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O mapa mental é utilizado em práticas pedagógicas como ferramenta que ajuda a tornar visível o pensamento conceitual dos educandos

#Educação#EnsinoMédio#TecnologiasDigitais

Mãos mexendo nas teclas de um notebook, com uma aparição gráfica de um mapa conceitual, com quadrados brancos e flechas entre eles.

Muito utilizado em práticas pedagógicas, o mapa mental é sobretudo uma ferramenta que ajuda a tornar visível o pensamento conceitual dos educandos. Isso porque durante as aulas, os educadores explicam diversos conceitos, dos mais simples aos mais complexos.

Mas de que forma os educandos compreendem o que está sendo ensinado? Como se documenta o processo de conectar os conhecimentos prévios da turma e as novidades trazidas pelo educador? Atualmente há inúmeras possibilidades digitais para trabalhar com essa ferramenta de sistematização do conhecimento.

Na visão de Julia Andrade, fundadora da Ativa Educação, o mapa mental evidencia a maneira como os estudantes constroem conexões entre elementos do pensamento que, se não forem tornados visíveis, ficam subjetivos e imprecisos.

“Esse tipo de aprendizagem é importante para tornar visível o que normalmente é invisível: o que está acontecendo dentro do pensamento dos estudantes e com isso também vai se fortalecendo uma capacidade metacognitiva. Ou seja, de perceber como a gente aprende e quais ferramentas nos ajudam a aprender melhor”, aponta Julia.

 

Como fazer um mapa mental?

Uma das bases teóricas da aprendizagem visível, o Projeto Zero, da Faculdade de Educação de Harvard, descreve as principais etapas para a criação de um mapa mental:

  • listar palavras-chave;
  • classificar, bem como organizar as ideias, das mais gerais às mais específicas, e como elas se vinculam;
  • conectar essas ideias, com marcas visuais de diversas formas e cores para mostrar a conexão entre os conceitos;
  • elaborar um parágrafo síntese sobre o objetivo daquele mapa mental.

 

Mapas mentais e a metodologia ativa 

A educadora Liliane Anastásio, pedagoga e professora de matemática da rede pública de ensino de Belo Horizonte (MG), trouxe a prática do mapa mental para a sala de aula após participar de um curso sobre  . Durante a formação, ao passo que os educadores realizavam um mapa mental de suas vidas e, ao trocar impressões com seus colegas, Liliane visualizou a potência da ferramenta.

“Nosso cérebro funciona com associações”, comenta Liliane. “A matemática é exata, mas o processo de chegar na resposta são infinitos. Portanto, se o aluno quiser responder uma equação com um texto, é possível. Por isso, percebo que para um mapa mental o pensamento associativo é mais importante do que o linear.”

Segundo ela, o retorno dos educandos é positivo, e eles pedem para realizar mapas mentais também em outras disciplinas. Além disso, o trabalho de Liliana despertou o interesse de seus colegas de profissão. “O mapa mental é extremamente útil no processo de armazenagem e organização de informações. E o processo de construção desses mapas mentais pode ser considerado uma metodologia ativa, já que cada pessoa que constrói o seu mapa mental é protagonista do seu próprio conhecimento.”

 

Conheça ferramentas digitais para fazer um mapa mental 

Para além dos tradicionais papéis e canetas – que continuam sendo bastante úteis na criação de mapas mentais analógicos -, atualmente existem dezenas de ferramentas digitais que possibilitam a criação de um mapa mental. Assim, além de gratuitas, essas plataformas permitem um uso compartilhado e interativo, com diversos recursos como a inserção de cores, formas, conectores e setas, e a possibilidade de corrigir erros com facilidade.

Conheça algumas delas, indicadas por Julia Andrade e Liliane Anastásio:

Conheça ferramentas digitais que facilitam a produção de um mapa mental na sala de aula
Conheça ferramentas digitais que facilitam a produção de um mapa mental na sala de aula