O pensamento computacional está muito presente em nossa vida – mais do que você imagina

De quais formas o pensamento computacional, que está presente na nossa vida e a gente nem vê, pode ser introduzido à sala de aula por educadores de qualquer disciplina? Para responder essa pergunta, a Fundação Telefônica Vivo realizou, na última quarta-feira (15),  um webinar gratuito sobre o tema, com a participação da presidente do Instituto Conhecimento para Todos, Mônica Mandaji.

O evento serviu também para lançar o curso Introdução ao Pensamento Computacional, uma jornada prática e introdutória sobre o tema, que pode ser definido como um conjunto de estratégias que prioriza a investigação, a aprendizagem criativa e a resolução de problemas. Realização do programa Escolas Conectadas, o curso tem carga horária de 10 horas e pode ser realizado até o dia 31 de dezembro de 2023. Ele é totalmente gratuito e online, além de ser 100% alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

 

Quebrando estereótipos

É uma crença comum relacionar o pensamento computacional e o raciocínio lógico somente ao uso da matemática e da tecnologia. Na opinião de Mônica, essa visão é equivocada, já que educadores de todas as disciplinas podem inserir o tema em seus projetos pedagógicos, desenvolvendo assim nos estudantes a capacidade de pensar de forma crítica e investigativa em suas atividades cotidianas.

Afinal, o pensamento computacional pode ser a base de uma aprendizagem cada vez mais criativa e inovadora. “O pensamento computacional não é do computador: ele é dos indivíduos, dos estudantes e educadores que estão lidando com a nova realidade do século 21”, define Mônica. “Ele utiliza elementos da ciência da computação para estimular a resolução de problemas que facilitam a nossa vida.”

E como isso acontece na prática? Ao obter um problema, reparta-o em pequenas células, crie diferentes categorias e, em um primeiro momento, elimine o que era supérfluo. “O pensamento computacional é isso: ele resolve o problema grande e depois vai trazendo os elementos menores. É assim que se cria um algoritmo para a resolução dos problemas”, resume.

O pensamento computacional é a base de profissões atuais que lidam com gestão de tecnologia, cultura digital e sistemas computacionais. “Daqui a alguns anos, ele será a base de diferentes profissões que estão para surgir”, aposta Mônica. Ela complementa que, por estar diretamente atrelado ao raciocínio lógico, a gente usa esse tipo de pensamento o tempo todo, para tudo o que fazemos – mesmo que às vezes seja difícil perceber.

“Hoje, para pegar ônibus em uma cidade grande, você precisa estar conectado na cultura digital. Nós enquanto educadores temos responsabilidade moral e ética de levar isso para dentro da sala de aula”, defende.

 

Pensamento computacional desplugado

Interativo, o webinar propôs problemas a serem solucionados ao vivo pelos participantes. Um deles pediu para os professores identificarem os padrões de cores em uma sequência, e os cinco vencedores ganharam um kit com três atividades de pensamento computacional desplugado para fazer em sala de aula.

“Para escolas com desafios de infraestrutura: é possível trabalhar pensamento computacional e programação sem ter computador, desenvolvendo o raciocínio lógico com computação desplugada”, aponta Mônica. “Há diversos exemplos práticos de como trabalhar esse conceito de forma desplugada, dando elementos para que os estudantes entendam a forma como o computador pensa.”

Assista ao webinar na íntegra aqui.

Para aprofundar esses conceitos, inscreva-se gratuitamente no curso “Introdução ao Pensamento Computacional”.