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Em prol de práticas transformadoras na alfabetização, o projeto TRILHAS oferece novas formações gratuitas, além de uma rede colaborativa para educadores trabalharem a leitura e a escrita dos alunos em sala de aula.

Menino está sentado em meio a livros, sorrindo e segurando um lápis para ilustrar pauta sobre formação de educadores para melhorar a alfabetização.

Priorizar a alfabetização é um dos primeiros passos para garantir uma educação de qualidade. Sem aprender a ler e escrever, crianças e jovens afastam-se dos processos de ensino-aprendizagem, comprometendo a produção de conhecimento e o desenvolvimento pleno de suas habilidades. No Brasil, 45,3% das crianças no 3º ano do Fundamental, por exemplo, não atingem o nível de proficiência suficiente em leitura.

Os dados, lançados pelo Anuário Brasileiro da Educação Básica, revelam ainda que a desigualdade afeta diretamente os níveis de aprendizagem. A porcentagem geral da alfabetização em escrita no país é de 66,2%, mas quando levamos em consideração o grupo socioeconômico mais baixo, o número cai para 27,6%.

Apesar dos dados preocupantes, há iniciativas e educadores que já trabalham para mudar esse cenário.

É o caso do projeto TRILHAS, criado pelo Instituto Natura e apoiado pela Fundação Telefônica Vivo, que oferece instrumentos para educadores e estudantes de pedagogia trabalharem com alfabetização. O objetivo é criar um espaço de troca de experiências e desenvolvimento de competências que ajudem a aprimorar práticas pedagógicas, alinhadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“A gente acredita muito no papel do professor como um ator chave que vai abrir as portas das crianças para esse universo da escrita e dos livros.”, diz Maria Slemenson, gerente de projetos educacionais do Instituto Natura. “Dessa forma, criamos condições e contribuímos para fortalecer esse agente central, oferecendo ferramentas para que ele se sinta melhor preparado”.

O poder da escrita

Em homenagem ao Dia Mundial da Alfabetização, celebrado em 8 de setembro, o Projeto Trilhas lança a campanha O Poder da Escrita, divulgada com a hashtag #JuntosPorNovasHistórias. Depois do “Leitura em voz alta pelo professor”, o novo destaque é o curso “Escrita por meio do professor” que será disponibilizado na plataforma a partir do dia 6 de setembro.

A formação terá duração de 45 horas e se dedica à produção escrita, a partir indicações literárias, e a reescrita de contos clássicos com os estudantes. No lançamento, os educadores terão a chance de acompanhar a aplicação da metodologia na prática, em sala de aula, através dos stories no Instagram do projeto.

Ainda no mês de setembro, a campanha lançará uma arte animada, com os áudios das crianças recontando as histórias escritas. Já no mês de outubro, os professores terão acesso a ferramentas como podcasts compartilháveis e quiz. Em novembro, os materiais e planos de aula serão disponibilizados. O objetivo é explorar o potencial de trabalho colaborativo entre alunos e professores.

Educação é uma rede colaborativa

Tanto os estudantes de pedagogia, quanto os professores alfabetizadores das turmas de 1º a 2º ano do Ensino Fundamental contam com uma rede colaborativa criada a partir dos cursos. As formações são gratuitas e realizadas a distância, oferecendo um espaço de troca acessível em todo o território nacional.

“Quando você começa sua formação na plataforma, entra em contato com professores do Brasil todo que estão fazendo um excelente trabalho. E você pode, ainda, aprender com seus pares, aproximando essas pontes”, acrescenta Maria Slemenson.

Dentro da plataforma, há um espaço para que os professores mandem vídeos contando sobre suas experiências. Estes vídeos são avaliados pela equipe de projetos, recebem devolutivas sobre o conteúdo, e os mais inspiradores são selecionados para fazer parte do curso que os educadores inscritos farão. Ao final do curso, que tem ao todo 45 horas de duração, os professores acessam uma sequência didática para relembrar os principais conceitos e aplicá-los na prática.

Formação continuada

Maria Slemenson conta que, apesar das vantagens expressivas para o educador, os cursos de formação continuada ainda enfrentam desafios. “Atrair os professores é um grande desafio porque é difícil encaixar esse momento na rotina atribulada e nas outras exigências de especialização”. Por outro lado, a gerente de projetos conta que o Trilhas tem alcançado mais educadores através de uma estratégia de parceria com as redes estaduais e nacionais.

“Mais de 90% dos professores realizaram o curso de leitura na nossa plataforma. Estamos em agosto e já tivemos 20 mil concluintes de um curso de 45 horas”, comemora a gerente de projetos.

Para saber mais sobre a campanha e os cursos disponíveis, acessa a plataforma do novo Portal Trilhas.

Formação de educadores oferece ferramentas para melhorar a alfabetização
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