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As mudanças já começaram e os estudantes escolheram os itinerários formativos que farão parte do currículo escolar no próximo ano. Saiba como a Fundação Telefônica Vivo, por meio do programa Pense Grande, está apoiando as redes de ensino nessas demandas

#EnsinoMédio#Estudantes#PenseGrande

Imagem mostra uma estudante em sala de aula. Ela tem cabelos longos, que está preso, usa máscara e uniforme na cor azul. Está manuseando um caderno e está sentada em uma carteira escolar. Ao fundo, outros alunos aparecem na imagem.

Após mais de um ano e meio de pandemia, estudantes e escolas públicas e privadas de todo país se preparam para as mudanças do Novo Ensino Médio. Em 2022, instituições de ensino deverão implementar as diretrizes estabelecidas pela Lei nº 13.415/2017 a partir do primeiro ano dessa etapa do ensino.

O primeiro passo é a ampliação da carga horária de aulas, que sobe de quatro para cinco horas. Sendo assim, o número de horas anuais obrigatórias passa de 800 para, ao menos, 1.000.

Mas essa não é a única alteração. A maior novidade será possibilitar ao aluno escolher parte das matérias que ele irá estudar. Essa proposta visa aproximar os jovens da realidade do mercado de trabalho e estimular que cada um desenvolva o seu projeto de vida.

Por isso, o currículo será mais flexível, para que o estudante faça suas escolhas e adquira conhecimento em uma área de seu interesse. E isso poderá acontecer durante o Ensino Médio.

Protagonismo dos estudantes

O Novo Ensino Médio começou a ser implementado em 2021 para mais de 460 mil alunos matriculados no primeiro ano da rede estadual de ensino de São Paulo.

Além das disciplinas da Formação Geral Básica alinhadas à BNCC (Base Nacional Comum Curricular) – Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte, Educação Física, Matemática, Química, Física, Biologia, História, Geografia, Filosofia e Sociologia -, os estudantes contaram com três componentes curriculares ofertados pelo programa Inova Educação: Projeto de Vida, Eletivas e Tecnologia e Inovação.

A partir de 2022, todas as 3,7 mil escolas estaduais de Ensino Médio vão ofertar, para o segundo ano, pelo menos dois itinerários formativos que contemplem as quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza e a formação técnica profissional.

“Os estudantes passam a ser protagonistas das suas próprias escolhas. São conhecimentos específicos que ampliam o desenvolvimento integral e permitem o aprofundamento em áreas de mais interesse”, afirma Gustavo Mendonça, gestor do Novo Ensino Médio em São Paulo.

A escolha do itinerário formativo

Os itinerários formativos atuam na preparação dos alunos para os desafios do século XXI e a conquista de melhores oportunidades no mercado de trabalho. Também possibilitam aprofundar os conhecimentos exigidos pelos exames vestibulares.

Na prática, funciona da seguinte maneira: o aluno de São Paulo pode escolher por itinerários de uma área ou integrados. Ou seja, itinerários de mais de uma área do conhecimento. Ou também pode optar por um itinerário de formação técnica e profissional.

Os conhecimentos poderão ser aperfeiçoados nos seguintes itinerários:

Linguagens e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; Ciências da natureza e suas tecnologias; Ciências humanas e sociais aplicadas; e Formação técnica e profissional.

No Estado de São Paulo serão disponibilizadas 11 opções de itinerários (quatro das áreas do conhecimento, seis opções integradas entre elas e uma de formação técnica e profissional, via Novotec Expresso ou Novotec Integrado). E para as escolas que possuem somente uma turma de Ensino Médio, a Secretaria de Educação definiu a divisão da classe em duas, para garantir, ao menos, dois aprofundamentos curriculares aos alunos.

“A partir de 2022, alunos do segundo ano contarão com dez aulas semanais dedicadas ao aprofundamento curricular escolhido, conforme as opções apresentadas pela escola. No terceiro ano, serão 20 aulas. O objetivo dessa implementação é fazer com que os estudantes saiam do Ensino Médio com uma formação ou conhecimentos específicos que os ajudem a ingressar no mercado de trabalho, sem precisar de um diploma de formação superior”, diz Gustavo.

Além dos itinerários formativos, os alunos poderão escolher entre 21 opções de cursos técnicos em áreas como Marketing, Informática e Farmácia.

Área de Linguagens é a preferida dos jovens

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo promoveu, em julho, uma consulta para os alunos do Ensino Médio demonstrarem interesse nos itinerários formativos do Novo Ensino Médio para 2022.

Cerca de 376 mil estudantes do primeiro ano participaram da pesquisa. A área de Linguagens liderou entre as opções, com 56% de interesse. Na sequência, vieram Ciências humanas (44%), Matemática (34%) e Ciências da natureza (30%).

“Os itinerários foram construídos com base nessas escutas dos estudantes, que puderam manifestar interesse em opções de aprofundamento curricular. A partir disso, os diretores definiram quais itinerários a escola vai ofertar”, ressalta Gustavo Mendonça

Alunos do primeiro ano poderão iniciar o itinerário escolhido, caso esteja disponível em sua escola. Vale destacar que as redes de Ensino terão autonomia para definir quantos e quais itinerários formativos irão ofertar.

Tecnologia e Inovação no Novo Ensino Médio

O componente Tecnologia e Inovação é um dos componentes curriculares propostos pelo programa Inova Educação, juntamente com Projeto de Vida e Eletivas.

O projeto que envolve esse componente na escola deve apoiar tanto a integração entre as diferentes áreas do conhecimento e a realização de atividades práticas, quanto o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao mundo digital.

De acordo com a BNCC, os estudantes, a partir da escola, precisam compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de maneira crítica, significativa e ética.

“Ela aproxima o currículo, as práticas e o cotidiano da escola à realidade e aos interesses dos estudantes. Elas estão presentes em tudo, então precisamos trazer essa realidade para os alunos. Também acreditamos que o componente de Tecnologia e Inovação traz uma perspectiva de futuro para o aluno, tanto para o mercado de trabalho, quanto para acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo na vida pessoal e coletiva”, esclarece Gustavo Mendonça.

Fundação Telefônica Vivo apoia redes de ensino

O programa Pense Grande, da Fundação Telefônica Vivo, por meio do eixo de Tecnologias Digitais, está apoiando as redes estaduais na implementação do Novo Ensino Médio e dos novos currículos. No Estado de São Paulo, o apoio acontece de diferentes formas.

Uma delas é por meio da formação de educadores em seis temáticas relacionadas às Tecnologias Digitais: Narrativas Digitais; Programação Plugada; Robótica sustentável; Pensamento computacional; Programação desplugada; e Programação em Blocos e Games.

“A formação no Estado de São Paulo está bastante alinhada com a proposta da reforma de levar as tecnologias também para dentro das escolas, em um volume bastante grande. É uma iniciativa importante, porque São Paulo tem uma estrutura complexa e vem dando conta de fazer processos em larga escala, o que acaba pautando bastante o restante do país. São modelos que talvez possam ser levados também para outros estados”, explica Lia Glaz, gerente sênior de Educação da Fundação Telefônica Vivo.

Outro grande apoio vem de uma parceria da Fundação Telefônica com o Instituto Reúna para a elaboração dos itinerários formativos da rede, além de materiais para apoiar na implementação junto a outros parceiros do terceiro setor.

“A Fundação é parceira do projeto e tem atuado no processo de leitura crítica dos materiais de apoio ao planejamento e práticas pedagógicas, para a garantia e expansão da cultura digital e tecnologia nos documentos. O apoio se dá por meio da leitura e sinalização de sugestões de texto e práticas pedagógicas que possam aprimorar o material e o uso da tecnologia, como meio e fim dos processos de ensino e aprendizagem aos jovens”, explica Clea Ferreira, coordenadora do Instituto Reúna.

Ainda nessa parceria, o Pense Grande tem ajudado na formação da equipe de redatores para que as sugestões sejam apropriadas e incorporadas nas produções.

“A tecnologia está na BNCC como competência-chave. Então, é um ponto que dialoga muito, não só com o que está nos currículos, mas com o mundo em que esses jovens estão inseridos. Tem a questão da empregabilidade, com olhar para as profissões que vão surgir, mas tem a ver com o presente também. O jovem já tem tecnologia em toda a sua vida. Então, é nesse aspecto que a escola passa a fazer mais sentido para ele”, finaliza Lia Glaz.

Escolas de São Paulo se preparam para a implementação do Novo Ensino Médio
Escolas de São Paulo se preparam para a implementação do Novo Ensino Médio