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Com mais de 14 mil educadores inscritos em cursos online, o programa Escolas Rurais Conectadas impactou 338 mil estudantes em todo o país no ano de 2015.

O projeto Escolas Rurais Conectadas oferece cursos online e acompanhamentos em escolas-laboratório nos municípios de Vitória de Santo Antão (PE) e em Viamão (RS).

Relatório final de 2015 mostra o impacto do projeto na pedagogia do campo.

Poucos sabem que a famosa expressão “do Oiapoque ao Chuí”, comumente usada para definir os pontos extremos do Brasil – ou para delimitar sua extensão –, está desatualizada. E já faz tempo. Caburaí, em Roraima, tomou o lugar do Oiapoque, no Amapá, em meados dos anos 1990. De Norte a Sul, de Caburaí ao Chuí, falar de distâncias tão longas é falar, também, do alcance do Programa Escolas Rurais Conectadas, projeto da Fundação Telefônica Vivo que tem como premissa aproximar professores, compartilhar saberes pedagógicos, investir e respeitar o conhecimento da cultura regional.

Com mais de 14 mil educadores inscritos em cursos online, impactando 338 mil estudantes em todo o país no ano de 2015, a iniciativa já conectou mais de 12 mil escolas (entre outras conquistas retratadas no infográfico abaixo). Focado nas estratégias educacionais que envolvem o uso da tecnologia e da inovação, o projeto vai além de oferecer cursos e empoderar professores do campo, que lidam com a realidade das classes multisseriadas: há conteúdos exclusivos voltados especialmente a esses educadores.

Outras preocupações também são latentes, como as condições de conexão e equipamentos levados à Zona Rural e a avaliação do andamento das Competências do Século 21 nas escolas. Em 2015, o programa foi acompanhado por meio de séries especiais de reportagens no portal Porvir, na página Camponline, do Portal ARede.Educa e nos canais da Fundação, trazendo à tona as especificidades da rotina escolar do campo.

O infográfico detalha os principais dados do relatório de 2015, os lançamentos e o alcance do projeto Escolas Rurais Conectadas

Duas cidades brasileiras, Vitória de Santo Antão (PE) e Viamão (RS), contam ainda com escolas-laboratórios que experienciam o uso de tecnologias e inovações em práticas pedagógicas. Vêm deles algumas das principais conquistas em 2015: em Viamão, na Escola Zeferino Lopes de Castro, 75% dos alunos têm fluência digital, além de trabalharem com robótica e prototipação de seus projetos. No Laboratório de Viamão, o ano passado fez fortalecer a participação da família na escola, e a tecnologia estimulou a proposta pedagógica.

Semanas de imersão possibilitaram experimentos de professores e estudantes, por meio de oficinas de robótica e programação, apoio pedagógico e treinamento de direção. Os alunos encontram nesses projetos a oportunidade de aprender a partir das próprias preferências. “Estou aprendendo com a escola, com os alunos, com o pessoal que vem nos assessorar. Também estou aprendendo comigo mesma, estou me descobrindo também”, relata uma das professoras da escola.

A Secretaria Municipal quer transformar a experiência da Zeferino Lopes de Castro em inspiração para construção de uma política pública que fomente a inovação no município. Para 2016, oito escolas passarão a fazer parte de uma rede de escolas inovadoras de Viamão.

O infográfico detalha os principais dados e ações das escolas-laboratório em Pernambuco e no Rio Grande do Sul.

O uso da tecnologia na sala de aula é igualmente notável em Pernambuco, como mostram os dados acima. Por lá, todas as professoras das escolas do campo Constâncio Maranhão, Jaime Vasconcelos Beltrão, Manoel Domingos de Melo e Zair Pinto do Rego receberam formação e acompanhamento que fomentaram inovação em suas práticas de sala de aula.

O relatório final do projeto Escolas Rurais Conectadas 2015 aponta: ao avaliar o próprio trabalho, a maioria das docentes pernambucanas diz que a tecnologia foi uma ferramenta essencial para as mudanças acontecidas em sala de aula. Não se trata apenas de utilizar conexão, tablets e notebooks, mas de utilizá-los de maneira a transformar as relações na sala de aula, entre alunos, entre professoras. Tanto que 92% educadores disseram buscar uns aos outros para dividir conhecimento, compartilhado-o também em uma página do Facebook. Assim, foram mobilizadas algumas das competências do século 21: colaboração, comunicação, fluência digital, criatividade e inovação.

“Esse projeto fez com que os pais e a comunidade se aproximassem ainda mais da escola e contribuiu para que os familiares auxiliassem seus filhos nas atividades”, conta Gilvânia dos Santos, professora da escola Zair Pinto do Rego.

Outro destaque das Escolas Rurais Conectadas em 2015 foi o lançamento da Coleção para Classes Multisseriadas em Escolas do Campo, composta por livros disponíveis para download. De acordo com Cybele Amado, presidente do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP) e parceira na coleção, o material é inspirador, pois ajuda a pensar e explorar o potencial da diversidade na sala de aula. “Há capítulos dedicados à didática da Língua Portuguesa e da Matemática e à construção de bibliotecas. Ficamos quase um ano reunidos para levar aos educadores o miúdo da sala de aula e ajudá-los na organização de seus planos”, afirma.

“Sou professora em uma turma multisseriada e fiquei emocionada em encontrar esse material, que tem sido de grande importância”, avalia a educadora Fernanda Benta da Silveira, de Santa Catarina, pós-graduanda em Alfabetização nas Turmas Multisseriadas.

O empenho de quem está do lado de lá da tela, na elaboração das aulas, e o de quem está do lado de cá, estudando e replicando a tecnologia nas práticas pedagógicas, nos levam a acreditar em resultados ainda melhores para 2016.

Formação de professores do Projeto Escolas Rurais Conectadas atravessa o país e muda rotinas
Formação de professores do Projeto Escolas Rurais Conectadas atravessa o país e muda rotinas