O Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais (GENTE) está quase totalmente implementado. Confira seus diferenciais!
Lançado em março, projeto GENTE está cerca de 70% implementado
O Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais (GENTE) está em andamento há oito meses e já foi, aproximadamente, 70% implementado, segundo Rafael Parente, subsecretário de novas tecnologias educacionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, idealizadora do projeto.
Trata-se de um conceito de escola centrada na individualização da aprendizagem do aluno e propõe práticas pedagógicas com uso de novas tecnologias educacionais e ênfase na formação dos professores. O piloto acontece na Escola Municipal André Urani, na Rocinha, Rio de Janeiro, e atende 180 alunos, do 7º ao 9º ano.
Balanço do projeto
Na avaliação de Parente, como toda proposta ousada, o GENTE tem avançado bastante, mas não sem dificuldades. “Como inova em conteúdo, método e gestão, o projeto pede que o aluno seja muito mais autônomo e que o professor mude radicalmente o seu papel”, justifica.
Ter implementado 70% nesse período é algo positivo, já que o cuidado com a implementação é o que leva ao sucesso de qualquer iniciativa. “Com os parceiros, temos acompanhado de perto tudo o que tem acontecido e realizado adaptações ao plano original”, explica.
Primeiros resultados
Os professores têm revelado que é surpreendente o quanto os alunos já estão mais independentes, autônomos e donos de sua própria formação. O subsecretário conta que até os próprios educadores estão muito felizes com os ganhos e não querem deixar a escola.
Uma história, em particular, emocionou Parente: “Um dos alunos que está no 9º ano e que tem tido bons resultados acadêmicos pediu para ser reprovado ao fim deste ano letivo. Ele disse que tem certeza de que aprenderá muito mais se puder continuar na André Urani”.
Casamento perfeito
Para o representante da SME Rio, a boa educação pode acontecer em todos os lugares e em todos os momentos, com reflexões e diálogos, independentemente de ferramentas tecnológicas como computadores e Internet.
Por outro lado, o desejo do estudante, revelado aqui por Parente, talvez possa ser atribuído justamente à união entre educação e tecnologia. Ele entende que a utilização de novas tecnologias, quando feita da melhor forma, aumenta a motivação não só de alunos, mas também de professores, expande oportunidades de aprendizagem quebrando os limites de tempo e espaço, e auxilia na personalização para necessidades e estilos individuais.
Conectar para transformar
“Precisamos construir pontes e abandonar posturas individualistas”, opina o subsecretário, endossando nossa crença institucional: conectar para transformar. Para ele, não há inclusão real sem parcerias e forças complementares. “Precisamos estar prontos para as oportunidades e desafios do mundo atual e, para isso, as parcerias de setores diversos da sociedade são essenciais”, finaliza.