A Edu4.me, iniciativa que reúne empresários em equipes de trabalho voltadas para soluções tecnológicas, promoveu um debate sobre novas formas de ensino.
Tecnologia e educação: Edu4.me promove debate sobre novas formas de aprendizado
Sorria: A Mudança Está Sendo Filmada foi o título do terceiro painel do Circuito RIA Fortaleza. Como o próprio título já diz, a conversa teve como tema o registro audiovisual de um conteúdo que mostre e divulgue ações de transformação social espalhadas pelo Brasil.
Mediados pela publicitária e escritora Vania Ferrari, os convidados – Mara Mourão, diretora do filme Quem Se Importa; Roger Pires, do Coletivo Nigéria, realizadora de filmes como Com Vandalismo; Luiz Bolognesi, roteirista e diretor de longas como Educação.doc; e Susanna Lira, documentarista especializada em Direitos Humanos – trataram da mensagem passada por suas produções e do alcance delas dentro do cenário brasileiro.
Mara, que na produção mencionada buscou histórias inspiradoras de empreendedores sociais pelo mundo, começou falando sobre a experiência. “Primeiro me perguntei como a gente mede esse impacto social? A métrica é outra. É fácil fazer com uma empresa. Mas e de um projeto que faz crianças serem menos violentas na escola? Ele começa inspirando a própria equipe e vai contaminando. Hoje temos 100 mil pessoas nas redes sociais, e me sinto muito sortuda por viajar o mundo para conhecer pessoas incríveis.”
Roger, que representou o Coletivo Nigéria, grupo de comunicadores da própria cidade de Fortaleza, lembrou que o longa Com Vandalismo, sobre as manifestações de rua de 2013, teve grande repercussão sem chegar aos festivais de cinema ou televisão. “Hoje temos câmeras fotográficas que filmam e notebooks que, hackeando um programa ou outro, a gente consegue editar. O coletivo é essencialmente produção e feita por comunicadores. Nossa experiência é adicionar uma comunicação ou expressão artística pela gente mesmo. E no caso do Com Vandalismo, a gente já iria às manifestações de qualquer forma, como pessoa comum, então a gente faz parte do processo.”
Na fala seguinte, Bolognesi fez coro às declarações de Roger e também criticou o posicionamento das redes da TV aberta, dizendo que “a concessão da mídia do nosso país é uma palhaçada, uma comédia, hereditária, com o cara podendo colocar o que quiser no ar”. O cineasta, que agora prepara uma série com base na pesquisa Juventude Conectada, da Fundação Telefônica Vivo, reforçou ainda seu papel de militante do audiovisual: “Eu acredito no poder do audiovisual para transformar a realidade. Se o Che Guevara nascesse hoje, estaria com uma câmera e um celular na mão, porque essa é a trincheira hoje, ir contra a informação dominante.”
Por fim, Susanna contou sua trajetória na área – depois dos primeiros trabalhos como jornalista, resolveu estudar os direitos humanos para ter mais propriedade no assunto – e também falou sobre as possibilidades das novas formas de comunicação. “Eu, você ou qualquer um podemos, com uma causa importante, sensibilizar as pessoas para aquilo que se está comunicando. Aí a gente percebe o quanto o audiovisual e a tecnologia podem ser revolucionários.”
Os participantes comentaram com a plateia as portas de entrada dessas produções, compartilhando da ideia de que, apesar de um ou outro espaço nas mídias tradicionais (TV), as produções desse tipo precisam buscar novas formas e alternativas para divulgarem seus trabalhos. E, falando sobre temas que já trabalharam ou estão pesquisando, seguiram engajando o público com base nas possibilidades para quem buscar espaço dentro do mercado audiovisual.
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