E-books gratuitos com recomendações para a implementação da BNCC Computação para redes de ensino e apoio a pesquisa sobre tecnologia e desigualdades raciais no Brasil, além de ações de comemoração dos 25 anos da Fundação Telefônica Vivo no Brasil pautaram os conteúdos ao longo do ano. Confira a retrospectiva 2024!
Série de webinários debateu a avalição de competências digitais de estudantes
Em fevereiro, a Fundação Telefônica Vivo realizou o primeiro debate da série de “webinários sobre avaliação de competências digitais de estudantes”. Com o tema Nativos Digitais e as Competências para o Uso Responsável da Tecnologia, o encontro foi transmitido no canal de Youtube da Fundação, e contou com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Cetic.br e do NIC.br. A diretora-presidente da Fundação, Lia Glaz, abriu o encontro destacando que o desenvolvimento de competências digitais em estudantes é uma tarefa urgente e indispensável no contexto da educação pública.
No segundo webinário, Quais competências digitais desenvolver e por que é indispensável avaliá-las?, especialistas falaram sobre a importância do desenvolvimento de competências digitais, e sobre a BNCC Computação. Questões como “Qual o conceito de competências digitais e por que elas são importantes?” e “Como elas se relacionam com o mundo cada vez mais digital?” foram alguns dos temas discutidos no encontro.
No terceiro webinário da série, Experiências Internacionais na Avaliação de Competências Digitais de Estudantes, especialistas compartilharam sobre os métodos de avaliação utilizados no Chile, Uruguai e França. “No Brasil, as discussões sobre os métodos avaliativos para o desenvolvimento das competências digitais ainda não amadureceram. No entanto, uma forma muito boa de aprofundar esse debate é entender o que outros países estão fazendo nesse sentido”, explicou João Paulo Cossi, especialista em gestão da educação pública do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
No quarto e último webinário, em formato híbrido, o seminário Avaliação de Competências Digitais de Estudantes: Pensando um Modelo para o Brasil finalizou a série com uma discussão de suma importância, uma vez que em 2025 o PISA iniciará a avaliação das competências digitais em estudantes de todo o mundo. Realizado em Brasília pelo Ministério da Educação (MEC), com apoio da Fundação Telefônica Vivo, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Cetic.Br, o encontro teve como objetivo refletir sobre modelos de avaliação e possíveis caminhos para a implantação no Brasil.
A Fundação comemorou 25 anos com um evento que explorou como a tecnologia pode contribuir com a educação
Para celebrar seus 25 anos de atuação no Brasil, a Fundação realizou no dia 1 de outubro o evento “Transformação Digital na Educação: Desafios e Tendências”. O encontro, que teve a participação de especialistas renomados, debateu como a tecnologia pode contribuir com a educação. A palestra principal, Educação e Inteligência Artificial: transformando o ensino e aprendizagem, do professor e pesquisador da Universidade de Harvard, e fundador e presidente do Center for Curriculum Redesign (CCR), Charles Fadel, tratou dos principais desafios para integrar a IA na sala de aula. Além da apresentação de Fadel, outras duas mesas discutiram o papel da educação e do professor na era digital: “Como repensar a educação básica na era digital” e “Inteligência Artificial na sala de aula: o que muda na profissão professor”. ”.
Como parte das comemorações dos 25 anos, a Fundação também lançou no mês de novembro, em parceria com o portal Terra, uma série de videocasts, com quatro episódios, sobre educação e tecnologia, na qual especialistas em educação debateram como a tecnologia pode ser aplicada no ambiente escolar, sua importância e exemplos de como isso já acontece na prática.
Pesquisa realizada pelo Insper, com apoio da Fundação, apontou relação entre desigualdades raciais e a tecnologia
Lançada em junho, a pesquisa “Tecnologia e Desigualdades Raciais no Brasil” identificou disparidades no acesso à tecnologia entre brancos e negros e trouxe evidências sobre como a tecnologia pode influenciar positivamente o ensino e a aprendizagem.
Realizada pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper (NERI), com apoio da Fundação Telefônica Vivo, a pesquisa apresenta uma análise da relação entre desigualdade racial no Brasil e a tecnologia em diferentes etapas da trajetória escolar, além de recomendações para a construção de políticas públicas.
Fundação Telefônica Vivo desenvolveu notas técnicas sobre estudos e indicadores sobre o cenário educacional
Abaixo a relação das notas técnicas apresentadas pela Fundação sobre estudos relacionados ao ecossistema educacional, realizados por organizações e instituições, tanto nacionais como internacionais. Confira:
Nota sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), publicada em março, revelou que 9 milhões de jovens entre 14 e 29 anos não completaram o ensino médio.
Nota Técnica sobre o GEM Report – Technology on her terms, divulgada em abril, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), destacando o uso da tecnologia na educação sob a ótica da equidade de gênero.
Nota Técnica sobre a nova edição da “TIC Educação, Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas Escolas Brasileiras”, divulgada em agosto pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Nota Técnica sobre os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), publicada em agosto pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na qual avaliamos os dados apresentados com foco especial no papel da tecnologia na aprendizagem de matemática e nas disparidades de acesso a recursos digitais, que podem perpetuar desigualdades na educação.
Nota Técnica sobre o relatório “Education at a Glance 2024 (Educação em Foco)”, lançado em setembro pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apresentando uma visão abrangente dos sistemas educacionais em países da OCDE e parceiros. O relatório 2024 também aborda como tema principal a equidade na educação.
Nota Técnica sobre os resultados do “Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências” (Trends in International Mathematics and Science Study – TIMSS), que destaca os resultados de proficiência em Matemática do Brasil para os estudantes dos 4º e 8º anos do Ensino Fundamental.
Congresso debate como a Inteligência Artificial pode ser aliada da educação
Em setembro, aconteceu em São Paulo o 8º Congresso da Associação dos Jornalistas de Educação (Jeduca). Com apoio da Fundação Telefônica Vivo, o evento trouxe, entre outras discussões, o impacto da crise climática na educação, o racismo nas escolas e se “IA é o futuro da educação?”.
“A IA é uma ferramenta que agrega muito, mas o futuro da educação ainda vai ser com bons professores, motivando e emocionando os alunos, utilizando a IA como uma ferramenta para contribuir no processo de aprendizado”, afirmou Francisco Coelho, professor e especialista em Gestão de Projetos em Tecnologia da Secretaria de Educação do Piauí.
Desafios e propostas para implementação da BNCC Computação
Com o objetivo de apoiar as Redes de Ensino na atualização de seus referenciais curriculares a partir da BNCC Computação, a Fundação disponibilizou gratuitamente dois e-books com recomendações e orientações, elaborados por doutores em educação, especialistas da computação na Educação Básica, desenvolvedores de currículo e pedagogos.
Em agosto, foi a vez da a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) reunir especialistas em uma videoconferência, com apoio da Fundação Telefônica Vivo, para discutir caminhos para incluir a computação nos currículos da educação básica e preparar os estudantes para um mundo cada vez mais convergente com a tecnologia.
Os desafios da implementação das Políticas de Conectividade e de Educação Digital no cotidiano escolar também foi a pauta dos fóruns regionais da Undime em 2024. Nesse contexto, a Fundação Telefônica Vivo participou ativamente dos eventos contribuindo tecnicamente com as discussões.
Os encontros ocorreram nas cinco regiões do Brasil, pensando na representatividade, peculiaridades e características de cada local. “Nossa parceria com a Fundação já vem de alguns anos e tem se intensificado. Estamos oportunizando aos professores, que estão em locais distantes, cursos de excelente qualidade sobre o uso das tecnologias na educação”, disse Alessio Lima, presidente da Undime.