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As empresas estão ressignificando sua atuação em busca de sustentabilidade, responsabilidade social e governança em suas ações. Entenda a sigla e saiba o que significa na prática

Ilustração sobre ESG

 

No mundo dos negócios, a sigla ESG ganhou mais relevância nos últimos tempos. Mas com a chegada da Covid-19, o assunto se intensificou ainda mais. De acordo com pesquisa da Global Institutional Investor Survey, realizada com 200 instituições proprietárias de ativos que totalizam US$ 18 trilhões, foi constatado que 77% dos investidores aumentaram os investimentos ESG significativamente em resposta à Covid-19.

A sigla ESG se refere aos três principais fatores para acompanhar como as empresas adotam boas práticas dentro desses três aspectos: Environmental, Social and Governance (em tradução: Ambiental, Social e Governança). A análise deste conceito pode determinar como uma empresa se posiciona em relação ao planeta e à sociedade em que está inserida.

“O ESG já vem sendo objeto de acompanhamento por várias entidades internacionais e empresas desde a década de 1980, quando iniciaram os primeiros movimentos nesta direção e que passaram a ganhar maior escala e visibilidade quando as principais instituições financeiras e fundos de investimentos buscaram alocar os seus recursos em empresas com responsabilidades quanto a estas boas práticas”, explica Eduardo Valério, CEO da GoNext Governança & Sucessão.

Por parte dos investidores, a ideia de levar a ESG em consideração é porque as companhias mais preocupadas com essas questões estão menos expostas a riscos e, com uma atuação mais transparente e ética, tendem a trazer mais retorno financeiro.

Quando surgiu a ESG?

A sigla apareceu pela primeira vez em dezembro de 2004 no relatório “Who Cares Wins”, desenvolvido pelo Departamento Suíço de Assuntos Exteriores em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Instituições financeiras de diversas nações, dentre elas o Brasil, também participaram. A ideia era unir representações de vários países para encontrar formas de envolver o tema no mercado financeiro. “A partir daí, os critérios ESG passaram a ser considerados para tomar decisão sobre investimentos, além de servirem como incentivo para as empresas melhorarem sua performance de investimentos no longo prazo”, explica Eduardo Valério.

Apesar disso, antes do termo ESG ser oficializado, algumas empresas e instituições do mercado financeiro já vinham construindo a compreensão de que era necessário considerar critérios sociais na tomada de decisão sobre quais empresas deveriam receber investimentos.

O conceito chegou com mais força no Brasil no ano passado, ainda que em menor escala comparado com o que se vê na Europa e nos Estados Unidos. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos brasileiros que seguem padrões de sustentabilidade e governança dobraram em 2020 e atingiram 1 bilhão de reais, ou seja, essa mudança também gera lucros para os negócios.

O caminho da longevidade para essas empresas em um mundo super conectado é ter uma postura mais engajada socialmente.

“A aceleração no país está diretamente ligada ao melhor esclarecimento sobre a vital responsabilidade das empresas em modificar o meio ambiente e a ter, de fato, um projeto sustentável. Os próprios consumidores têm ficado mais atentos e cobrado mais posicionamentos das empresas a respeito desses assuntos como responsabilidade social”, ressalta o especialista.

ESG e o empreendedorismo

Para quem pensa em iniciar um negócio, o ideal levar em consideração esse modelo harmonioso, que integra as demandas que visam a manutenção e recuperação dos recursos naturais e o bem viver da sociedade.

Segundo Eduardo Valério, esses critérios podem levar a sociedade a um outro patamar, chegando à economia consciente.

“É preciso pensar desde o início em como ser uma empresa que trabalha para contribuir positivamente com a sociedade. Não dá mais para só pensar no lucro. É preciso pensar nos impactos, seja através do seu produto ou de um modelo de negócio que valorize algum aspecto social ou ambiental”. 

Para implementar o conceito ESG nos negócios, Eduardo esclarece que o primeiro passo é se aprofundar no conhecimento sobre o tema. “Após o perfeito entendimento, sugiro estabelecer um projeto em fases e ter grande determinação e controle na implantação. Os custos variam conforme a abrangência e velocidade da implementação, mas posso garantir que todas as empresas terão condição de colocá-lo em prática, respeitando, claro, as suas características. A longo prazo, essas mudanças vão trazer bons frutos”, finaliza.

O que é ESG e por que o conceito se tornou tão importante para os negócios?
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