Produção humaniza e aproxima empreendedores sociais de quem é impactado por seus projetos
Produção humaniza e aproxima empreendedores sociais de quem é impactado por seus projetos
O filme Em Frente, coproduzido pelo Social Good Brasil e apoiado pela Vivo, desconstrói o mito de que empreendedores são sempre fortes e corajosos, pois são justamente suas falhas e inseguranças que os tornaram aptos a trabalhar com capital humano.
No lançamento do documentário em São Paulo, que aconteceu dia 22 de junho, a diretora Carol Gesser contou sobre sua escolha narrativa: “Queríamos humanizar a pretensa aura do empreendedor social, mostrando as ranhuras dessas pessoas. Elas têm dias difíceis, estão longe da família, se sentem só, exatamente como as pessoas que impactam”.
Parceiro de Carol na direção, Will Martins agradeceu aos empreendedores presentes na plateia por abrirem suas vidas e intimidade para as câmeras. “É um desafio trabalharmos com pessoas reais e isso só foi possível por meio de um processo colaborativo”. Além do mergulho no cotidiano desses empreendedores, o filme também mostra de maneira bastante afetiva a trajetória de pessoas impactadas por projetos sociais.
Histórias reais de Em Frente
Lorrana Scarpioni sempre acreditou que habilidades únicas funcionam como boas moedas de troca. Foi com base nessa crença que criou o Bliieve, site que maneja uma permuta de talentos e conecta pessoas de diferentes partes do mundo. A paixão de Claudio Sassaki também reside no potencial particular de cada pessoa, e foi na certeza que todos podem aprender que nasceu a Geekie, plataforma interativa que se adapta ao aluno para ajudá-lo a aprender. “Vivemos em uma época onde não temos mais de escolher entre fazer o que gostamos ou ganhar dinheiro, e o filme reflete isso”, conta o empreendedor.
Para Bruno Aracaty, criador da rede Colab, utilizada por mais de 100 prefeituras brasileiras para facilitar a comunicação entre população e gestão pública, a força do documentário é mostrar o quão comuns são os empreendedores sociais e como seu sucesso é fruto sim de coragem, mas também de suor e parceria. Criador do Hand Talk, aplicativo que traduz a língua dos sinais, Ronaldo Tenório complementou que ficava muito alegre em saber que seu legado pode influenciar outros profissionais a se reinventarem.
Os empreendimentos sociais presentes no documentário têm em comum a utilização da tecnologia como catalisadora de projetos e aptidões, e isso se reflete na forma como o filme foi roteirizado. “A ideia era humanizar também a tecnologia, utilizando-a enquanto ferramenta de transformação e condutora da narrativa cinematográfica”, conclui a diretora Carol.
O resultado é uma documentação sensível sobre como o empreendedorismo social é a consequência do trabalho de pessoas apaixonadas da maneira mais inovadora possível temas como direitos humanos, educação e cidadania.