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As oportunidades de mudança se fazem a partir da relação entre as soluções pensadas coletivamente para impactar o entorno e das estratégias para colocá-las em prática. Saiba mais!

Quando falamos em empreendedorismo social, nos referimos ao tamanho do  impacto social que um produto ou serviço é capaz de gerar na vida de um determinado público-alvo, que partilha dos mesmos desafios. Não por acaso, essa também é uma das definições para comunidade. Ao estabelecer essa relação, empreender passa a ser a criação de soluções coletivas para problemas compartilhados.

“O conceito de empreendedorismo ainda é muito voltado para as classes mais altas. Mas a ideia de solucionar problemas não é nova nas periferias. Quem pode realmente atender as comunidades são as pessoas que fazem parte dela. São elas que vivenciam as experiências e os desafios na pele”, comenta a empreendedora Larissa Libanio, 23, cofundadora da Clubebook.

Na opinião da jovem comunicadora, fica cada vez mais difícil separar empreendedorismo de comunidade, principalmente neste momento em que a imagem das grandes empresas está diretamente ligada à maneira como elas decidem fazer uso de seus recursos. Seja através de hábitos sustentáveis, programas de voluntariado ou investimento em causas sociais, o objetivo é impactar positivamente o entorno dos clientes e consumidores.

Oportunidades a partir do autoconhecimento e da necessidade 

Mas antes de pensar em ações e estratégias, é preciso investir em uma jornada de autoconhecimento. Quais são os objetivos para o negócio? Que problemas será resolvido e por quê? A partir destes questionamentos, é possível exercitar um olhar atento e empático para o ambiente no qual o empreendedor está inserido, buscando respostas no cotidiano das pessoas que quer alcançar.

Foi o caso de Larissa, que se encontrou como empreendedora social quando passou a analisar as particularidades de uma comunidade na prática. Tudo começou com uma atividade extracurricular gratuita, para complementar a graduação em Jornalismo.  Uma das opções era o curso de Empreendedorismo, oferecido pelo Projeto Arrastão, organização que dá suporte e acolhimento às famílias da região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo. 

Larissa Libanio, cofundadora da Clubebook

A partir do primeiro contato com a iniciativa, a jovem entendeu a importância do programa para promover educação, acesso à cultura, habitação e qualidade de vida. Ao longo de quatro meses, Larissa continuou a trabalhar na comunidade, mapeando os problemas, pensando em soluções, aprendendo a empreender e se reconhecer como agente de transformação.

O próximo passo foi encontrar uma causa que a mobilizasse como indivíduo e como empreendedora. Depois de fazer uma entrevista com uma escritora, que passava por dificuldades para publicar seu livro, Larissa pensou em como a literatura nacional não alcança a todos os brasileiros, seja pela falta de acesso ou pela seletividade das editoras.

Junto com dois colegas de faculdade, Jéssica Pereira e Raphael Augusto, surgiu a ideia de criar o Clubebook, uma startup de marketing literário que oferece apoio à divulgação para pequenos autores nacionais impulsionarem suas vendas. Em 2017, o negócio começou a funcionar com os primeiros clientes e fez parte dos empreendimentos acelerados no Pense Grande Incubação.

Desde então, o aprendizado de Larissa tem sido contínuo. “Ainda estamos decidindo que caminho queremos seguir com a startup, mesmo depois de quase quatro anos de atuação. Aplico o jornalismo, o marketing e o empreendedorismo social em tudo o que faço e fico aberta a novas possibilidades de negócio. Agora, temos sido procurados por muitos empreendedores, que também querem consultoria para divulgação”, conta Larissa.

O que o empreendedorismo social ensina sobre comunidade?
O que o empreendedorismo social ensina sobre comunidade?