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Videoconferência realizada pela Undime, com o apoio da Fundação Telefônica Vivo, reuniu especialistas e discutiu caminhos para incluir a computação nos currículos da educação básica, preparando assim os estudantes para um mundo cada vez mais convergente com a tecnologia

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A imagem mostra um grupo de estudantes jovens em frente a computadores. Em primeiro plano, um menino. Ao fundo, a professora que acompanha a aula.

A urgência da implementação da BNCC Computação nas escolas com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento de competências digitais em crianças e jovens esteve no centro da videoconferência “BNCC Computação e a implementação nas Redes Municipais de Educação”. Tais redes concentram 49,3% das matrículas na educação básica, de acordo com o Censo Escolar 2023.

O evento foi realizado no dia 27 de agosto pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o apoio da Fundação Telefônica Vivo. Teve transmissão do Conviva Educação e proporcionou debates entre especialistas acerca dos caminhos para a implementação da BNCC Computação (Base Nacional Comum Curricular da Computação) nas escolas.

 

Precisa acelerar

Os convidados reforçaram que essa implementação é complexa e de longo prazo. Porém, precisa ser acelerada. Pensando nisso, o evento virtual abordou as ações que as redes municipais de educação podem realizar. A computação na Educação Básica já é uma prioridade estratégica em diversos países, refletindo a importância da tecnologia na sociedade.

As normas sobre Computação na Educação Básica (BNCC Computação) foram incorporadas à BNCC, em 2022, no Brasil. As redes de ensino poderiam iniciar a implementação nas escolas até outubro de 2023, contudo, isso não aconteceu.

“Estamos aqui para apoiar esse desafio, mas também muito felizes por poder dizer que o Brasil conta com um documento. Uma referência nacional dessa qualidade traz de forma explícita competências e habilidades que os estudantes brasileiros devem desenvolver e que vão colocá-los no lugar de conhecimento e de desenvolvimento de competências que são essenciais para atuarem em mundo em constante transformação tecnológica”, afirmou Catherine Merchan, gerente de Estudos e Coalizões da Fundação Telefônica Vivo, em sua fala de abertura no evento virtual.

Participaram também da videoconferência sobre a implementação da BNCC Computação nas escolas o professor Amilton Rodrigo de Quadros Martins, cientista da computação, pós-doutor em Educação (ULisboa), doutor e mestre em Educação, e Flavio Campos, professor e pesquisador da Mercer University na área de Educação e Computação. A mediação foi feita por Eduardo Ferreira da Silva, vice-presidente da Undime Mato Grosso e Dirigente Municipal de Educação de Canarana (MT).

 

Universalizar a formação em tecnologia

Um dos pontos mais citados pelos participantes é como a implementação do pensamento computacional, um dos eixos da BNCC Computação, pode ajudar nas escolas. Para eles, não se trata apenas de ter conhecimento tecnológico, mas olhar para sua contribuição ao raciocínio lógico para o aprendizado de todas as disciplinas. Entram nesta conta até as de humanas, como português, história e geografia.

“A computação é uma área de conhecimento obrigatória, transversal para nossa vida”, refletiu Amilton Martins. Ele defende, ainda, a necessidade de diferenciar o uso de tecnologia da Ciência da Computação. “Ela é uma nova área de conhecimento, portanto, não tem como obrigação formar especialistas, mas pessoas que saibam usá-la para suas carreiras no futuro”, completou.

O professor Flavio Campos destaca que nem sempre as redes municipais terão a infraestrutura adequada para o ensino da computação. Por esse motivo, segundo ele, as habilidades apresentadas na BNCC, em sua maior parte, também podem ser desenvolvidas de forma “desplugada”.

A implementação da BNCC Computação nas redes de ensino ainda está no início para a maioria. Nesse sentido, os palestrantes fizeram um alerta sobre a urgência neste processo. Para eles, a tarefa demanda planejamento, engajamento de toda a rede e um olhar cuidadoso às diferenças regionais e socioeconômicas do país.

“Precisamos começar a trazer novos elementos ao currículo para os alunos pensarem de formas diferentes e terem a vida dentro da escola com coisas que vão instigá-los. Por exemplo, desenvolver, solucionar problemas complexos, trabalhar com soluções de coisas no dia a dia deles”, aponta Flavio Campos. “Eu gosto de parafrasear o professor Cortella (Mário Sérgio Cortella, professor, escritor e filósofo brasileiro): não é o melhor possível, mas vamos fazer do possível o melhor.”

 

Investimento é a chave

Em suma, é unânime no universo da educação que o acesso ao conhecimento sobre as novas tecnologias digitais é essencial nas escolas. No entanto, o investimento nesta área ainda é um desafio, o qual, segundo Amilton Martins, vale a pena ser superado.

“Daqui a dez anos nós vamos ver a evolução que o nosso país terá em desenvolvimento econômico, principalmente em economias digitais, que vão ditar o futuro da humanidade como um todo”. E conclui: “O complemento da BNCC é um presente. Hoje pode parecer trabalhoso, até um fardo, mas acreditem, passando dez anos, vamos olhar para trás e veremos a evolução que o país vai ter”.

A videoconferência está disponível na íntegra na galeria de vídeos do Conviva Educação.

A fim de apoiar as redes de ensino na implementação, a Fundação Telefônica Vivo desenvolveu o “Guia de Implementação do Complemento à BNCC, sobre Computação na Educação Básica”. O material apresenta um passo a passo das etapas necessárias para que a Computação seja incorporada ao currículo das redes educacionais como componente curricular ou transversal. Faça o download gratuitamente.

Especialistas discutem desafios e propostas para implementação da BNCC Computação nas redes municipais de Educação
Especialistas discutem desafios e propostas para implementação da BNCC Computação nas redes municipais de Educação