Documento aprovado pelo Conselho Nacional de Educação traz novas normas para a formação inicial e pode ser um grande passo para melhorar a educação brasileira. Conheça os principais pontos abordados.
Em novembro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou por unanimidade as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica, documento que orienta a criação e a organização dos cursos de Licenciaturas e Pedagogia no Ensino Superior público e privado.
As novas DCNs apontam estratégias para melhorar a relação entre teoria e prática da formação docente e entre as instituições formadoras e as redes de ensino. Na avaliação do Todos pela Educação, que participou ativamente das discussões, elas podem representar o início de uma transformação profunda na formação inicial de professores.
“Melhorar radicalmente a formação de professores requer uma série de políticas articuladas, pois o desafio não é simples. Apesar de termos boas experiências, poucos tratam dos conteúdos que os futuros docentes deverão ensinar e estão descolados da realidade das escolas. Com as novas DCNs, há uma clara indução para que esses desafios sejam enfrentados”, diz Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.
Assunto prioritário
O documento substitui a Resolução nº 02/2015 sobre como os cursos de formação docente deveriam ser estruturados. A medida não chegou a ser implementada pelas Instituições de Ensino Superior, mas precisava ser revista para dialogar com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que está em fase de implementação nas escolas brasileiras.
Em sua coluna para a Isto É, o educador Mozart Neves, diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, ressalta que investir na boa formação dos professores é uma das maneiras mais eficientes de elevar a qualidade da educação.
“Todos os estudos mostram que, entre os fatores que podem ser controlados pela política educacional, o professor é o que tem maior peso na determinação do desempenho escolar dos alunos. Tomando isso como premissa, a questão agora é concentrar nossos esforços no professor, a começar pela atratividade da carreira docente para os jovens egressos do Ensino Médio,” escreve ele.
Os próximos passos
A nova resolução e o parecer do CNE seguem agora para a avaliação do Ministério da Educação (MEC) e será fundamental para que as mudanças apontadas se concretizem em impactos na formação inicial dos professores.
Uma das medidas prioritárias é melhorar o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), o que significa mudar critérios e indicadores de qualidade e os instrumentos de avaliação dos cursos.
A seguir você confere as principais mudanças trazidas pelas Novas Diretrizes Curriculares para formação docente, segundo o Todos pela Educação: