício para que o aluno tenha contato prévio com o tema. Em sala de aula, ocorre a continuidade do ensino com trocas de perspectivas, aprofundamento e esclarecimentos.

Rotação de laboratório
A turma é dividida em dois grupos para estudar o mesmo assunto em modalidades diferentes. Enquanto um realiza as tarefas em ambiente virtual, o outro grupo faz em sala de aula. Depois, os grupos invertem o modelo de aprendizagem.

Exemplo: Enquanto o professor aborda a alfabetização com uma parte da turma, a outra pode utilizar aplicativos didáticos para a realização de exercícios de formação de palavras.

Rotação por estações
A sala de aula é separada em estações com atividades on-line e off-line. Após o tempo estipulado pelo professor, os alunos devem passar de uma estação para outra cumprindo atividades independentes.

Exemplo: Conforme os alunos mudam de uma estação para a outra, a forma da água que estão estudando, por exemplo, também muda. Se na estação 1 o foco é no estado líquido, na estação 2 o destaque poderá ser para o estado sólido da água, e assim por diante.

Rotação individual
Nesse modelo, os roteiros são estabelecidos de acordo com as necessidades e interesses de cada aluno, para que se tenha o máximo de engajamento e aproveitamento.

Exemplo: Um aluno que estuda os sistemas do corpo humano tem autonomia para mudar de estação de estudo conforme seu ritmo e necessidade de aprendizagem, sem que precise passar por todas ou ter um limite de tempo pré-estabelecido.

Fonte: Novos Alunos

Ensino Híbrido: quais os benefícios e como aplicá-lo na Educação Infantil?
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