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Durante o congresso Edtechs e as Escolas Públicas, especialistas debatem sobre o novo contexto educacional na perspectiva digital, com foco em inovação e conectividade. Confira!

#Educação#Educadores#TecnologiasDigitais

Na imagem, já uma professora negra utilizando um computador. Ela tem cabelos brancos e lisos

Conectividade, inovação, letramento digital, tecnologias na aprendizagem, atuação dos municípios e formação para o trabalho foram os principais temas debatidos durante o evento online “Edtechs e as Escolas Públicas: avançando na inovação e conectividade”, que ocorreu nos dias 30 e 31 de maio. O congresso foi realizado pelo portal Tele.Síntese com  o objetivo de encontrar alternativas para promover o avanço da qualidade do ensino público com uso de ferramentas digitais. A Fundação Telefônica Vivo foi uma das parceiras.

Nesse sentido, representantes da educação no Brasil se reuniram para entender o novo contexto educacional na perspectiva digital. Estiveram presentes diretores de escolas públicas e privadas, educadores, formuladores de políticas públicas do MEC e de secretarias estaduais e municipais, representantes dos conselhos educacionais e de entidades de classe e dirigentes de empresas de tecnologia e inovação da educação e de conectividade.

Confira a seguir alguns momentos de destaque do evento.

 

Competências digitais: cada vez mais necessárias

A revolução do aprendizado com o uso de ferramentas digitais, como aplicativos, softwares e outras ferramentas, está cada vez mais próxima. Mas para que isso aconteça com a manutenção ou melhora efetiva da qualidade do ensino é preciso que escolas preparem sua estrutura e professores se capacitem.

Competências como robótica, programação, computação e competências digitais fazem parte das habilidades exigidas para os profissionais do século XXI. Além disso, são capazes de melhorar o desempenho dos estudantes em sala de aula.

De acordo com Lia Glaz, diretora-presidente da Fundação Telefônica Vivo, é preciso pensar, também, na preparação das escolas para o novo momento da educação, com a reforma do Ensino Médio.

Lia deu início ao evento como keynote speaker quando declarou: “O que é essa escola que prepara para o mundo do trabalho? Não para substituir o papel da escola, mas para um diálogo que permita, por exemplo, que os cursos técnicos estejam em mídias digitais”.

 

Letramento digital, inovação e conectividade

O painel dedicado ao debate sobre o letramento digital trouxe à tona a importância do uso consciente da internet para o melhor uso possível dela. O último relatório do Fórum Econômico Mundial mostrou como o futuro da economia depende ou pode ser impulsionado com a aplicação de tecnologias. Nesse sentido, o letramento digital, quando trabalhado em sala de aula, funciona como uma preparação para o mercado de trabalho.

Lia Roitburd, gerente Sênior de Projetos Educacionais da Fundação Telefônica Vivo, pontua que o letramento digital não se limita a uma atuação pontual. Mas contribui com uma formação para melhorar a qualidade de vida. “Atualmente, quem não tem as competências digitais fica fora de oportunidades de aprendizagem, profissionais e mesmo de proteção de dados. Também é papel da escola demonstrar essas oportunidades”, explicou durante o evento.

Larissa Santa Rosa, especialista em Educação e Tecnologia do Cieb, definiu que o letramento digital passa por três esferas do conhecimento. “A primeira é a cultura digital, quando o estudante entende os impactos da tecnologia na sua vida pessoal, em comunidade e nos seus direitos e deveres como cidadão. Depois vem a tecnologia digital, ao entender os componentes e o consumo de tecnologia. Por fim, o pensamento computacional, uma habilidade voltada à resolução de problemas”.

Rita Junqueira de Camargo, gestora de Desenvolvimento Institucional do Instituto Catalisador, defendeu a importância da integração do letramento digital a outros conteúdos do currículo, uma vez que ele se relaciona com diferentes áreas do conhecimento. Além disso, ela levou para o debate a relação entre a falta de acesso aos recursos digitais e exclusão social. “Se a gente não der essa oportunidade aos estudantes, eles não conseguem participar ativamente e criticamente da sociedade”, pontua.

Tecnologias na potencialização de aprendizagens

No primeiro painel do segundo dia de evento, a principal discussão foi sobre como é possível incorporar o ensino sobre tecnologias digitais à realidade das escolas brasileiras. Bem como sua importância para a formação de estudantes e desenvolvimento dos cidadãos e profissionais do futuro.

Participaram do debate Cinara Moura, Gerente de Marketing de Produto do Instituto Ayrton Senna, Lucia Dellagnelo, Especialista em Educação e Desenvolvimento Humano, Daniely Gomiero, Diretora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social e VP de Projetos do Instituto Claro, e Marcelo Pascios, Diretor Presidente da ASSESPRO-SP e do ITI – Instituto Tecnológico Inovação.

De acordo com os palestrantes, além da estrutura básica de conectividade para o uso de ferramentas tecnológicas e recursos online que levem à inovação, tanto nas escolas como na casa dos estudantes, é preciso investir na capacitação de professores. Afinal, são eles que precisam estar à frente dos conhecimentos sobre esses temas para orientar os estudantes.

“Eu defendo muito que a gente crie, no Brasil, uma concepção do que é uma escola conectada. Quais são os mínimos parâmetros de competências e infraestrutura e competências de professores que são necessários para que a escola saiba usar a tecnologia para aprendizagem”, afirma Lucia Dellagnelo.

Para a especialista, também é preciso desconstruir a ideia de que os jovens conhecem mais as tecnologias do que os professores. Pelo contrário: eles precisam aprender, na escola, como devem fazer o uso correto delas. “O jovem é um usuário de tecnologia. Entretanto, isso não garante que ele conheça as implicações éticas relacionadas ao seu uso”, explica.

Como forma de aferir que as competências digitais sejam incluídas, de fato, no currículo escolar dos jovens, é preciso pensar na tecnologia como um meio e não um fim, na visão de Cinara Moura, Gerente de Marketing de Produto do Instituto Ayrton Senna. “Se o chat GPT traz respostas parecidas para todo mundo, acho que essa é uma boa oportunidade para aprendermos a formular boas perguntas, o que, para mim, é uma das grandes habilidades para o futuro”, exemplifica.

Digitalização das escolas por estados e municípios

O que os órgãos governamentais têm feito para promover o avanço da digitalização nas escolas? Essa foi a pergunta que norteou o debate no painel com a participação de Bruno Marques Correia, Superintendente de Tecnologia da Secretaria Estadual de Educação de Goiás, Professora Dra. Germania Kelly Furtado Ferreira, Coordenadora da Academia Darcy Ribeiro e responsável pelas ações de tecnologia da Secretaria da Educação de Fortaleza, Milene Franco Pereira, Gerente Sênior de Relações Governamentais da Qualcomm, e Silvana Copceski Stoinski, Líder da Política de Tecnologia no Ambiente Escolar na Secretaria de Educação de Mato Grosso.

O encontro contou com a troca de ideias sobre projetos feitos por órgãos públicos e organizações do terceiro setor voltados ao ensino digital. Também foram avaliados os impactos positivos gerados por essas implementações. Isso porque promover o conhecimento em tecnologia é uma demanda educacional. Mas também econômica e político-social.

A Dra. Germania Kelly Furtado Ferreira defendeu que a inserção digital dos alunos é o que vai fazer com que eles possam se inserir de maneira cidadã em um governo que já está digital. “Quando se fala de cidadania, falamos também de acessar as políticas sociais a partir de uma educação de qualidade. Que vá além das competências básicas de matemática e língua portuguesa”, diz.

Já Milene Franco Pereira reforçou a relevância da presença das tecnologias em sala de aula. “Qualquer estudante precisa ter um letramento digital. Então, estarem inseridos nesse ecossistema tecnológico na escola e aprenderem a fazer o uso de ferramentas e dispositivos digitais vai fazer muita diferença”, finaliza.

Como o ensino público pode avançar na inovação e conectividade?
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