A AFESU incentiva a presença de mulheres na tecnologia por meio de projetos e cursos profissionalizantes para formar jovens e inseri-las no mercado de trabalho. Saiba mais!
De fato, a falta de presença de mulheres na tecnologia não é uma novidade. Segundo o relatório do IBGE “Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, as mulheres representam apenas 25% dos graduados nos últimos anos de curso na área de Tecnologia e 20% dos profissionais no mercado de trabalho.
Nesse sentido, a pouca representatividade feminina na tecnologia acaba afastando jovens estudantes dessa área. Por outro lado, o setor demanda mais mão de obra profissional, a cada dia que passa.
“Provavelmente esse é um dos fatores que mais justifica a baixa presença de mulheres na tecnologia. Seja pela falta de incentivo ao estudo em áreas como STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português) ou pela falta de referências. O que acarreta em um setor majoritariamente masculino”, aponta Elis Kauahara, diretora da AFESU.
A AFESU é uma das primeiras ONGs do Brasil a atuar com educação e profissionalização de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Desde 1963, oferece formação gratuita para jovens de 8 a 24 anos de idade, a fim de inseri-las no mercado de trabalho e formar lideranças femininas.
“Sabemos que a área de tecnologia é um mercado ainda pouco diverso. A AFESU oferece projetos e cursos profissionalizantes para formar mais jovens que se apaixonem pela tecnologia e sigam carreiras nessa área”, declara Elis.
Laboratório maker para formação tecnológica completa
Em 2021, a AFESU foi uma das instituições selecionadas para participar do Dia dos Voluntários, que faz parte do Programa de Voluntariado da Fundação Telefônica Vivo. Como resultado da sua participação no projeto, a ONG recebeu um laboratório maker focado na autonomia da aprendizagem. Dessa forma, a instituição passou a oferecer novos cursos na área da tecnologia para as jovens beneficiadas.
Contudo, o Programa de Voluntariado manterá a parceria com a AFESU por mais dois anos, focando em iniciativas que priorizam a qualidade da educação. Conforme mapeamento realizado sobre as necessidades da instituição, existe o interesse em ações direcionadas à capacitações e treinamentos.
Vinte moradoras do Jardim Taboão, em São Paulo, com idade entre 15 e 17 anos, participam do projeto Primeiro Emprego. Durante o período de um ano, elas recebem lições de gestão administrativa e empresarial, empreendedorismo, informática básica, técnicas de negociação, redação e postura profissional. As alunas precisam estar matriculadas no Ensino Médio e são preparadas para inserção no mercado de trabalho.
“Acima de tudo, a estrutura do lab maker é pensada para facilitar a aplicabilidade do método de aprender fazendo. Ou seja, são bancas altas, com equipamentos manuais e máquinas, justamente para que as jovens sejam protagonistas no processo de ensino-aprendizagem”, explica Elis.
Além disso, a diretora da instituição comenta que o acesso a um espaço todo equipado e preparado para as oficinas é um grande estímulo para a aprendizagem das jovens.
“Portanto, o contato com um ambiente moderno e com equipamentos de alta qualidade faz com que se sintam mais inspiradas para realizarem projetos inovadores. Porque os recursos são diferentes dos que elas estão habituadas a encontrar nas estruturas das escolas regulares”, afirma.
Aumentando a presença de mulheres na tecnologia
“Nos últimos anos, a tecnologia se configura como a área de destaque nos relatórios de profissões do futuro. Tanto pelo crescimento de soluções disponibilizadas pelo mercado, como pela escassez de mão de obra para acompanhar esse crescimento”, aponta a diretora da AFESU.
Dessa forma, programas de inclusão e para aumentar a presença de mulheres na tecnologia são fundamentais na luta por equidade de gênero. Afinal, a presença feminina na tecnologia pode promover ganhos significativos em estudos, uma vez que é estimulada a diversidade de pessoas nesses grupos de pesquisa.
“Então, é fundamental encorajar as meninas desde cedo a conhecerem e estudarem esse setor e suas ferramentas. Bem como estimular o uso da tecnologia no dia a dia e despertar o interesse nessa formação. Além de garantir profissionais aptas para oportunidades no futuro”, conclui Elis Kauahara.
Para inspirar meninas e mulheres na tecnologia
Durante a Semana das Profissões da AFESU, uma roda de conversa, realizada em 21 de janeiro, contou com a participação de Denise Inaba, vice-presidente de TI da Vivo. O encontro teve como objetivo ampliar os horizontes das jovens participantes do projeto a partir do ponto de vista de quem ocupa uma posição de liderança no mercado. Representatividade feminina na tecnologia e mercado de trabalho foram alguns dos temas abordados.
Denise compartilhou com as jovens beneficiadas pela instituição a sua trajetória na área de tecnologia e os desafios da profissão. Atualmente, o setor apresenta mudanças significativas relacionadas à representatividade feminina.
“Um grande desafio para a AFESU é criar uma cultura diferente entre as nossas beneficiárias, trabalhar essa crença para que entendam que a área de tecnologia pode ser promissora para as jovens e que há muitas mulheres inspiradoras na área que já abriram caminhos”, afirma Elis.
Do mesmo modo, gerentes da Diretoria de Atacado da Vivo realizaram uma capacitação para as funcionárias da AFESU com foco em técnicas de comunicação e apresentação. O encontro ocorreu em 15 de fevereiro.
“Com certeza, essa formação reverberará em nossas beneficiárias por muito tempo, já que o conhecimento adquirido pelas nossas colaboradoras e voluntárias será multiplicado. Obrigada, Vivo, por essa parceria!”, celebra Elis.
Com o propósito de seguir o mapeamento das necessidades da AFESU, o Comitê de Voluntariado da Fundação Telefônica Vivo promoverá mais ações ao longo do ano. Rodas de conversas e capacitações serão realizadas com a participação dos talentos internos da Vivo.