Conheça as profissões mais promissoras para os próximos anos e saiba o que esperar para o mercado de trabalho em alguns anos.
Conheça as profissões mais promissoras para os próximos anos e saiba o que esperar para o mercado de trabalho
As relações profissionais estão mudando e o futuro do trabalho é um território que aos poucos estamos conhecendo. Profissões que temos hoje podem desaparecer, uma vez que o avanço da tecnologia já permite que máquinas executem mais e mais tarefas. Porém, a boa notícia é que, justamente por essa transformação e trocas de funções, o futuro aponta para nossos jovens de hoje caminhos, possibilidades e habilidades profissionais completamente novas.
De acordo com Raphael Falcão, diretor da Hays Response e Hays Experts (empresa global de recrutamento e seleção) o tema ainda é fruto de estudos frequentes, mas já é possível afirmar que a maioria das profissões do futuro passará inevitavelmente por um cenário em que habilidades e competências do século XXI como criatividade, inovação e capacidade de interpretação serão cada vez mais valorizadas.
Já que o assunto é profissões do futuro, que valorizam cada vez criatividade e inovação, nada melhor que falarmos disso no Dia Mundial das Habilidades dos Jovens, comemorado em 15 de julho. A data foi firmada pela ONU em 2015, ano em que foi estabelecida a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Assim, o Dia Mundial das Habilidades dos Jovens estabelece que investir no desenvolvimento das habilidades de jovens pode ajudar a construir um futuro mais justo e sustentável para todos e significa uma das decisões mais importantes que qualquer país pode tomar.
“Hoje há uma nova percepção em que questões técnicas, formação acadêmica e trajetória profissional são tão importantes quanto saber a motivação e os objetivos de vida de cada um. Logo, é fundamental considerar não apenas se o profissional irá conseguir se adequar à cultura de empresa, mas se aquela companhia fará sentido para ele também” exemplifica o especialista.
Aos jovens que entrarão em breve no mercado de trabalho, o executivo destaca a importância de não se deixar levar apenas por áreas promissoras sem considerar os interesses pessoais.
“O ideal é escolher uma profissão não como uma tendência mercadológica, mas como uma aptidão dentro das áreas que lhe interessam. As pessoas mais bem sucedidas não foram aquelas que procuraram as profissões do momento, mas as que eram apaixonadas pelo que faziam”, afirma Raphael.
O designer Lucas Schlosinski, 31 anos, é um exemplo desta categoria de profissionais. Professor de modelagem 3D e desenho digital em um Fab Lab em São Paulo, a construção e pilotagem de drones já fazia parte do seu dia a dia, antes mesmo dele imaginar que a área é considerada uma das profissões do futuro pelos especialistas. Encantado pelo universo do voar, começou a se aprofundar no tema por conta própria, após conhecer um espanhol que propunha a construção de drones de baixo custo.
“Sempre pensei no meu trabalho como um caminho para facilitar o acesso a ferramentas e recursos tecnológicos para qualquer pessoa. O drone para mim é uma ferramenta que vai muito além da operação e manuseio, pois desperta nas crianças e jovens um interesse que produzirá novos conhecimentos e habilidades”, afirma o professor.
Nova profissão
No caso do sociólogo, Tulio Custódio 32 anos, a profissão que ele exerce hoje, como curador de conhecimento, não existia e foi criada em 2010 pela empresa Inesplorato em que ele trabalha há oito anos. Tulio conta que a ideia de existir uma empresa e a profissão de consultoria de conhecimento surgiu para responder a um anseio ainda atual nas pessoas que precisam lidar com uma grande quantidade de estímulos e informações no ambiente online e offline.
“Partindo da premissa que o conhecimento é essencial para tomarmos decisões em nossas vidas, entendemos que o excesso de informações torna-se um obstáculo para as pessoas se conectarem com o que de fato é relevante para a vida dela. Nosso papel é fazer esta seleção de conhecimento a partir de quem a pessoa é, ajudando-a a encurtar o tempo e a distância até as informações”, explica o sociólogo.
O processo de curadoria passar por uma etapa essencial de diagnóstico e entrevistas e conta com uma metodologia própria de trabalho, relacionada diretamente ao potencial de transformação do desconhecido. Para os interessados em saber mais sobre a profissão, Tulio garante que o trabalho está muito mais ligado a habilidades pessoais do que competências relacionadas a uma única área de conhecimento.
“Aqui temos profissionais como jornalistas, designers, economistas e publicitários, uma vez que a variedade de perfis agrega ao nosso repertório como curadores. A essência do trabalho tem mais a ver com características como curiosidade, formas de buscar conhecimento e capacidade de personalização nos formatos e entrega do que a uma profissão específica e essa é a grande riqueza do nosso trabalho”, conclui o sociólogo.