A criação de narrativas é ancestral ao ser humano e nos leva a desenvolver diversas competências que são exigidas em um mundo hiperconectado e em movimento. Conheça mais sobre a nova formação da plataforma Escolas Conectadas!
“Somos uma comunidade de contadores de histórias. E em tempos turbulentos e de crise como o que vivemos, contar histórias sempre foi essencial. As histórias podem mudar nossos corações e nossas mentes. Elas podem nos ajudar a ver o outro por uma nova perspectiva, a ter empatia, a reconhecer que, apesar de toda a nossa diversidade, em primeiro lugar somos seres humanos, certo?”, o discurso da atriz Jane Fonda, na cerimônia do Globo de Ouro 2021, exemplifica o poder de criar e contar histórias.
Assim como é utilizada no Cinema, a construção de narrativas é uma poderosa ferramenta na educação, que pode estimular a preservação da cultura oral, o autoconhecimento, a percepção de mundo e o desenvolvimento de habilidades digitais. É com esse intuito que a plataforma Escolas Conectadas, parte do programa global ProFuturo – criado pela Fundação Telefônica e pela Fundação Bancária “la Caixa”, lança o curso Narro, logo existo: criando histórias digitais e recursos multimídia.
Alinhado à BNCC e ao Novo Ensino Médio, o curso aprimora diversas competências pedagógicas junto aos educadores, que poderão trabalhar com estruturas básicas de diferentes narrativas, identificar diversas possibilidades de transmiti-las, perceber como as tecnologias contribuem para a pesquisa, o resgate, registro e compartilhamento dessas informações, além de discutir o impacto disso no mundo, com respeito e apreciação da diversidade por meio do uso da tecnologia.
Desde a invenção da imprensa até o uso da internet e seus aplicativos, as pessoas vêm mudando a forma de trocar informações. Contar histórias é algo ancestral para a espécie humana e perpetuou conhecimentos e experiências de geração em geração. Embora façamos isso naturalmente, o uso da linguagem é variado e pode ser aprimorado.
“Contar histórias é um dos elementos fundamentais para o desenvolvimento de competências linguísticas: gera contexto e traz sentido à língua ao colocá-la em funcionamento”, afirma Patrícia Schäfer, integrante da equipe executora da plataforma Escolas Conectadas e responsável pela área pedagógica das formações. “Em um mundo hiperconectado, são inúmeras mídias à disposição de alunos e professores para que produzam e compartilhem histórias. Também são múltiplos os olhares e mecanismos de escuta para que as narrativas sejam aprimoradas”, complementa.
Resgatando o encantamento da infância
Todos temos um filme que ficou gravado em nossa memória e nos ajudou a entender questões complexas. O Cinema potencializa existências e narra fatos de modo encantador. Da mesma forma, uma das grandes propostas do curso Narro, logo existo é aliar a utilização de recursos digitais à criação de narrativas.
Narro, logo existo: criando histórias digitais e recursos multimídia
Modalidade: Autoformativo
Carga horária: 30 horas
Certificadora: Centro Universitário Ítalo Brasileiro
Competências gerais da BNCC: Conhecimento; Pensamento científico, crítico, criativo; Comunicação; Cultura Digital; Argumentação.
Recomendação de etapas: Ensino Fundamental e Médio.
Áreas do conhecimento: Linguagens, Ciências Humanas, Transversal/ Projetos interdisciplinares
“A gente não vive sem contar histórias. O que nos faz humanos não é a capacidade de pensar, mas sim de elaborar esses pensamentos e experiências. Somos seres discursivos. Esse discurso só acontece na presença do outro. Quando você diz algo a alguém, você passa a existir”, afirmou Penélope Martins, escritora de livros infanto-juvenis e mediadora de leitura, em entrevista sobre como usar a contação de histórias a favor do brincar.
Quando somos crianças, contamos histórias de forma lúdica e imaginativa. Há uma partilha mais aberta com adultos e com outras crianças, frequentemente inventamos personagens, criamos hipóteses e, naturalmente, nascem as narrativas. É comum que no percurso escolar nem sempre haja oportunidade para fortalecer essas características.
“Além de ideias, orientações sobre diferentes tecnologias e inspirações para a construção de narrativas, o professor terá no curso apoio para mobilizar e resgatar a contação de histórias entre os estudantes, o que permitirá organizar e aprofundar aprendizagens sobre esse tipo textual”, resume Patrícia Schäfer.
Mais do que trabalhar competências exigidas pelo século XXI, a formação visa ampliar o repertório do professor para mostrar aos estudantes a importância da utilização das tecnologias de forma diversa, crítica e reflexiva para que eles enfrentem desafios e se coloquem como agentes das mudanças sociais.